O papel estratégico de Content Design na tradução de tom e voz da Nike

Paula Berlim
sbf-tech
Published in
14 min readOct 20, 2023
Capa do artigo com o título em destaque e imagem da autora. Também tem o lema do Grupo SBF: bora movimentar o esporte.

O artigo a seguir é um trabalho feito por mim, Content Designer de Nike, apoiado pelo time de Content Design do Grupo SBF.

Contexto é tudo: o início da história.

Em uma pesquisa realizada pelo nosso time, notamos que designers não tinham confiança em criarem narrativas e fluxos em nome das marcas do Grupo SBF.

88,2% deles sentiam falta de guias e materiais que direcionassem a criação de conteúdo. Entrevistas qualitativas mostraram também que tinham dificuldade para entender a voz da marca e com quem estão falando.

Isso porque, no caso de Nike, guias e diretrizes globais existentes até então eram focados em marketing e branding e não adequados para contextos de produtos digitais. Tudo muito inspiracional mas pouca clareza sobre a comunicação diária com nossos usuários.

Na prática: com quem estamos conversando e como nos conectamos com eles?

Essa é uma resposta que devemos dar usando a nossa disciplina de forma estratégica.

Um problema de Content Design…

A comunicação era criada com inconsistência e os times não conseguiam desenvolver autonomia para dominar fluxos de baixa e média complexidade no contexto de suas squads. Conteúdo seguia por dois caminhos, dependendo do nível da maturidade do time:

  1. Ser gargalo por precisar passar pelo atendimento do time de Content Design mesmo em baixa complexidade.
  2. Nem ser considerado como um ponto relevante para projetar a experiência no produto e muitas vezes deixado de lado.

Nos dois casos, o resultado é inconsistência de marca. Na experiência, ela surge como sintomas em NPS e CSAT de falta de confiança dos usuários no site — especialmente em uma marca tão grande a nível global quanto a Nike.

…um desafio para chamar de nosso.

A tradução do tom e voz em produtos digitais tem o objetivo macro de atrair, engajar, converter, dar suporte e transformar nossos clientes com confiança e consistência por meio da escalabilidade do conhecimento de marca entre os times que devem ser os guardiões da Nike no Brasil. Por isso, a definição do nosso desafio de design ficou assim:

Como podemos alinhar e consolidar o conhecimento de tom e voz Nike entre times de design e marketing para que possam projetar experiências de conteúdo com propósito em digital?

“Content Design é usar evidências para entregar o que o usuário precisa, no momento que precisa, do jeito que precisa e em coerência com a marca do produto e serviço”. Sarah Winters Adaptado.

Aqui, o foco está em garantir o conhecimento da marca para aqueles que devem entregar o que o usuário precisa.

As perguntas certas que definem a nossa atuação

Como Content Designer dedicada em Nike e contando com apoio direto da nossa Design Manager Madô, levantei as principais lacunas que tínhamos sobre o tema:

  • Como a Nike global define o tom e voz da marca? O que os guias dizem sobre como deve ser aplicado em produtos digitais?
  • O que times responsáveis por produzir conteúdo para o digital da Nike no Brasil entendem sobre seu tom e voz?
  • Considerando o contexto atual de maturidade de design e design system da companhia, qual seria o melhor formato de documentação?

Para respondê-las, contamos com o apoio do modelo de planejamento de pesquisa do time de ResearchOps do Grupo SBF — e um agradecimento especial a Rafael Mello que nos ajudou a elevar a qualidade dessa entrega — e dividimos a imersão no problema em 3 caminhos:

  1. Entender o posicionamento de tom e voz de marca Nike para melhor traduzi-la em produtos.
  2. Avaliar o cenário atual de produção de conteúdo para o digital e entendimento dos times sobre a marca.
  3. Definir o formato de documentação de tom e voz que se adeque aos contextos dos times de design, produto, engenharia, marketing e SAC seguindo o princípio de Design System do Grupo SBF, disponibilizado para toda a companhia.
Detalhes do modelo de definição de perguntas de pesquisa, métodos e entregáveis do planejamento citado pela autora. Nele, também tem informações do resumo do cenário de pesquisa, desafio de design e objetivo da pesquisa.
Template de ResearchOps usado para definir metodologias com base em nossas perguntas de pesquisa

Fazer Content Design é fazer design. Para resolver o nosso desafio e entregar uma solução viável e útil aos times, usamos as etapas de:

  • imersão em pesquisa: levantando dados, entendendo materiais de Nike global e analisando a compreensão de tom e voz da Nike por parte dos times de design e marketing.
  • definição de ideação e verificação com teste de usabilidade: transformando os insights da imersão em solução.
  • definição de métricas de acompanhamento: acompanhando indicadores que nos dizem o sucesso da iniciativa e indicam roadmap de evolução.
  • lançamento em MVP (mínimo produto viável): definindo um bom escopo para primeira entrega.
  • treinamento e capacitação: fazendo workshops, ferramentas e exercícios de prática no dia a dia com designers.

