Foto de 37 mulheres colaboradoras do Sicredi, todas sorrindo, com as mãos e braços para cima em uma pose animada e em um ambiente empresarial.
Encontro de algumas mulheres do Sicredi na sede do Centro Administrativo do Sicredi alocado na PUC-RS.

Vagas exclusivas para mulheres

Como o Sicredi está impulsionando a diversidade e a inclusão em seus cargos de liderança

Daya Ferrazza
Published in
5 min readDec 21, 2021

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Eu já contei nesse artigo sobre como é estruturada a área de design do Sicredi. Falei também que a primeira liderança formal e dedicada para UX surgiu em dezembro de 2020. Durante a transformação digital do Sicredi, um dos temas que queríamos avançar de maneira consistente era a diversidade.

Dentre inúmeras ações que já estavam ocorrendo na empresa, o processo seletivo da vaga de gerente de design exclusivo para mulheres foi mais uma das ações com esse enfoque. E é a minha experiência nesse processo que vou compartilhar aqui.

Antes de mais nada, por que abrir uma vaga exclusiva para mulheres?

Em vez de trazer um discurso inspirador e genérico, conversei com a pessoa que provocou a discussão e formalizou a abertura do primeiro processo seletivo exclusivo para mulheres do Centro Administrativo do Sicredi (CAS).

Tiago Nicolaidis, que na época do processo era líder da transformação digital e também membro do Comitê de Inclusão e Diversidade do CAS no Sicredi, fez o seguinte depoimento:

“A intenção do processo seletivo exclusivamente para mulheres foi ser um tratamento de choque cultural. Sabemos dos avanços da sociedade e das empresas no tema D&I, porém nos questionamos, ainda sem resposta, se a velocidade desta evolução em números é satisfatória.

Por isso, além do resultado natural de um movimento como este, que trata por incluir mais lideranças femininas na camada de decisão da empresa, ele trouxe reflexões importantes. Conhecemos talentos incríveis, histórias potentes.

Mulheres puderam ocupar seu espaço sem a tradicional insegurança de serem avaliadas com vieses. Já os homens, repensaram seu histórico privilegiado de processos seletivos.”

Quando questionado se esse é o caminho definitivo para processos seletivos, Tiago afirmou:

“Bem, penso que se um tratamento de choque precisa ser aplicado num corpo com muita frequência, a doença deste organismo é mais profunda do que aparenta.”

Foto de uma mulher sorrindo com a mão na cintura, usando uma camisa de botões azul e cabelo comprido, ao fundo, vários cartazes com o fundo branco e escrito nas cores lilás e verde os dizeres “sonhe alto, sonhe coletivo”, “por um mundo onde ninguém fique de fora”, “todo mundo conta” e “mais coop por favor”.

Como foi o processo seletivo

Quando a abertura da vaga foi formalizada, eu estava passando por uma reflexão sobre meu momento de carreira e já me preparando para uma transição para uma posição de liderança.

A descrição da vaga e o posicionamento do Sicredi me sinalizaram que esse era o momento ideal para me experimentar em um processo interno.

Primeira etapa: conversa com Gestão de Pessoas

Depois das formalidades de me inscrever no processo e conversar com o meu gestor atual demonstrando o interesse, uma pessoa do time de Gestão de Pessoas me procurou para conversar. Foi uma conversa leve com o objetivo principal de entender por que eu me sentia preparada para o desafio e, também, quais eram os meus objetivos de carreira.

Me lembro de perguntar se aquela era uma etapa eliminatória do processo. Me explicaram que todas as candidatas inscritas passariam para a próxima fase, pois independente da pessoa escolhida para a posição, a empresa queria conhecer potenciais líderes mulheres.

Ponto para o Sicredi!

Segunda etapa: case

Dias depois recebi um case. Para solucionar o desafio, entendi que precisaria combinar conhecimento técnico com competências de liderança. Mais do que falar sobre conceitos, ferramentas e estruturas, era importante mostrar qual seria o meu modelo de liderança.

Apresentei o case que desenvolvi para cinco pessoas do Sicredi: o líder da transformação digital, o gerente do time de pesquisa e design system, uma gerente de uma das tribos de produto, uma parceira de negócio de GP e a recrutadora.

Aqui, mais um ponto para o Sicredi, pois a diversidade presente na banca avaliadora manteve o processo justo e acolhedor.

Terceira etapa: assessment

De todas as candidatas inscritas, algumas avançaram no processo e passaram para a etapa de assessment (uma análise sobre o perfil das profissionais) que foi realizado por uma consultoria parceira do Sicredi.

Vou confessar que nesse estágio, mesmo que não fosse aprovada, eu já estava satisfeita por todo o desafio que havia passado, e também pelo resultado que um assessment como esse seria capaz de me dar sobre os próximos passos da minha carreira.

Algumas semanas depois do assesment recebi a devolutiva do processo através de um material e conversa riquíssimos, que me sinalizaram os pontos a serem trabalhados quando eu ocupasse uma posição de liderança. Independentemente do resultado, eu saí dali com um PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) super estruturado e claro.

Divulgação para o time

Foto de uma reunião virtual do Sicredi com 14 colaboradores, todos sorriem e usam um fundo verde com a frase “somos feitos de pessoas para pessoas".
Parte do time de DesignOps durante a celebração da conquista do selo de ótima empresa para se trabalhar.

Alguns dias depois de receber a devolutiva, fui informada pelo líder da transformação digital de que havia sido aprovada. Foi uma conversa emocionante. Senti naquele momento o orgulho que ele sentia em poder fazer um movimento como esse em prol da diversidade de gênero no Sicredi. Ainda tímido?! Com certeza, mas um primeiro passo. A divulgação para o time de UX foi feita em uma reunião on-line, e para o restante da empresa, por e-mail.

Estamos constantemente derrubando barreiras no mercado de trabalho, mas os desafios ainda são grandes em defesa da diversidade e igualdade de gênero. Muitas mulheres confiaram a mim o papel de defender um novo jeito de liderar, uma representatividade e força em níveis ainda mais altos da companhia.

Outras tantas me disseram o quanto se sentiam representadas por mim.

E, para todas elas, eu só posso dizer: obrigada! Todas as mensagens que recebi me deram ainda mais confiança e força para batalhar pelo nosso espaço.

Compartilhar iniciativas assim serve também para que a gente se sinta provocado a batalhar por mais movimentos como esse, abrindo os nossos olhos para uma reflexão que vai além de buscar mais mulheres na liderança, mas que passa por nos questionar sobre representatividade negra, de pessoas com deficiência, LGBTs e tantas outras que ainda buscam seu espaço nas organizações e em cargos de liderança.

Em breve volto aqui para compartilhar com vocês como essa experiência transformou a forma como vejo cada processo seletivo dentro do time de UX e como conduzimos isso na prática.

Mas, enquanto isso, vamos conversar?

Me conta se sua empresa já fez movimentos como esse e o quanto você tem se sentido representada pelas ações de diversidade dentro do seu time. Se não se sentir à vontade pra comentar aqui, me manda um e-mail (dayane_ferrazza@sicredi.com.br). Será um prazer trocar ideias com você.

E, se quiser saber mais sobre o Sicredi, é só nos seguir no Linkedin: https://www.linkedin.com/company/sicredi/ e no Instagram @Sicredi.

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