A LONGA HISTÓRIA DAS REVISTAS TEAM-UPS!

Claudio Basilio
sobrequadrinhos
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24 min readMay 12, 2022

Vocês devem saber que um dos grandes clichês do nosso tempo é repetição contínua por todo mundo da frase “quem me conhece sabe”. Modestamente, faremos uso desse bordão para falarmos que “quem nos conhece sabe” que somos perdidamente tarados por team-ups!

Antes de mais nada cabe aqui um esclarecimento: team-up é uma expressão da Língua Inglesa usada para designar associações entre pessoas ou organizações em prol de um objetivo comum, e dentro do contexto do Quadrinho Americano de super-heróis ela designa uma aventura onde dois ou mais heróis que geralmente não dividem o mesmo gibi se encontram para enfrentar a bandidagem ou então para trocar catiripapos entre si.

Em Pep Comics #4 (1940) o escritor Harry Shorten e o desenhista Irv Novick mostraram o encontro entre o Escudo (Shield) e Drago (Wizard), que é considerado o primeiro team-up de super-heróis do Quadrinho Americano.

Os team-ups praticamente nasceram junto com a indústria estadunidense de comic books, e o primeiro deles foi publicado em Pep Comics #4, revista lançada pela MLJ Comics (hoje chamada de Archie Comics) no início de 1940, onde o patriótico super-herói Escudo ficou frente a frente com o clarividente Drago. No mesmo ano a Timely Comics (mais conhecida nos dias atuais como Marvel) nas edições #8 e #9 de Marvel Mistery Comics mostrou o Tocha Humana Original e o Príncipe Submarino se digladiando nos céus de Nova York, e a partir desse momento aos poucos os encontros entre aventureiros mascarados se tornaram um lugar-comum nos gibis coloridos de super-heróis.

Capa de Marvel Mistery Comics #9 (1940), que trouxe o encontro do Príncipe Submarino com o Tocha Humana Original. Arte de Alex Schomburg.

O uso dos team-ups teve duas consequências nas revistas em quadrinhos dos aventureiros superpoderosos: o primeiro foi o surgimento das superequipes, e entre as pioneiras dos anos quarenta podemos citar os Sete Soldados da Vitória, a Sociedade da Justiça (ambas da DC Comics), o Esquadrão Vitorioso e os Jovens Aliados (estes dois últimos pertencentes a Marvel); o segundo foi que a utilização constante desse recurso narrativo criou a Continuidade, conceito onde diferentes personagens podem até ter as suas próprias revistas, porém dividem o mesmo universo ficcional e as aventuras ocorridas em um gibi podem ter impacto direto ou indireto em outras publicações. Esta segunda consequência é tão verdadeira que não seria errado afirmar que o Universo Marvel que conhecemos hoje não nasceu em 1961 com o lançamento de Fantastic Four #1; na verdade ele surgiu em Fantastic Four #4, onde o Quarteto Fantástico saiu no braço pela primeira vez com o Príncipe Submarino! E, sejamos francos: parte do sucesso estrondoso do Universo Cinematográfico da Marvel advém da decisão do produtor Kevin Feige de fazer os super-heróis da Casa das Ideias se “trombarem” constantemente em todos os filmes do Marvel Studios!

Os encontros entre super-heróis caíram de tal forma no gosto dos fãs que o “óbvio ululante” ocorreu: as editoras botaram nas prateleiras revistas especializadas em team-ups. Geralmente essas publicações não tinham equipes criativas fixas e quase sempre apresentavam aventuras simples e descompromissadas, restritas no máximo a duas edições. Relembrar esses gibis seguindo a ordem da data do seu lançamento original é o grande propósito deste artigo e portanto… de forma garbosa e elegante convidamos todos vocês a participarem conosco do resgate histórico de alguns comic books que garantiram muita diversão para muitos e muitos leitores mundo afora. Vamos lá!

World’s Finest

O Superman e o Batman ficaram frente a frente pela primeira vez numa aventura da Sociedade da Justiça publicada em 1941 no gibi All Star Comics #7, mas… vocês sabiam que durante muito tempo os dois maiores heróis da DC Comics dividiram uma revista? Pois é! Então agora vamos falar de World’s Finest (Os Melhores do Mundo)!

Capa da primeira edição de World’s Best Comics (1941), que posteriormente foi renomenada para World’s Finest. Arte de Fred Ray.

Inspirados no New York World’s Fair Comics (um comic book especial que teve duas edições produzidas para celebrar a Feira Mundial de Nova York) os editores da DC Comics conceberam um gibi de periodicidade quadrimestral que teria cerca de noventa e seis páginas e traria aventuras individuais do Homem de Aço, do Cruzado Encapuzado e de outros heróis. Em sua primeira edição (lançada no verão de 1941) a nova revista foi chamado de World’s Best Comics, só que supostas questões judiciais relacionadas a registros de marca fizeram com que na segunda edição a revista fosse renomeada para World’s Finest.

Capa de World’s Finest #71 (1954). A partir desta edição a revista passou a mostrar encontros do Superman com o Batman. Arte de Win Mortimer.

