Amor e tristeza, na música e no cinema
Com um pouquinho mais de um mês de resenhas aqui em Soixantaine, venho com mais uma carta para os meus leitores da minha forma de fazer o meu jornalismo cultural. Entre acontecimentos notáveis e pré-estreias prazerosas, acabei por falar muito de amor e tristezas profundas nas últimas resenhas que publiquei nesta minha redação pessoal.
Começo com o acontecimento único que marcou o último dia 21 de maio, quando Francisco Buarque de Hollanda, o famoso Chico Buarque, se tornou o primeiro músico a ganhar o notável Prêmio Camões. Oficialmente premiado pelo seu conjunto da obra, Buarque contribuiu demais para a literatura em língua portuguesa, além de seus romances, em suas canções.
https://medium.com/soixantaine/literatura-buarque-de-hollanda-407c01d1e0ae
Na minha resenha destaco uma lista de treze (podem rir do número, eu não ligo) músicas de Chico que trazem um alto caráter literário em suas construções. O multifacetado e multigênero compositor oferece a oportunidade de tantos destaques em sua obra musical e literária, que me permitiu que este texto tenha se tornado o mais longo que já escrevi em Soixantaine.
No final do mês de maio, aproveitei um gancho que o próprio artigo sobre o Chico me deixou em aberto, para discutir a presença de personagens em canções notáveis de diferentes cantores. No caso deste artigo mudei um pouco a óptica e falei sobre personagens que na verdade eram formas dos compositores se esconderem em histórias fictícias, diferente do que fez Buarque em suas canções que se construíam como verdadeiros contos ficcionais.
https://medium.com/soixantaine/personagens-como-m%C3%A1scaras-do-criador-29fd66cd038f
Destaquei as canções Sad Lisa, de Cat Stevens; Eleanor Rigby, do Paul McCartney; e Murderer of Blue Skies, de Chris Cornell; para ilustrar o ponto que discute o texto.
Começo o mês de junho de Soixantaine falando sobre um filme que nem estreou oficialmente no cinema nacional ainda, mas que pude assistir em uma sessão linda de Dia dos Namorados, no CineSala de São Paulo durante o Festival Varilux de Cinema Francês 2019.
Admito que esta resenha foi uma das mais difíceis de se manter um pouco mais neutro para falar do filme, já que Mon Inconnue (Amor à Segunda Vista) foi um filme que assisti com tanto gosto. A obra faz um meio de campo maravilhoso entre cinema cult e gostosas comédias-românticas leves de assistir. Não digo mais nada sobre este filme além de recomendar que todos que gostam de rir vão assistí-lo, em especial ao lado daquela pessoa que amam, porque vale realmente a pena.
Termino essa carta pensando se os meus leitores concordam comigo que acabei por definir um estilo específico de assuntos que mais trato aqui neste meu jornal pessoal. O questionamento que fica: seria isto algo bom ou ruim? Os leitores que se sentirem bem em comentar, podem me responder se eu deveria estar resenhando um pouco mais de conteúdos um pouco mais distantes do meu consumo habitual cultural, ou se vocês gostam da minha chamada curadoria.
Aguardo as respostas, ansioso na minha redação Soixantaine,