*Caso você não tenha lido o último texto dessa série, é só clicar aqui, que nós te direcionaremos pra lá ;)
Após 3 dias de acampamento e trilhas em meio à Serra da Mantiqueira, nós retornamos para a sede da Outward Bound Brasil transformados pela experiência intensa que vivemos. Com a volta, o sentimento de superação e conquista tomaram conta de todos. Além disso, gratidão para valorizar uma noite de sono confortável, um banho quente, uma refeição saborosa e, principalmente, gratidão àqueles que proporcionam essas condições para cada um de nós. A volta foi momento dos piratas retomarem o contato com familiares, amigos e pessoas importantes para cada um (já que parte do desafio era se desconectar do do mundo lá fora e estar 100% presente).
Curtimos a nossa última noite em Campos do Jordão, sabendo que o dia seguinte começava cedo e reservava uma viagem de volta à cidade de São Paulo para o grupo. Só que diferente da viagem de ida, a volta foi muito mais tranquila e silenciosa, com foco em recarregar as energias e descansar.
Depois de dias de acampamento…
Quando nos aproximamos de São Paulo, já iniciaram as especulações. Depois de muito palpite, veio a revelação: O grupo passaria mais 5 dias acampando, mas dessa vez, dentro da Campus Party, o maior festival de tecnologia da América Latina.
Muito mais que um encontro de gamers e produtores de conteúdo, a Campus Party mostrou aos piratas novas tecnologias, robótica, hackathons e programações sobre criatividade, educação, inteligência artificial, empreendedorismo,cultura maker, igualdade de gênero e diversidade nas redes sociais e mídias digitais. Ou seja, muito conteúdo relevante para o hoje e para o amanhã.
Pautado no princípio de que nunca somos apenas telespectadores, eles não apenas desfrutaram das programações que foram oferecidas pelo evento, mas também se envolveram com outras atividades que buscaram somar com a vivência na Campus.
Missão networking
A importância do networking em uma vida empreendedora é imensurável, afinal, é a partir dele que grandes oportunidades surgem e que bons projetos são potencializados e saem do papel. E assim como na vida, grandes lições são aprendidas a partir do momento em que nos propomos a sair da nossa zona de conforto. Com isso em mente, assim que o grupo se instalou nas barracas, todos eles foram surpreendidos com um envelope posicionado perto da barraca de cada um.
Eles tinham acabado de receber uma nova missão.
Missão: Networking
Recompensa: Boa acomodação na etapa seguinte
Objetivo: Encontrar e conseguir o contato de pessoas de diferentes perfis
O objetivo da missão era mostrar aos piratas, na prática, a importância que as relações exercem na vida de quem busca empreender, independente do segmento. Durante os próximos 5 dias, cada um deles deveria explorar o ambiente em que estava inserido e encontrar:
- 2 pessoas com perfis complementares aos deles, com quem eles abririam um negócio juntos
- 1 pessoa que já tentou abrir um negócio e falhou
- 1 pessoa que sofreu uma grande mudança de vida recente
- 1 pessoa que possui uma grande empresa
A partir dessa missão, os piratas puderam aprender com a riqueza de cada conversa, cada relato e cada aprendizado vivido por aqueles que foram abordados pelos 10 jovens. Agora, a responsabilidade no processo de aprendizado não era só de quem compartilhava experiências nos palcos da Campus Party, mas deles também, que precisaram abrir mão do conforto de estar fechado em um grupo de amigos para puxar assunto e ganhar intimidade o suficiente para falar de falhas, trajetórias, características e diferenciais pessoais, com novas pessoas.
O resultado dessa missão exerceu impacto direto na estadia do grupo na etapa seguinte da trilha e você vai saber como eles se saíram no próximo texto dessa série.
Conhecendo a LOCK
Já que empreendedorismo vai muito além de startups e tecnologia, os piratas saíram da Campus Party para uma visita de campo ao mundo corporativo da LOCK Engenharia, organização com 30 anos de história que é referência em construções de alta complexidade. As construções realizadas por eles variam desde casas de altíssimo padrão, edifícios residenciais ou comerciais de vanguarda, projetos para escritórios de empresas como Google, LinkedIn, Goldman Sachs, lojas de marcas como Louis Vuitton, Diesel, Rolex e Sony.
Reunidos em uma imponente sala de conferências, os piratas ouviram do CEO da LOCK, Eduardo Menezes, a sua história empreendedora, desafios, desventuras e conquistas que fizeram parte do processo de consolidação da empresa no topo desse competitivo ramo da construção civil. Os gestores da empresa também compartilharam suas experiências e falaram mais das áreas de Engenharia, Suprimentos, Comercial e Qualidade. Além de contar mais sobre o funcionamento da empresa, eles também apresentaram uma principal dificuldade que é enfrentada por cada departamento e desafiaram o grupo a encontrar, nas próximas 48hs de Campus Party, soluções para aqueles problemas.
As dificuldades iam de Virtual Reality até Gestão de Riscos, o que fez com que os piratas precisassem se dividir internamente para conseguirem explorar com qualidade todas as necessidades levantadas. Depois de dois dias e duas madrugadas adentro mapeando soluções e conversando com especialista das mais diversas áreas do conhecimento, os piratas voltaram à LOCK. E diferente da última vez em que estiveram lá, eles tomaram a frente da sala de reuniões e apresentaram para os gestores as soluções mapeadas naquelas 48h de muito trabalho, que foi elogiado pela equipe da LOCK e impressionou pela agilidade e foco na realização do desafio.
Um olhar no futuro
Eis que chega o momento de levar os assuntos relacionados a tecnologia e futuro para o plano das “reflexões”. Nós fechamos a etapa São Paulo com um dia repleto de provocações ao senso comum, com a galera da Out.Sight para discutir mais sobre o pretérito do futuro, como eles mesmos gostam de falar.
“Qual é o futuro que estamos construindo?”, “para o onde o mundo está indo?” e “qual o nosso papel nessa história?” foram apenas alguns dos questionamentos que foram levantados nesse papo cabeça sobre como tudo aquilo que o homem é, criou e ainda será capaz de criar em termos de tecnologias, sejam as analógicas ou digitais, molda a sociedade que vivemos e nossa percepção de passado, presente e futuro.
O futuro já chegou, e os Piratas pertencem à geração que testemunhará as próximas décadas de ruptura e transformação das profissões, do sistema produtivo e financeiro, das relações humanas e da educação. “O que fazer à respeito disso tudo?” é uma pergunta que ficou na cabeça de cada um que participou da programação, incluindo os membros da SKEP que acompanharam e participaram desse processo.
Que essa e outras perguntas continuem nos guiando para comportamentos cada vez melhores e mais conscientes.
E foi assim que a etapa São Paulo chegou ao fim, mas nós ainda temos muito mais o que compartilhar, afinal, São Paulo foi apenas a primeira das 3 etapas da Trilha UNBOUND.
Nos vemos no próximo capítulo ;)