Com alterações em sua periodicidade e sempre apresentando o Superman e Batman na capa World’s Finest chegou nos anos cinquenta, só que uma redução drástica na sua quantidade de páginas forçou os editores da DC Comics a produzir histórias conjuntas dos dois heróis. Então, com pompa e circunstância em 1954 a dupla Alvin Schwartz e Curt Swan mostrou em World’s Finest #71 uma aventura em parceria dos heróis. Está certo que o primeiro team-up de fato do Superman com o Batman ocorreu em 1952 no gibi Superman #76, mas isso não tira a importância da história apresentada na edição #71 de World’s Finest, que a partir deste momento passou a trazer sempre a parceria do Homem de Aço com o Cruzado Encapuzado.

Em 1970 o lendário Julius Schwartz assumiu a editoria de World’s Finest e mudou o foco da revista, que passou a mostrar team-ups do Homem de Aço com outros heróis da DC Comics, sendo que a história mais destacada deste período foi a corrida entre o Superman e o Flash, produzida por Denny O’Neil e Dick Dillin e publicada entre os números #198 e #199 da revista. A partir da edição #214 o gibi voltou a apresentar parcerias dos dois maiores personagens da DC Comics e entre mudanças na quantidade de páginas e crises editoriais ela resistiu até 1986, quando foi cancelada após o lançamento do número #323.

Capa de World’s Finest #198 (1970), onde Superman e Flash disputaram uma corrida. Arte de Curt Swan e Murphy Anderson.

Devido ao seu peso histórico nos anos seguintes World’s Finest foi celebrada com o lançamento de edições especiais e minisséries, e seu formato foi reutilizado na revista Superman/Batman, publicada entre 2003 e 2011. Em 2022 com o roteirista Mark Waid, o desenhista Dan Mora e uma merecida salva de tiros Batman/Superman: World’s Finest chegou nas comic shops americanas, o que indica um fato óbvio: team-ups do Superman com o Batman sempre terão apelo junto ao público! E caso vocês tenham interesse nos encontros clássicos do Homem de Aço com o Cavaleiro das Trevas recomendamos a leitura de Batman e Superman: Os Melhores do Mundo — Era de Prata Vol. 1, encadernado lançado pela Panini em 2022 que em suas mais de trezentas páginas reúne histórias de World’s Finest publicadas na década de cinquenta.

The Brave and The Bold

The Brave and The Bold sempre foi mais do que uma simples revistinha. Lançado em 1955, originalmente esse gibi era dedicado a publicação de histórias ambientadas no passado e protagonizadas por personagens como o Cavaleiro Silencioso, Príncipe Viking e Robin Hood, até que a partir da edição #25 os editores da DC Comics mudaram seu foco para o experimento de novos personagens e conceitos. Como resultado dessas “experiências” surgiram a Liga da Justiça, a Turma Titã, o Esquadrão Suicida e a versão alienígena do Gavião Negro, o que tornou The Brave and The Bold um dos “locais de nascimento” da chamada Era de Prata do Quadrinho Americano. Mas… estamos aqui para falar de team-ups, né?

Capa de The Brave and The Bold #50 (1963), onde o Arqueiro Verde bateu de frente com o Caçador de Marte. Arte de George Roussos.

Em 1963 a redação da DC Comics decidiu transformar The Brave and The Bold em uma revista team-up e estreou o novo formato editorial na edição #50, com um embate entre o Caçador de Marte e o Arqueiro Verde. Durante um certo tempo o gibi trouxe diversas reuniões entre vários personagens da DC Comics, e de forma gradativa uma certa Batmania que dominou os EUA na segunda metade dos anos sessenta fez um certo herói se tornar a força dominante da publicação. E então em 1967 com o lançamento da edição #74 (que trazia uma aventura escrita por Bob Haney e coestrelada pelos Homens Metálicos) o sempre impoluto Batman se tornou personagem fixo da revista.

Capa de The Brave and The Bold #74 (1967), onde o Batman se alia aos Homens Metálicos. A partir dessa edição a revista ficou dedicada a mostrar team-ups do Cavaleiro das Trevas com outros heróis. Arte de Ross Andru e Mike Esposito.

Aliás, já que o citamos… vocês já ouviram falar de Bob Haney? Um dos mais prolíficos escritores da DC Comics entre os anos sessenta e setenta, Haney foi o roteirista titular de The Brave and The Bold até 1979, e o seu trabalho era marcado pelo total descompromisso com a continuidade da editora. Vejam como foram as coisas: Canário Negro era uma mulher reservada que se disfarçava com uma peruca loira na revista Green Lantern, porém em The Brave and The Bold #100 Haney não viu o menor problema em caracterizá-la como uma uma moça fútil que abandonou uma missão em progresso para evitar que um temporal arruinasse o seu cabelo! E nas edições #118 e #127 da revista o Cavaleiro das Trevas se encontrou com o Pantera, um velho herói boxeador que naquele momento fazia parte da Terra-2, um mundo paralelo que abrigava os antigos aventureiros mascarados da DC Comics criados nos anos quarenta. Só que havia um pequeno probleminha nesses encontros: Haney desconsiderou completamente a Terra-2 e retratou o Pantera como um habitante da Terra-1, o planeta dos super-heróis mais jovens da editora! Fazer o que, né?

