O que faz um bom personagem?

Uma análise da Val em Que Horas Ela Volta?

Revista Subjetiva
Revista Subjetiva
2 min readSep 20, 2020

--

Regina Casé no filme Que Horas Ela Volta | Fonte: Divulgação

Histórias marcantes, tanto no cinema quanto na TV, são construídas com a ajuda de personagens convincentes. Contudo, construir tais indivíduos é sempre um desafio. Isso porque cada uma das ações do personagem deve revelar direta ou indiretamente características de sua psique.

Pense, por exemplo, na(o) protagonista do seu filme favorito: como ela(ele) se veste? Como fala? Como se porta? Como reage quando é pressionada(o)? As respostas para essas perguntas nos auxiliam a entender o caráter desta pessoa e nos dizem muito sobre ela.

Quanto mais crível for o personagem, quanto mais coerente soarem suas ações, mais o público irá acreditar na história que está sendo contada na tela. Seguindo alguns conceitos propostos por Joe Boggs e Dennis Petrie no livro The Art of Watching Films e ideias apresentadas por Syd Field em Manual do Roteiro, decidi analisar a construção e caracterização de uma personagem querida do cinema nacional: a Val, interpretada por Regina Casé, no filme Que Horas Ela Volta? (2015).

Protagonista da trama dirigida por Anna Muylaert, Val é uma pernambucana que vai para São Paulo em busca de melhores condições de vida para sua filha Jéssica (Camila Márdila). Na cidade, ela passa a trabalhar como empregada doméstica e babá na casa de Bárbara (Karine Teles) e Carlos (Lourenço Mutarelli). Depois de alguns anos, Jéssica se muda para São Paulo para prestar vestibular e esse fato desestrutura as relações estabelecidas até então entre Val e seus patrões.

A partir dessa premissa observei algumas situações emblemáticas de Que Horas Ela Volta? que auxiliam o público a entender quem realmente é a Val:

Continue lendo clicando aqui.

--

--