Lembrando que não existe receita de bolo para definir diretrizes de tom e voz de uma marca pois cada empresa e times tem seu contexto com necessidades específicas. Por isso, tome o processo que usamos como referência, mas não definição absoluta.

Um mergulho no problema

Com clareza sobre o recorte da nossa pesquisa e seu objetivo, definimos as metodologias que nos ajudariam a obter as respostas que precisávamos e quais entregáveis teriam.

Ao total, fizemos:

  • 9 entrevistas em profundidade com pessoas do time de design, marketing, brand, institucional e CRM.
  • 2 dinâmicas de facilitações de cocriações entre as áreas de design, marketing, brand e institucional.
  • 5 análises de soluções do mercado.
  • 11 análises de casos de estudos e materiais teóricos sobre tom e voz e content design system.

Os resultados geraram:

  • 32 evidências e insights com documentações de aprendizados e recomendações.
  • 3 Definições de voz e 4 dimensões de tom da marca.
  • 1 quadro de tradução de tom e voz da Nike.

Principais aprendizados:

  1. Somente poucas pessoas do time de branding tinham conhecimento de marca com profundidade. Daí a importância do nosso desafio de escalar o conhecimento da marca.
  2. Materiais e guias da Nike global são bastante focados em branding e marketing, com poucas orientações voltadas para produto. Ainda assim, a marca tem diretrizes de voz bastante claras e objetivas — o que era suficiente para traduzirmos elas para contexto digital.
  3. Quanto maior objetividade nas definições de tom e voz, melhor o entendimento entre diferentes times e mais escalável o conhecimento. Por isso, optamos por seguir as referências teóricas da Torrey Podmajerski com o quadro de tom e voz e da NN/group no uso de dimensões de tom para calibração de acordo com contexto da narrativa.
Cards de insights que seguem o padrão: título do insight, descrição, arquivos e evidências e tags. Ao todo são exibidos um recorte com 6 insights.
Cards com insights gerados a partir da imersão
Colagens de fotos e vídeos da Nike, tanto em prints dos produtos digitais como recortes de propagandas e frases icônicas da marca.
Mural de referências da Nike usado como ferramenta para tradução de tom e voz

Cocriação como caminho para definições que façam sentido para a marca e os times envolvidos

Retomando um de nossos principais aprendizados sobre formato de documentação:

Quanto maior objetividade nas definições de tom e voz, melhor o entendimento entre diferentes times e mais escalável o conhecimento.

Para isso, seguimos com uma tradução pautada por marca, objetivo e contexto de comunicação. Adaptamos exercícios de referências de Margot Bloomstein, no livro Content Strategy at Work, e de Camila Martins em 3 exercícios para definir tom de voz.

Os exercícios das facilitações de definições de Nike — feito em conjunto com times de design, marketing, branding e institucional na etapa de imersão — se resumiram a preencher lacunas que contextualizam os conceitos de voz:

Se o meu conceito é [CONCEITO], então somos [CARACTERÍSTICAS] em momentos de [CONTEXTO DE COMUNICAÇÃO DIGITAL]. Para isso, falamos de forma [DIMENSÃO DE TOM].

Dividimos a dinâmica das facilitações em 2 dias:

  • dia 1: entendimento de definições de Nike global sobre a voz e seus momentos de expressão em contexto digital. O objetivo era, por meio de referências da própria Nike, visualizar como os conceitos de voz se materializam.

frase a ser completada: se o meu conceito é [CONCEITO], então somos [CARACTERÍSTICAS] em momentos de [CONTEXTO DE COMUNICAÇÃO DIGITAL].

  • dia 2: definir quais dimensões de tom — ou características universais de comunicação — expressam cada conceito de voz trabalhado no dia 1.

frase a ser completada: a partir da frase do dia 1, acrescentamos a parte final: Para isso, falamos de forma [DIMENSÃO DE TOM].