Capa de The Brave and The Bold #118 (1975), onde sob olhar do Coringa o destemido Batman troca socos com o selvagem Pantera. Arte de Jim Aparo.

Com o tempo o desleixo de Bob Haney com a Continuidade ganhou ares folclóricos, tanto que fãs e pesquisadores sempre afirmam que as histórias criadas por ele se passavam na Terra-B (“B” de Bob, né?), mas independente da falta de rigor cronológico o escritor era especializado em histórias simples e divertidas, que foram potencializadas com a chegada do desenhista Jim Aparo em The Brave and The Bold #100. Artista absolutamente competente, com o passar do tempo Aparo foi reconhecido como um dos melhores desenhistas do Batman de todos os tempos, e ficou no título até a edição #200, quando a revista foi cancelada para dar lugar a Batman and The Outsiders (Batman e Os Renegados), em 1983.

De 1983 para cá eventualmente a DC Comics prestou homenagens a uma das suas mais históricas revistas relançado-a no formato de minisséries, e entre 2007 e 2010 ela foi revivida em trinta e cinco edições mensais que apresentaram team-ups diversos e talentos de alto nível como Mark Waid, George Pérez, J. M. Straczynski, Jesús Saiz, Scott Kolins, Jerry Ordway e outros. E certamente aqueles que assistem o Cartoon Network ou a HBOMax já devem ter desconfiado que a animação Batman: Os Bravos e Destemidos é claramente inspirada no trabalho de Bob Haney e Jim Aparo. Ah, antes que nos esqueçamos: boa parte da produção de Haney e Aparo foi reunida nos dez volumes da coleção Lendas do Cavaleiro das Trevas: Jim Aparo, lançada pela Panini entre 2015 e 2018, enquanto parte do conjunto de histórias da segunda série de The Brave and The Bold foi publicada entre 2008 e 2011 nas séries Superman & Batman e Dimensão DC: Lanterna Verde (também da Panini) e nos números #53 e #132 da coleção DC Comics: Coleção de Graphic Novels, editada pela Eaglemoss.

Marvel Team-Up

Era o início da década de setenta e os editores/escritores Stan Lee e Roy Thomas decidiram que finalmente havia chegado o momento da Marvel ter uma revista team-up para chamar de sua. Como protagonistas do novo gibi foram escolhidos o Homem-Aranha e o Tocha Humana (o membro mais jovem do Quarteto Fantástico) e juntos eles estrelaram as três primeiras edições de Marvel Team-Up, que foram lançadas no primeiro semestre de 1972, porém… rapidamente surgiram algumas complicações.

Capa de Marvel Team-Up #1 (1972), onde o Homem-Aranha e o Tocha Humana enfrentam o Homem-Areia. Arte de Gil Kane e Frank Giacoia.

Desde aquela época a Marvel levava a sério a sua continuidade, e os editores perceberam que se o Homem-Aranha e o Tocha Humana fossem personagens fixos de Marvel Team-Up haveriam problemas para orquestrar os eventos do novo gibi com The Amazing Spider-Man e Fantastic Four, as revistas principais dos heróis. Além disso, a imposição de uma dupla fixa obviamente limitaria o escopo criativo da nova publicação, e como o Homem-Aranha era o personagem mais popular da Marvel ele, por fim, se tornou a principal força da revista.

E assim com uma alta rotatividade de criadores Marvel Team-Up apresentou aventuras ora divertidas, ora ruins, até que em 1977 na edição #59 (que trazia uma história do Amigão da Vizinhança com o casal Jaqueta Amarela e Vespa) um evento “quase histórico” ocorreu: o escritor Chris Claremont e o desenhista John Byrne conceberam em parceria o seu primeiro team-up do Homem-Aranha!

Capa de Marvel Team-Up #79 (1979), onde ao lado Sonja o destemido Homem-Aranha encarou o feiticeiro Kulan Gath. Arte de John Byrne e Terry Austin.

Chris Claremont e John Byrne haviam trabalhado juntos em Iron Fist (Punho de Ferro) e posteriormente fizeram História (com “H” maiúsculo mesmo!) em The Uncanny X-Men (X-Men). Hoje as quatorze edições de Marvel Team-Up que eles produziram juntos entre 1977 e 1979 são consideradas o ponto mais alto da história da publicação, e certamente o maior destaque dessa leva de aventuras saiu em Marvel Team-Up #79, onde o herói aracnídeo se aliou a Sonja, uma guerreira da Era Hiboriana que surgiu em nossa época ao “incorporar” em Mary Jane Watson, a namorada e futura esposa de Peter Parker. Mas, acreditem: houve um team-up mais bizarro do que este!

Capa de Marvel Team-Up #78 (1978), onde o Homem-Aranha se “aliou” a rapaziada do Saturday Night Live. Arte de Dave Cockrum e Marie Severin.

