Amor e tristeza, na música e no cinema

Daniel Muñoz
Soixante-huit
Published in
Sent as a

Newsletter

3 min readJun 14, 2019

Com um pouquinho mais de um mês de resenhas aqui em Soixantaine, venho com mais uma carta para os meus leitores da minha forma de fazer o meu jornalismo cultural. Entre acontecimentos notáveis e pré-estreias prazerosas, acabei por falar muito de amor e tristezas profundas nas últimas resenhas que publiquei nesta minha redação pessoal.

O Prêmio Camões deste ano foi àquele que muitos veem como malandro, mas que é um artista de contribuição imensurável à cultura brasileira.

Começo com o acontecimento único que marcou o último dia 21 de maio, quando Francisco Buarque de Hollanda, o famoso Chico Buarque, se tornou o primeiro músico a ganhar o notável Prêmio Camões. Oficialmente premiado pelo seu conjunto da obra, Buarque contribuiu demais para a literatura em língua portuguesa, além de seus romances, em suas canções.

https://medium.com/soixantaine/literatura-buarque-de-hollanda-407c01d1e0ae

Na minha resenha destaco uma lista de treze (podem rir do número, eu não ligo) músicas de Chico que trazem um alto caráter literário em suas construções. O multifacetado e multigênero compositor oferece a oportunidade de tantos destaques em sua obra musical e literária, que me permitiu que este texto tenha se tornado o mais longo que já escrevi em Soixantaine.

Um dos álbuns mais clássicos dos anos 70 guarda a canção ficcional com uma autobiografia escondida, Sad Lisa.

No final do mês de maio, aproveitei um gancho que o próprio artigo sobre o Chico me deixou em aberto, para discutir a presença de personagens em canções notáveis de diferentes cantores. No caso deste artigo mudei um pouco a óptica e falei sobre personagens que na verdade eram formas dos compositores se esconderem em histórias fictícias, diferente do que fez Buarque em suas canções que se construíam como verdadeiros contos ficcionais.

https://medium.com/soixantaine/personagens-como-m%C3%A1scaras-do-criador-29fd66cd038f

Destaquei as canções Sad Lisa, de Cat Stevens; Eleanor Rigby, do Paul McCartney; e Murderer of Blue Skies, de Chris Cornell; para ilustrar o ponto que discute o texto.

Um filme de uma leveza e fofura gigantescos, flertando com um estilo americano sem deixar de ser francês.

Começo o mês de junho de Soixantaine falando sobre um filme que nem estreou oficialmente no cinema nacional ainda, mas que pude assistir em uma sessão linda de Dia dos Namorados, no CineSala de São Paulo durante o Festival Varilux de Cinema Francês 2019.

https://medium.com/soixantaine/mon-inconnue-com%C3%A9dia-rom%C3%A2ntica-%C3%A0-francesa-especialmente-para-namorados-4e56020ac7ab

Admito que esta resenha foi uma das mais difíceis de se manter um pouco mais neutro para falar do filme, já que Mon Inconnue (Amor à Segunda Vista) foi um filme que assisti com tanto gosto. A obra faz um meio de campo maravilhoso entre cinema cult e gostosas comédias-românticas leves de assistir. Não digo mais nada sobre este filme além de recomendar que todos que gostam de rir vão assistí-lo, em especial ao lado daquela pessoa que amam, porque vale realmente a pena.

Termino essa carta pensando se os meus leitores concordam comigo que acabei por definir um estilo específico de assuntos que mais trato aqui neste meu jornal pessoal. O questionamento que fica: seria isto algo bom ou ruim? Os leitores que se sentirem bem em comentar, podem me responder se eu deveria estar resenhando um pouco mais de conteúdos um pouco mais distantes do meu consumo habitual cultural, ou se vocês gostam da minha chamada curadoria.

Aguardo as respostas, ansioso na minha redação Soixantaine,

Daniel Muñoz

--

--

Daniel Muñoz
Soixante-huit

Um dia jornalista, hoje historiador. Escrevo só sobre o que quero e quando acho que tenho algo a dizer. Para mim é importante a diferença entre Ochs e Dylan