O resultado final ficou mais ou menos assim:

Se o nosso conceito é POSICIONAMENTO, então somos CONFIÁVEIS e INSPIRAMOS LIDERANÇA em momentos em que O USUÁRIO PRECISA DE MOTIVAÇÃO PARA AGIR. Para isso, falamos de forma PROVOCATIVA e CONFIÁVEL.

Mas o que é ser confiável e inspirar liderança em nome da Nike?

Fizemos um exercício de descrever exemplos claro de cada um desses conceitos.

Uma vez que são termos com significados amplos, é muito importante que todos os times entendam exatamente o que eles compreendem ou não para a marca e quando usar cada um deles.

De novo: trazer para o prático e de maneira simples de compreender como a gente se comunica com nossos usuários.

Print da dinâmica usada no dia 1 da facilitação. Nela, contém as frase: Se o meu conceito é…então somos…em momentos de…
Frase completada na facilitação do dia 1
Print do exercício do dia 1 aplicado pelos times presentes na facilitação. Nela, as frases estão preenchidas por postits e imagens do mural de refência com peças icônicas da Nike.
Com base no mural de referências e nas definições de voz da Nike global, completamos a frase considerando conceito e contexto.

Um formato de documentação útil e escalável

Considerando o contexto de Design System multi marca do Grupo SBF, entendemos junto com o time de DS — e aqui vai nosso agradecimento a Luiza Prade pela parceria — que o melhor caminho era adicionar uma camada de documentação de Content na documentação de design do DS para unir o conhecimento de marca tanto em forma (design) quanto em conteúdo (content).

Para isso, nos pautamos sempre por: marca, contexto e objetivo de comunicação. Trouxemos diretrizes de voz, das dimensões de tom e seus contextos de aplicação.

“Paula, como assim contextos de aplicação?”

Criamos agrupamentos de comunicações para produtos digitais com o objetivo de incentivar o design com foco em conteúdo: primeiro entendo o propósito do fluxo e da narrativa (o contexto) para depois escolher abordagem de tom e voz, quantidade de telas, componentes de design e conteúdo final do protótipo:

  • Dar feedback do sistema: com mensagens de erro, mensagens de sucesso, mensagens de boas-vindas e mensagens de transição.
  • Nomear e informar: com título, texto de descrição, empty states, conteúdos de ajuda e conteúdos complementares.
  • Chamar para ação: CTAs, empty states, formulários e placeholders.
  • Comunicações transacionais: e-mails e notificações push.
  • Controles do usuário: ações de busca e filtros, ações de seleções e ações de conteúdo.
Print da tela do miro com postits dos agrupamentos mencionados pela autora. Aqui, temos o agrupamento de dar feedback do sistema e nomear ou informar. Em cada um, a imagem tem postits com componentes que design que se enquadram nos agrupamentos (como tags, botão, hiperlinks).
Mapeamos os principais contextos de comunicação de produtos digitais e conectamos com os componentes de design já publicados (verde) e a serem publicados (azul) do Design System

O agrupamento representa objetivos de comunicação universais para o ciclo de vida de produtos digitais. Por isso, o modelo de documentação de tom e voz foi replicado para as outras marcas do Grupo SBF — como Centauro e Studio 78.

Também usamos a tabela de tom e voz proposta por Torrey Podmajerski para facilitar a visualização das informações e escalar o conhecimento de forma universal para qualquer time — principalmente porque o Design System é um produto do Grupo SBF, e não somente de design.

Agora, criar uma nova documentação de marca em Content no nosso DS multi marca é consistente e escalável.

Importante: nosso impacto como Content Design precisa sempre ser estratégico.

Testando a documentação com quem precisa dela

O agrupamento se mostrou como o conteúdo mais valioso da documentação para as pessoas designers por unir o conceito da marca com a prática no dia a dia de design de produtos.

O teste nos gerou:

  • 19 evidências
  • 6 insights
  • 3 recomendações

E eles pautaram nossa tomada de decisão de capacitação e treinamento da marca, como:

  • Investir em treinamentos e conteúdos dos conceitos de tom e voz das marcas para fixar o conhecimento entre designers.
  • Desenvolver uma ferramenta de Content First que seja fácil e acionável para designers usarem no dia a dia e que ajude a elevar a discussão de design com foco em conteúdo em produtos digitais.