Em Marvel Team-Up #74 Chris Claremont (ao lado do desenhista Bob Hall) reuniu o Homem-Aranha com o elenco do “Saturday Night Live”, um famoso programa humorístico da tevê americana que até hoje está no ar. Não é preciso ter alto poder de dedução para saber que uma “aventura” que contou com a participação de John Belushi, Dan Aykroyd, Bill Murray e até mesmo de Stan Lee primou pelo nonsense! Para a tristeza dos fãs tanto da Marvel quanto do “Saturday Night Live” por questões de direitos autorais essa história nunca mais foi republicada, e pela mesma razão o encontro do herói aracnídeo com Sonja voltou pouquíssimas vezes para o prelo desde a sua publicação original em 1979, sendo que a última ocorreu em 2008 no encadernado da minissérie Spider-Man/Red Sonja, editado conjuntamente pela Marvel e Dynamite Entertainment.

Seja como for… após cento e cinquenta edições mensais e sete anuais em 1985 Marvel Team-Up foi cancelada. Nos anos seguintes a Marvel relançou a série quatro vezes e criou uma versão dela para o Universo Ultimate, porém todas essas tentativas duraram pouco… talvez porque elas não tivessem o charme da sua versão clássica, que pode ser parcialmente conferido pelos fãs brasileiros nos encadernados Coleção Histórica Marvel: Homem-Aranha #12 (2015) e A Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel: Clássicos #38 (2018), publicados respectivamente pela Panini e Salvat.

Marvel Two-In-One

O Ídolo de Milhões. Os Velhos Olhos Azuis. O sobrinho favorito da Tia Petúnia. Sim, agora vamos falar do Coisa, o integrante do Quarteto Fantástico favorito dos fãs! Com o sucesso de Marvel Team-Up o bom e velho Stan Lee vislumbrou a possibilidade de lançar uma revista similar estrelada pelo Sr. Ben Grimm, mas ele encarou uma certa resistência por parte de Roy Thomas, que entendia que o personagem não funcionaria bem longe dos seus colegas de equipe. E além disso Thomas também ficou um pouco “ciumento” com a situação, já que naquele momento ele escrevia o gibi do Quarteto Fantástico e não queria dividir o Coisa com mais ninguém! Todavia, como Lee ainda mandava na Marvel não restou para Thomas outra opção senão acatar a orientação do seu chefe.

Capa deMarvel Two-In-One #1 (1974), onde o Coisa saiu no braço com o Homem-Coisa. Arte de Gil Kane e John Romita Sr.

O novo formato foi testado no segundo semestre de 1973 nas edições #11 e #12 de Marvel Feature, com duas aventuras escritas por Len Wein e Mike Friedrich e desenhadas por Jim Starlin onde o Coisa lutou respectivamente ao lado do Hulk e do Homem de Ferro. Experimentada e aprovada a proposta, com o devido rufar de tambores a primeira edição de Marvel Two-In-One foi apresentada aos fãs no início de 1974, trazendo uma história concebida por Steve Gerber e Gil Kane onde o Coisa bateu de frente com o Homem-Coisa, um monstruoso “quase xará” que habitava os pântanos da Flórida.

Capa de Marvel Two-In-One #58 (1979), que trouxe a conclusão da “Saga do Projeto Pegasus”. Arte de George Pérez e Terry Austin.

Marvel Two-In-One foi publicada até 1983, com cem edições regulares e sete anuais, que contaram com vinte e cinco escritores e vinte e dois desenhistas diferentes, sendo que o quadrinista mais presente no título foi Ron Wilson, responsável pela arte de quarenta e oito aventuras team-up do Coisa. Mas, a despeito da alta rotatividade criativa Marvel Two-In-One apresentou histórias interessantes para os fãs, como a “A Saga do Projeto Pegasus”, aventura publicada entre os números #53 e #58 da revista onde quebrando a receita de histórias curtas os roteiristas Ralph Macchio e Mark Gruenwald e os desenhistas John Byrne e George Pérez envolveram o sobrinho da Tia Petúnia, Quasar, Deathlok, Gigante, Thundra e Wundarr (um extraterrestre de personalidade infantil que foi meio que “adotado” por Ben Grimm em Marvel Two-In-One #2) em uma conspiração ocorrida dentro do Projeto Pegasus, uma organização dedicada a pesquisa de novas formas de energia.

Capa de Marvel Two-In-One Annual #2 (1977), onde os heróis da Marvel. Arte de Jim Starlin.

Mas… certamente o ápice da série ocorreu em 1977 na segunda edição anual de Marvel Two-In-One, onde Jim Starlin nos apresentou a conclusão de um embate de Thanos (que pela primeira vez fazia uso das Joias do Infinito) contra os heróis da Marvel. Apenas a combinação das forças do Coisa, Homem-Aranha, Adam Warlock e dos Vingadores foi capaz de derrotar o Titã Louco, e esse clássico foi apresentado pela última vez ao público brasileiro nos encadernados A Saga de Thanos #2 e Vingadores Antologia, publicados em 2020 pela Panini. E para os curiosos de plantão precisamos lembrar que a “A Saga do Projeto Pegasus” saiu por aqui em 2016 no trigésimo segundo volume da coleção Os Heróis Mais Poderosos da Marvel, editada pela Salvat.

