Livros dos viajantes #5: Paris, por Rodrigo Rodrigues

Jornalista publicou livro com roteiros rápidos — e para quem quer fugir dos tradicionais pontos turísticos — pela capital francesa.

Roteiros Literarios
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4 min readJul 25, 2019

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Por Andréia Martins

Na TV, o jornalista Rodrigo Rodrigues foi de programas sobre comunicação e criatividade ao mundo dos esportes. Nos palcos assume a guitarra na banda The Soundtrackers, que tem um repertório só de trilhas de cinema. Na hora de escrever, além de música e cinema, abraçou outro tema: viagem.

Em 2016, Rodrigo lançou o livro Paris, Paris — Conheça a cidade luz utilizando o metrô (Faro Editorial), e que como o próprio nome sugere, é um guia de como explorar a cidade pelos túneis subterrâneos. Antes de Paris, Paris, Rodrigo já tinha publicado London, London, sobre lugares para conhecer na capital inglesa também indo de metrô.

Apesar do gosto por viajar, isso tornou-se rotina na vida dele depois dos 20 anos. “Meus pais viajam muito hoje em dia, mas nem tanto quando eu era criança… acho que a minha relação com viagens vem mais de quando eu fui guia na Disney, entre os 21 e 24 anos, depois comecei a viajar como repórter/apresentador para coberturas internacionais; com a banda, os Soundtrackers, viajo muito pelo Brasil”, conta ele.

E foi numa dessas viagens que a ideia dos guias apareceu. “Sou um viajante observador, estou sempre com o olhar de repórter atento, nunca consigo ficar 100% turista. Acho que veio daí a ideia dos guias, estava de férias em Londres quando tive o insight”, diz ele.

O livro sobre Londres ganhou um extra: uma websérie explorando os lugares listados no livro. Agora, Rodrigo pensa em encerrar a trilogia com um livro sobre Nova York, um destino muito visitado por brasileiros e uma cidade bem servida pelo metrô.

Falando sobre Paris, Rodrigo fez quatro viagens à cidade para escrever o livro. Entre seus lugares favoritos estão “a região de Pigalle, reduto de Piaf, onde estão o Moulin Rouge e várias lojas de instrumentos musicais, e na Rua Tepic, o Café des 2 Moulins, onde Amélie Poulain trabalhava no filme (Estação Pigalle ou Blanche do metrô)”.

Abaixo, ele dá três dicas de livros para levar na bagagem se você estiver a caminho da capital francesa:

E foram todos para Paris, de Sergio Augusto (Casa da Palavra)

“Sobre a geração perdida de escritores americanos na capital francesa”, resume Rodrigo. O livro reúne endereços que faziam parte do dia a dia de escritores como Ernest Hemingway, Zelda e Scott Fitzgerald, e artistas como Picasso, entre outros, na Paris dos anos 1920.

Paris for film lovers, de Béatrice Billon, Barbara Boespflug e Pierre-Olivier Signe

“Um roteiro cinematográfico na cidade luz”. Aqui, o leitor encontra uma extensa relação de endereços que apareceram nos filmes rodados em Paris. Apesar de não estar disponível em português, o livro é muito ilustrado e traz mapas de todos os locais facilitando a compreensão do leitor. Boa pedida para quem é ligado em cinema e quer, de repente, reproduzir algumas cenas inesquecíveis de seus filmes mais queridos (quem nunca?).

Os franceses, de Ricardo Corrêa Coelho (editora Contexto)

“Livro que traça um perfil completo dos cidadãos franceses e seus hábitos”. O autor reúne informações sobre a alimentação, estética, as convicções, fraquezas e outas características da população francesa, ajudando a compreender melhor a identidade deste povo. O livro é dividido por temas como formação, comunicação, educação, vida cotidiana, arte, entre outros.

“Sofisticados, refinados e cultos; mal-humorados, briguentos e pretensiosos. Inventivos, exuberantes e sedutores; reprimidos, melancólicos e saudosistas. Revolucionários, irrequietos e universalistas; conservadores, reacionários, chauvinistas e xenófobos. Todas essas características contraditórias compõem o espírito dos franceses, formando um povo sui generis. Aqueles que vêem, em primeiro lugar, suas características positivas, costumam admirá-los. Já os que enxergam antes o lado negro da sua alma tendem a desgostar deles. Mas raros são os que permanecem indiferentes ao seu caráter e forma de ser”, escreve Coelho.

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