Acompanhando o sucesso do novo produto de Content Design do Grupo SBF

Sucesso do processo

É o sucesso da documentação de Content em DS (design system) para as pessoas que vão usá-la e consumi-la. Estamos falando de maior autonomia das pessoas designers, PMs (gerentes de produto) e desenvolvedoras em projetarem fluxos de baixa e média complexidade com maior consistência de marca tanto em forma quanto em conteúdo.

  • Aumento da quantidade de atendimentos de conteúdo com consulta prévia à documentação. Isso significa que a documentação é útil no dia a dia dos times.
  • Diminuição de atendimentos de conteúdo de baixa complexidade e aumento de atendimentos de conteúdo de alta complexidade. Representa maior confiança e autonomia dos times em conteúdo de baixa complexidade.
  • Utilidade do conteúdo da documentação para os times que vão consumir (CCS na documentação via Hotjar). Maior compreensão das definições.
  • Quantidade de acesso à documentação (Google Analytics). Saber quais são os conteúdos mais úteis da documentação.

Sucesso do produto

É o sucesso da qualidade de conteúdo e conhecimento de marca escalado nas squads e refletido nos produtos. Estamos falando de maior ganho de consistência de marca e aumento do nível de confiança dos usuários em nossos produtos.

  • Monitoramento recorrente de confiança de marca nos produtos (SUPR-Q survey). Mensurar credibilidade com nossos usuários.
  • Percepção de tom e voz recorrente (teste de marcadores por meio de métodos qualitativos). Verificar se estamos conseguindo expressar o que desejamos em nome da Nike.

Hoje, nosso foco está no sucesso do processo para que em breve possamos acompanhar o sucesso do produto.

Experimentar, treinar, aprender.

Para consolidar o conhecimento de Nike entre os times, nós planejamos um processo de treinamento e capacitação pautado no entendimento de conceito pela prática e repetição no dia a dia.

Realizamos um workshop de tom e voz de Nike com foco em apresentar a definição tom e voz da marca e o formato da documentação que prioriza o modo de pensar do design com foco em conteúdo (content first).

Novamente, é sobre unir o conceito da marca com a prática no dia a dia de design de produtos.

Para isso, trouxemos um cenário simples de erro para designers e PMs resolverem em dois momentos do workshop:

  1. Sem ter tido qualquer contato com as definições de conceitos de tom e voz da Nike nem com a documentação em DS.
  2. Depois de ter tido uma imersão nas definições de conceitos de tom e voz e acesso à documentação e ao protótipo da ferramenta de Content First.

O objetivo era que as pessoas entendessem como consultar as diretrizes da documentação de forma rápida e clara. E também que comparassem o resultado de uma solução de Content Design em baixa complexidade antes e depois do contato com o conhecimento de marca.

Para saber exatamente como tocamos esse treinamento, me chama no LinkedIn! Bora trocar uma ideia num cafezinho. 😉

Como resultado do primeiro treinamento, observamos que:

  • No primeiro momento, as mensagens ficaram inconsistentes e fora do padrão de tom e voz de Nike.
  • No segundo momento, as mensagens ficaram mais parecidas entre si — resultado de quando indivíduos diferentes seguem definições claras de tom e voz. Ainda que existam espaços para melhorias na escolha de palavras e estruturas de frases mesmo após o segundo momento, foi nítida a maior confiança e autonomia em desenvolver conteúdo de baixa complexidade em coerência com a Nike.

Impacto no dia a dia dos times

Ao lançar a documentação oficialmente aos times, o trabalho, na verdade, apenas começa. O processo de capacitação a partir das necessidades de quem consome as definições deve continuar dia após dia na rotina dos times de produto, SAC, Marketing e parceiros terceiros que atendem a Nike em diferentes formatos de conteúdo no digital.

Times de produto

Retomando as métricas de acompanhamento do sucesso do processo:

  • Nike é a BU que mais compareceu no atendimento de Content Design em Q3.
  • 30% dos atendimentos em Nike são com consultas prévias à documentação de tom e voz.
  • A grande maioria dos atendimentos ainda são sobre revisão de conteúdo.
  • A página de introdução de tom e voz de Nike é a segunda mais acessada depois da página inicial do Design System.
  • As páginas de diretrizes de voz de Nike e Centauro estão na top 5 mais acessadas.

Times de marketing, SAC e parceiros

Outros times que trabalham no digital da Nike no Brasil estão consumindo as definições para desdobrar em seus contextos.