Super-Team Family

Inicialmente sob a batuta editorial de Gerry Conway, em 1975 a primeira edição de Super-Team Family chegou nas prateleiras. A sua proposta era parecida com aquela apresentada nas revistas Superman Family e Batman Family, ou seja, o novo gibi bimestral teria mais páginas que o habitual (entre sessenta e oito e cinquenta e duas) e alternaria a republicação de material clássico com experimentos editoriais e team-ups inéditos e poucos usuais de personagens do Universo DC. Entretanto… esta ideia esbarrou em algumas circunstâncias negativas.

Capa de Super-Team Family #3 (1976), onde o Flash enfrentou um Gavião Negro transformado em gorila. Arte de Frank Brunner.

O primeiro número de Super-Team Family trouxe apenas reprints, e a edições #2 e #3 apresentaram respectivamente um encontro do Pantera com o Rastejante e um confronto entre o Flash e o Gavião Negro, mas problemas com custos editoriais fizeram com que os números seguintes da revista ficassem restritos a reedição de aventuras clássicas. Entre as edições #8 e #10 o escritor Steve Skeats e o desenhista Jim Sherman tentaram através de histórias inéditas ressuscitar os Desafiadores do Desconhecido (um grupo de aventureiros criados por Jack Kirby nos anos cinquenta), e pelo visto foram bem-sucedidos em seu intento, já que posteriormente a equipe teve a sua revista própria relançada em 1977.

Capa de Super-Team Family #11 (1977), onde Flash, Supergirl e Átomo batem de frente contra o vilanesco F. U. Turo. Arte de Alan Weiss e Joe Rubinstein.

Gerry Conway sempre foi fã do Átomo (membro da Liga da Justiça capaz de reduzir o próprio tamanho), e entre as edições #11 e #14 de Super-Team Family ele produziu ao lado dos artistas Alan Weiss e Arvell Jones uma pequena saga team-up onde junto com Supergirl, Flash, Lanterna Verde, Gavião Negro, Capitão Cometa, Aquaman e Mulher-Maravilha o diminuto super-herói realizou uma penosa busca por Jean Loring, que na época a sua noiva. Na sequência Super-Team Family trouxe um encontro do Flash com os Novos Deuses, mas…

Capa de Super-Team Family #12 (1977), onde ao lado do Gavião Negro e Lanterna Verde o diminuto Átomo continua a procura por sua noiva. Arte de Al Milgrom e Jack Abel.

Na segunda metade da década de setenta a DC Comics vinha passando por uma série de dificuldades administrativas, que no final das contas redundaram em 1978 na “Implosão DC”, uma reestruturação editorial que acarretou o cancelamento de 40% dos títulos da editora. Tanto Super-Team Family quanto o recém-revivido gibi dos Desafiadores do Desconhecido foram “degolados”, e praticamente na sequência uma nova revista team-up estrelada por um certo kryptoniano surgiu, porém… sobre ela falaremos mais para frente! O que podemos falar agora para os colecionadores de revistas antigas é que a busca por Jean Loring foi lançada na terra descoberta por Cabral entre 1979 e 1980 de forma irregular nas revistas Edição Extra e Almanaque dos Quadrinhos, publicadas pela saudosa Editora Ebal.

Super-Villain Team-Up

O primeiro team-up entre vilões do Universo Marvel que conhecemos hoje ocorreu em Fantastic Four #6, quando o anti-heroico Namor uniu forças ao Doutor Destino com o propósito de derrotar o Quarteto Fantástico. No início dos anos setenta o soberano da Latvéria protagonizou algumas aventuras próprias no gibi Astonishing Tales, e em 1974 a revista do Príncipe Submarino foi cancelada, deixando alguns plots em aberto. Diante deste cenário os editores da Marvel entenderam que seria uma boa ideia botar na praça uma publicação dividida entre Namor e o Doutor Destino, que fecharia as tramas inacabadas do Rei da Atlântida e eventualmente daria espaço para outros heróis e vilões da Casa das Ideias.

Capa de Giant-Size Super-Villain Team-Up #1 (1975), onde Namor e o Doutor Destino se tornaram aliados involuntários. Arte de Ron Wilson e Frank Giacoia.

E assim em 1975 com duas edições Giant-Size (formato similar ao das revistas anuais) o conceito foi apresentado ao grande público e no final deste mesmo ano com a periodicidade bimestral a simpática Super-Villain Team-Up foi posta no mercado. Apesar da proposta interessante na prática a revista se tornou uma barafunda, que nem o conjunto de talentos que trazia nomes como Roy Thomas, Tony Isabella, George Tuska, Jim Shooter, Bill Mantlo, Steve Englehart, Herb Trimpe, Bob Hall e muitos outros conseguiu organizar, mas ainda assim muitas coisas interessantes ocorreram em suas páginas.

Os Vingadores e os Campeões se curvam ao Doutor Destino na capa de Super-Villain Team-Up #14 (1977). Arte de John Byrne e Terry Austin.

