PULP FICTION E EU, QUERENDO SER A MIA WALLACE

Jaqueline Packowski
Silva Home Reads
Published in
4 min readNov 8, 2018

Como eu andei falando em um dos últimos textos que escrevi por aqui, caí nas graças de assistir filmes clássicos e comentei, também, sobre estar assistindo os filmes do famoso Tarantino. Tendo isso em vista, era impossível que eu não fosse me deparar com o inenarrável Pulp Fiction: Tempo de Violência — isso mesmo, aquele filme que tem o GIF do John Travolta perdidasso.

Entretanto, minha relação com o filme já vem lá de meados de 2014.
Eu, na minha ignorância juvenil, assisti o filme até, no máximo, o diálogo da “foot massage”. Foi o bastante pra que eu não achasse o filme interessante e assistisse até o final, chegando a falar pra quem quisesse ouvir que o filme era RUIM.

Que erro o meu.

Passado esses quatro anos e estando disposta a dar essa segunda chance pro filme favorito da galera, lá fui eu na véspera do feriadão de sete de setembro ás duas da manhã assistir Pulp Fiction.

O filme é contado de uma forma totalmente não-linear, ou seja, as cenas e a história não ocorrem de forma cronológica e o que mais me impressionou durante o filme é que em momento algum isso atrapalha, ou faz com que tu fiques perdido durante a história, onde inclusive são contadas três histórias ao mesmo tempo e que no decorrer do filme vão se cruzando e se complementando.

O filme começa com um casal de assaltantes em uma lanchonete e logo já somos levados a primeira história, que se passa com Jules (Samuel L. Jackson) e Vicent (John Travolta), dois criminosos que estão atrás de uma maleta a pedido do chefe Marsellus Wallace (Ving Rhames). Durante o filme essa tal maleta aparece inúmeras vezes, mas ninguém sabe o que de fato teria dentro dela, fui catar no Google explicações e descobri que existem várias teorias sobre, sendo nenhuma confirmada de fato. E foi aí, já durante a introdução da primeira história, onde vi que tinha julgado o filme muitíssimo mal, pois já estava rindo e achando incrível o dialogo entre Jules e Vicent sobre uma massagem nos pés.

Eis que então, na segunda história contada pelo filme, surge Mia Wallace (Uma Thurman), a pioneira no corte franjinha indie no meio da testa. Mia é a esposa de Marsellus, o cara da mala, que a deixa sob os cuidados de Vicent enquanto está fora. Mia aparece pouco durante o filme e é uma personagem pouco explorada durante a trama, mas é impossível não se encantar por ela — tanto é que no outro dia acordei fazendo cospobre dela — desde sua icônica dancinha até a sua overdose.

Por fim, a última história é sobre Butch (Bruce Willis), um boxeador que foi comprado por Marsellus para que perdesse uma luta, mas ele acaba metendo o loco e ganhando, fazendo com que os empregados de Marsellus tenham de ir atrás dele. Uma das partes que mais me incomodou durante o filme foi a parte em que Butch e Marsellus estão na loja de penhores, algumas partes são engraçadas, mas algumas posso dizer que são, no mínimo, perturbadoras.

Fazendo, então, minhas considerações finais, devo dizer que me arrependo muito de não ter dado essa segunda chance antes, o filme é ótimo e consegue unir todos os personagens e histórias de forma sublime, tornando impossível não enaltecer a não-linearidade do filme. A forma como as cenas de violência conseguem ser fortes, mas, ao mesmo tempo, cômicas me agradaram muito. Os diálogos são muito bem construídos, fazendo com que, apesar de longos, não sejam cansativos. Apenas mais uma obra prima do Tarantino e não é a toa que o filme tenha se tornado um fenômeno pop.

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