A ideia é que consigamos agrupar todos eles na mesma documentação, tornando-a informação central para todos os times do Grupo SBF:

  • Conteúdo de marketing para histórias principais, campanhas de vendas.
  • Conteúdo de SEO para atração e engajamento.
  • Conteúdo para atendimento ao cliente em diferentes canais.

Vem por aí!

O que está descrito neste artigo é um trabalho que não para. Fazer tradução de tom e voz é como cuidar de um produto: requer pesquisa e iteração contínua para mapear melhorias que façam sentido para seus usuários e para a organização.

Agora que a documentação está disponível para todos os times do Grupo SBF, o desafio é desdobrar esforços específicos para cada um e escalar esse conhecimento.

Ele não mais passa a estar concentrado em apenas um time ou um grupo de pessoas, mas para toda a companhia. Assim, podemos ter maior consistência da marca em todos os pontos de contato da Nike com seus usuários brasileiros.

Para isso, vamos propor a criação de um fórum com representantes de cada área de comunicação em nome da Nike com o propósito de:

  • Manter vivo o processo colaborativo no domínio de tom e voz da marca.
  • Compartilhamento de casos de sucesso e possíveis dúvidas.
  • Conectar melhor iniciativas que possam envolver mais de um time de comunicação.

Em Content Design, nosso papel é tornar esse conhecimento de marca cada dia mais acionável para times de produto. Estamos usando nossos indicadores e pesquisas recorrentes para criar um roadmap de evolução do produto.

A primeira nova entrega é uma ferramenta de Content First que eleve a qualidade do processo de ideação ao instrumentalizar o design com foco em conteúdo e dar continuidade à própria documentação: marca, contexto e objetivo de comunicação.

A intenção é que a o processo de ideação das pessoas designers tenha o conteúdo como fio condutor:

  1. Entendo o que o usuário precisa fazer para chegar no seu resultado esperado.
  2. Entendo o que nosso sistema precisa comunicar para uma jornada sem fricção e como devemos nos expressar enquanto marca.
  3. Decido quais componentes de design e conteúdo vão me ajudar a entregar essa comunicação.
Parte da ferramenta de content first citada pela autora. Nela, vemos um ponto A, que é a intenção do usuário/organização, chegando em um ponto B, que é o resultado esperado. Entre o ponto A e B, temos uma tabela com 3 perguntas principais: o que queremos que o usuário faça aqui?; Como vamos ajudá-lo a fazer isso?; Como a nossa marca deve se expressar
Prévia da nossa ferramenta de design com foco em conteúdo (content first)

O próximo artigo já tem tema! 👀

E o Content Design System?

“Quando dizemos content system, queremos dizer um conjunto de componentes específicos, apoiados por pesquisa e acordados pela equipe, totalmente integrados ao sistema de design que os designers e desenvolvedores usam agora. Algo que permite que as pessoas tomem decisões de conteúdo sólidas sem a nossa presença.”
Ryan Cordell, em Content, design systems need you.

Entendemos que com a tradução de tom e voz demos um passo importante em preparar o terreno para a evolução de integração de componentes de conteúdos ao sistema de design, porém, ainda não temos maturidade suficiente para que a gente já tome essas decisões sem saber se faz sentido aos usuários brasileiros.

Lembrando: precisamos medir o sucesso do produto antes.

Por isso, uma capacitação pautada em design com foco em conteúdo é uma forma de se preparar para um Content Design System consistente e fundamentado em evidências, uma vez que vamos gerar cases de aplicação adequada de tom e voz de Nike para verificar com usuários finais.

Valeu por acompanhar a tradução de tom e voz da Nike pelo time de Content Design do Grupo SBF! Se quiser trocar mais ideia sobre, procura a gente no LinkedIn.

Agradecimentos especiais:

Luiza prade, a Pudim, pela parceria na missão de construir uma documentação de Design System completa em forma e conteúdo.

Rafael Mello, o phd Rafa, por nos guiar em um processo de imersão de alta qualidade que impactou em todo o restante da entrega.

Luana gomes, a Lua, por topar ser a melhor parceira no desafio construindo junto e desdobrando para outras BUs do Grupo SBF.

Marina Domingues, a Madô, por nos liderar com tanta maestria e garantir que sigamos no caminho certo para uma tradução de tom e voz útil e escalável aos nossos times de design.

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