A edição #2 trouxe a morte do primeiro amor do Príncipe Submarino, a jornalista Betty Dean. Na edição #5 os leitores foram apresentados ao Mortalha, um personagem dotado de habilidades extrassensoriais que fingia ser um vilão para se infiltrar em organizações criminosas, e que segundo Steve Englehart (o seu criador) era uma espécie de mistura do Batman com o Sombra. No número #14 o Doutor Destino bateu de frente com Magneto (então arqui-inimigo dos X-Men), em uma aventura que contou com a participação dos Vingadores e dos Campeões e que foi concluída em The Champions #16. Em 1980 entre as edições #16 e #17 aliado ao Monge do Ódio (um clone de Adolf Hitler!) e ao geneticista Arnin Zola o Caveira Vermelha (o maior e mais perigoso inimigo do Capitão América) iniciou uma busca pelo Cubo Cósmico, um dos mais poderosos artefatos do Universo Marvel e, por fim, a revista foi cancelada.

Capa de Super-Villain Team-Up #17 (1980), onde o Caveira Vermelha busca o Cubo Cósmico. Arte de Keith Pollard e Bruce Patterson.

Apesar dos “apesares” Super Villain Team-Up merece ser revisitada, e por isso sugerimos para os fãs a leitura dos quatro números de Supervilões Unidos, coleção lançada pela Panini no Brasil em 2016 que trouxe a maior parte das aventuras aqui citadas.

The Secret Society of Super-Villains

Está bem, está bem! The Secret Society of Super-Villains (A Sociedade Secreta dos Supervilões) talvez não tenha sido exatamente uma revista team-up, mas podemos citá-la em nossa lista se levarmos em consideração o entra-e-sai de heróis e vilões nas histórias que ela trouxe!

Capa de The Secret Society of Super-Villains #1 (1976), que marca a estreia da Sociedade Secreta dos Superviões. Arte de Ernie Chan.

Nos anos sessenta a DC Comics apresentou no gibi Justice League of America alguns agrupamentos informais de vilões, mas tirando o Sindicato do Crime (uma contraparte maligna da Liga da Justiça oriunda da Terra-3) nenhuma dessas equipes prosperou. E aí… inspirado na Galeria de Vilões (um time constituído por adversários do Flash) em 1976 o escritor Gerry Conway entendeu que uma nova “superequipe do mal” seria mais do que bem-vinda, principalmente se estrelasse um título próprio, mesmo que inicialmente devido a um certo sentimento de “posse” os demais editores da DC Comics tivessem vetado o uso de vilões “pesos-pesados” como Lex Luthor e Coringa.

Com a periodicidade bimestral o primeiro número de The Secret Society of Super-Villains foi apresentado aos fãs no primeiro semestre de 1976, e logo de cara os leitores souberam que uma figura misteriosa chamada “O Diretor” estava recrutando meliantes superpoderosos com o “singelo” propósito de conquistar o mundo! Na segunda edição o Capitão Cometa (um antigo personagem sci-fi dos anos cinquenta) se tornou o herói fixo da revista, por uma única razão: naquela época o famigerado Comics Code Authority (órgão que regulamentava a publicação de quadrinhos nos EUA) tinha regras rígidas contra o protagonismo e glorificação de malfeitores, então nada melhor do que ter sempre a mão um super-herói das antigas para “disfarçar” as coisas!

O Capitão Cometa e Kid Flash enfrentam o Gorila Grodd e o Trapaceiro na capa de The Secret Society of Supervillains #8 (1977). Arte de Rich Buckler e Jack Abel.

Nas edições seguintes foi revelado que “O Diretor” na verdade era o tirano estelar Darkseid, e daí para frente os roteiristas Gerry Conway, David Anthony Kraft, Bob Rozakis e os desenhistas Pablo Marcos, Rich Buckler, Dick Ayers e muitos outros quadrinistas mostraram aventuras onde tipos como Lex Luthor, Gorila Grodd, Mago e Funky Flashman (uma paródia de Stan Lee criada por Jack Kirby na revista do Senhor Milagre!) disputaram a liderança da Sociedade Secreta, com mocinhos e bandidos desaparecendo e surgindo de acordo com a conveniência do momento.

O Capitão Cometa fica frente a frente com o Sindicato do Crime na capa de The Secret Society of Supervillains #13 (1978). Arte de Rich Buckler e Bob McLeod.

Após quinze números The Secret Society of Super-Villains foi cancelada em 1978, vitimada pela já citada “Implosão DC”, mas a despeito da qualidade duvidosa de suas histórias ela deixou um legado importante na mitologia da DC Comics, tanto que de tempos em tempos a Sociedade Secreta foi reaproveitada, tanto nas aventuras da Liga da Justiça quanto em sagas como Crise Infinita e Crise Final. Ah, e antes que nos perguntem: essas aventuras permanecem inéditas aqui no Brasil!

DC Comics Presents

Em 1978 a DC Comics vivia o rescaldo da “Implosão DC”, mas havia alguma esperança no ar: Superman: O Filme seria lançado no final deste ano, então nada seria mais natural do que lançar uma nova revista do Homem de Aço para aproveitar o hype da obra estrelada por Christopher Reeve. E se o gibi fosse editado por Julius Schwartz e trouxesse team-ups do Último Filho de Krypton com o vasto elenco da editora as coisas ficariam ainda melhor!

DC Comics Presents #1 chegou na mãos dos fãs americanos no fim do primeiro semestre de 1978, apresentando uma parceira do Flash com o Superman escrita por Martin Pasko e desenhada por José Luis Garcia-López. Alias, Garcia-López desenhou os quatro primeiros números de DC Comics Presents e outras edições da revista, e até hoje esse é um dos trabalhos mais celebrados do mestre argentino.

Capa de DC Comics Presents #1 (1978), que trouxe um encontro do Flash com o Superman. Arte de José Luis Garcia-López e Dan Adkins.

Com o Superman se encontrando com seus colegas heroicos DC Comics Presents foi sendo publicada, porém existiu espaço para outros tipos de aventuras na revista. Em DC Comics Presents #26 houve a estreia dos Novos Titãs, uma reformulação da principal equipe adolescente da DC Comics tocada por Marv Wolfman e George Pérez e entre os números #25 e #48 o gibi apresentou “Whatever Happened to…?” (“O que aconteceu com…?”, em uma tradução livre), uma série de histórias curtas que mostrava o destino final de vários heróis da Era de Ouro do Quadrinho Americano. Só que de repente — não mais que de repente — a revista apresentou um team-up muito pouco usual do Superman com um certo herói de Etérnia!

Capa de DC Comics Presents #26 (1980), onde o Superman enfrentou o Lanterna Verde. Esta edição também trouxe a primeira aparição dos Novos Titãs. Arte de Jim Starlin.

Em 1982 a fabricante de brinquedos Mattel pretendia botar no mercado uma nova linha de action figures, e com o propósito de criar ações de marketing e merchandising e de desenvolver um universo fictício para os seus bonequinhos ela procurou a DC Comics. Após inúmeras conversas o roteirista Paul Kupperberg e o desenhista Curt Swan criaram uma história que foi publicada em DC Comics Presents #47, onde o Superman e He-Man (o principal personagem da nova linha da Mattel) trocaram alguns socos entre si. Uma curiosidade: esta aventura chegou nas bancas de jornal praticamente um anos antes da estreia na televisão da clássica animação He-Man e os Defensores do Universo, que ocorreu nos EUA em 26 de Setembro de 1983. Ah, outra curiosidade: pouquíssimos dos dos conceitos apresentados em DC Comics Presents #47 foram reaproveitados na animação!

Capa de DC Comics Presents #47 (1982), onde Esqueleto envia o Superman para um confronto contra He-Man. Arte de Ross Andru e Frank Giacoia.

Após noventa e sete edições DC Comics Presents foi cancelada em 1986, todavia entre 1987 e 1988 o quadrinista John Byrne procurou manter o seu espírito vivo nas páginas de Action Comics, apresentando diversos encontros do Superman com outros heróis da DC Comics. Tirando a sua costumeira parceira com o Batman o Homem de Aço nos últimos anos não teve uma revista dedicada a team-ups com outros personagens, mas… quem sabe o que o futuro reserva? De um jeito ou de outro as histórias clássicas produzidas por Jose Luis Garcia-López para DC Comics Presents podem ser lidas pelos leitores brasileiros nos dois volumes da coleção Lendas do Universo DC: José Luis Garcia-López, lançada em 2016 pela Panini, e em 2021 a mesma editora nos trouxe o encontro do Superman e He-Man na edição especial Superman e os Mestres do Universo. Por outro lado, os team-ups do Superman elaborados por John Byrne para Action Comics podem ser encontrados nos primeiros quatorze volumes da coleção A Saga do Superman, que a Panini levou para as nossas bancas de jornal entre 2021 e 2022.

Scooby-Doo Team-Up

Uma verdade eterna da Vida: o dogue alemão criado pelo estúdio de animação Hanna-Barbera e conhecido por todos como Scooby-Doo marcou a infância de milhões de pessoas mundo afora, além de imortalizar na mente e no coração do público brasileiro as vozes dos dubladores Orlando Drummond e Mario Monjardim. Lançada em 1969, a animação do Scooby-Doo foi um sucesso imediato, e em 1972 o personagem ganhou uma temporada batizada com o título “The New Scooby-Doo Movies”, onde os garotos intrometidos da Máquina de Mistério “trombavam” com outros personagens da Hanna-Barbera e com celebridades como os Três Patetas, Batman e Robin, Harlem Globetrotters, o Gordo e o Magro e a dupla de cantores Sonny & Cher.

Capa de Scooby-Doo Team-Up #1 (2013), onde Scooby-Doo bate aquele papo com a dupla Batman & Robin. Arte de Dario Brizuela.

O Tempo passou, o Tempo voou, Scooby-Doo ganhou inúmeras séries televisivas e em 2013 a DC Comics entendeu que seria uma ótima ideia formatar a proposta de “The New Scooby-Doo Movies” em um gibi voltado para o público infantojuvenil, com uma sutil diferença: dessa vez o dogue alemão além de se encontrar com os seus “colegas” da Hanna-Barbera teria team-ups com os super-heróis da própria DC Comics.

Capa de Scooby-Doo Team-Up #10, onde Scooby-Doo foge de uma múmia ao lado de Jonny Quest. Arte de Dario Brizuela.

Scooby-Doo Team-Up foi lançada em no final de 2013, e em suas cinquenta edições impressas e cem edições digitais (produzidas majoritariamente pelos quadrinistas Sholly Fisch, Dario Brizuela e Scott Jeralds) Scooby-Doo e seus amigos tiveram dezenas de encontros inusitados com tipos como a Família Shazam, Sociedade da Justiça, Patrulha do Destino, Legião dos Super-Heróis e muitos outros. E aproveitando a deixa Fisch, Brizuela e Jeralds usaram Scooby-Doo Team-Up para encerrar tramas inconclusas de animações clássicas da Hanna-Barbera como “Jonny Quest”, “Os Apuros de Penélope Charmosa” e “Dick Vigarista & Muttley”.

Capa de Scooby-Doo Team-Up #16, onde a turma da Máquina de Mistério se encontra com a Família Shazam. Arte de Dario Brizuela.

Para a infelicidade do público brasileiro este gibi nunca foi publicada em nosso país, mas um approach muito parecido com o dele pode ser apreciado na série televisiva “Scooby-Doo e Convidados”, que é exibida no canal a cabo Cartoon Network e que também está disponível no serviço de streaming HBOMax.

No futuro

Nos últimos tempos as revistas team-up meio que saíram de moda. Pontualmente a Marvel e a DC Comics lançam aqui e acolá gibis nesse estilo, mas quase sempre eles tem duração curtíssima, talvez porque os grandes eventos editoriais que interligam as várias séries mensais cumpram a missão de mostrar encontros de super-heróis. Entretanto… que sabe no futuro os fãs não sejam novamente agraciados com algo similar a Marvel Team-Up ou The Brave and The Bold, onde as aventuras dos aventureiros mascarados sempre foram mostradas trazendo aquilo que é essencial para elas: descomplicação e diversão!

E, como diria o nosso eterno poeta:

E TENHO DITO!

Para saber mais:

Sobre revistas team-up de uma forma geral:

Wikipedia: Team-Up

Twomorrows: Back Issue! #35

Twomorrows: Back Issue! #66

Twomorrows: Back Issue! #73

Sobre World’s Finest:

Wikipedia: World’s Finest

Grand Comics Database: World’s Finest

Newsarama: os encontros do Superman com o Batman

Guia dos Quadrinhos: histórias de World’s Finest publicadas no Brasil

Sobre The Brave and The Bold:

Wikipedia: The Brave and The Bold

Grand Comics Database: The Brave and The Bold (1. Série)

Grand Comics Database: The Brave and The Bold (2. Série)

Guia dos Quadrinhos: histórias de The Brave and The Bold (1. Série) publicadas no Brasil

Guia dos Quadrinhos: histórias de The Brave and The Bold (2. Série) publicadas no Brasil

Sobre Marvel Team-Up:

Wikipedia: Marvel Team-Up

Grand Comics Database: Marvel Team-Up (1. Série)

Grand Comics Database: Marvel Team-Up (2. Série)

Grand Comics Database: Marvel Team-Up (3. Série)

Grand Comics Database: Marvel Team-Up (4. Série)

Grand Comics Database: Ultimate Team-Up

Guia dos Quadrinhos: histórias de Marvel Team-Up (1. Série) publicadas no Brasil

Sobre Marvel Two-In-One:

Wikipedia: Marvel Two-In-One

Grand Comics Database: Marvel Two-In-One

Guia dos Quadrinhos: histórias de Marvel Two-In-One publicadas no Brasil

Sobre Super-Team Family:

Wikipedia: Super-Team Family

Grand Comics Database: Super-Team Family

Guia dos Quadrinhos: histórias de Super-Team Family publicadas no Brasil

Sobre Super-Villain Team-Up:

Wikipedia: Super-Villain Team-Up

Grand Comics Database: Super-Villain Team-Up

Guia dos Quadrinhos: histórias de Super-Villain Team-Up publicadas no Brasil

Sobre Secret Society of Super-Villains:

Wikipedia: Secret Society of Super-Villains

Grand Comics Database: Secret Society of Super-Villains

Sobre DC Comics Presents:

Wikipedia: DC Comics Presents

Grand Comics Database: DC Comics Presents

Guia dos Quadrinhos: histórias de DC Comics Presents publicadas no Brasil

Sobre Scooby-Doo Team-Up:

Scoobypedia: Scooby-Doo Team-Up

Grand Comics Database: Scooby-Doo Team-Up (versão impressa)

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Claudio Basilio
sobrequadrinhos

Apenas um rapaz latino-americano que gosta de falar de Quadrinhos e Cultura Pop. E de outros assuntos também!