Dia 2 | Diário de Bordo #DPW2020

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Somos Tera
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7 min readAug 12, 2020

Acompanhe alguns destaques das aulas de hoje e aproveite o exercício prático para refletir sobre os temas do segundo dia.

No segundo dia, o voo foi para dentro de nós. ❤️

Foram momentos de inspiração e provocação sobre propósito, valores e sentimento de realização profissional. Cada expert, à sua maneira, trouxe ideias e sugestões práticas para nos ajudar no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Confira abaixo as principais dúvidas trazidas pela audiência e alguns destaques que separamos para quem não conseguiu assistir ainda.

A partir de sua experiência pessoal, Ziller falou sobre a importância e o prazer de conseguir alinhar o próprio propósito com os de outras pessoas — e construir seu futuro a partir de mais e mais alinhamentos como esse. No caso dele, um alinhamento que envolve cogumelos defumados, a vontade de comer queijo e o monte Everest.

Perguntas em destaque, trazidas por estudantes:

  • Como lidar com o fator “dinheiro/renda” no encontro entre propósito pessoal e trabalho, quando nem sempre temos como nos manter numa transição de carreira?
  • Dinheiro traz felicidade?
  • Como equilibrar as necessidades de cada esfera: pessoal, profissional, familiar e no seu caso o adicional atleta? Sem esquecer o financeiro na aposentadoria?

“O objetivo do montanhista não é chegar ao cume — é voltar para casa para contar a história. Quando eu sei que meu objetivo é voltar para casa, eu tomo as decisões corretas.”

Propósito não é uma coisa mágica que acontece na nossa vida. Ninguém tem só um propósito de vida — temos diferentes propósitos em diferentes momentos da nossa vida. O importante é tentar alinhar eles todos, ancorar os altos e baixos em alguma coisa.”

“Meu guia no Nepal falou: você tem que entrar numa situação onde em todo momento você pense em desistir. Só assim você vai treinar seu cérebro para o Everest.”

“Grandes mudanças parecem caminhos longos, impossíveis. Mas o primeiro passo tá sempre muito próximo da gente.”

“No fundo, no fundo, a gente tá falando de alinhamento… de todo mundo à sua volta estar no mesmo capítulo do livro, sem spoilers, aprendendo com os erros, isso é trabalhar com propósito.”

O Cali acorda às 4h15 da manhã. Nessa aula, ele traz aprendizados sobre ritmo pessoal, disciplina e autogestão, oferecendo dicas práticas que podem nos ajudar a lidar melhor com o trabalho remoto.

Perguntas em destaque, trazidas por estudantes:

  • Com tantas notificações, especialmente as de trabalho (Slack, e-mail, WhatsApp), como manter o foco e lidar com isso?
  • Quais acordos dá para fazer no time para conseguir manter o foco e minimizar interrupções sendo que as pessoas fazem as mesmas tarefas em horários diferentes?
  • Como fazer o time entender que alguns membros precisam estar em horário comercial ?

“O bacana do trabalho remoto é que todo mundo está na mesma distância, a um clique. Tá precisando de ajuda? Conversa direto com a pessoa com quem você precisa que falar.”

“Antes a gente tinha o ritual de sair do escritório, tinha uma separação simbólica. O que é encerrar o trabalho? O trabalho na empresa não vai ter fim. Então o que você tem que definir é o tempo de trabalho, definir o ciclo.

“A mente fica com “threads” abertos porque ela quer resolver. Uma coisa que você pode fazer é anotar as coisas no papel para tirar da cabeça e deixar ela descansar.”

“Ser remote-first é garantir que a empresa não vai favorecer quem está presencial e perto. Todas as pessoas, incluindo as remotas, precisam ter a mesma visibilidade de informações”

“Você não pode exigir que as pessoas estejam ali olhando para a tela sabendo tudo o que está sendo discutido. A pessoa está focada no trabalho dela. Quanto mais contexto você der, mais a pessoa vai poder trabalhar no tempo dela — a qualquer momento ela pode entrar, entender o que está sendo discutido e tomar decisões”.

“Sem papéis e responsabilidades explícitas, fica muito difícil colaborar e tomar decisões. Não acredito na delegação de tarefas. Acredito na delegação de responsabilidades. Então não faz sentido essa relação onde um fica interferindo no trabalho do outro.”

“Não dependa de chefes. Quanto mais a gente for passivo, terceirizar decisões e resolução de conflitos para chefes, mais os chefes vão ficar grudados na gente, microgerenciando. Um jeito de se livrar disso é alinhar expectativas o quanto antes e tomar a liderança do seu próprio papel e questões”

Que estratégias e ações podem ajudar pessoas na busca de bons empregos na área de tecnologia? Que estratégias e ações vêm ajudando empresas a automatizar processos de recrutamento sem deixá-los menos humanos? Como o RH vem lidando com a responsabilidade de ser uma ponte entre esses dois lados?

Perguntas em destaque, trazidas por estudantes:

  • Com a tendência de tudo passa a ser mais “humanizado” quais as dificuldades das plataformas de recrutamento digital de conseguirem alcançar esse objetivo?
  • É interessante trazer na entrevista vivências mais pessoais, superações não profissionais?
  • Quais as dicas para a pesquisa do eu? Para entender melhor o que se quer trabalhar?

“Diversidade é um pilar central hoje para quem trabalha na área de pessoas. E quando a gente fala em diversidade e inclusão, a gente tá mudando a estrutura hierárquica, trazendo lugar de fala, isso muda tudo.” — Rafael Stafocher

“É importante pro RH conhecer as pessoas num sentido mais completo, incluindo toda a complexidade, diversidade, desafios emocionais. Tem que saber o que esses profissionais estão buscando, não apenas o que a empresa está procurando. Tem que ser essa ponte.” — Christiane Pinto

“Eu sempre defendo uma área de people que tenha uma mentalidade de produto, que queira encontrar sempre a melhor experiência para seus ´usuários´, o processo tem que evoluir o tempo todo, incluindo cada vez mais pessoas e ouvindo o que elas estão buscando.” — Rafael Stafocher

“O potencial está sendo muito valorizado, mais que experiências específicas. Onde você estiver, o importante é construir histórias, fechar os ciclos, deixar seu legado ali. Se você não fecha ciclos, você não aprende, não consegue pegar os erros, não tem um entregável final.” — Mariana Dias

“Todos nós precisamos questionar o RH. ´Como é o processo seletivo de vocês? Poderia ser diferente? É importante continuar sempre aprendendo, não só com pessoas diferentes mas com as mais diferentes fontes de informação. No final do dia, construir um futuro mais acessível é um grande gol como sociedade. ” — Rafael Stafocher

“No currículo, é importante você saber traduzir quais são as habilidades que você tem hoje e que parte do seu repertório de mundo têm a ver com essa posição nova que você está buscando.” — Christiane Pinto

Facundo Guerra foi eleito um dos 100 empreendedores mais influentes do mundo pela revista norteamericana Good Magazine. Baseando-se em suas experiências pessoais ao longo de mais de 20 negócios abertos, ele falou sobre intuição e coragem na hora de construir seu futuro profissional.

Perguntas em destaque, trazidas por estudantes:

  • Você acredita que é possível empreender dentro do mercado de trabalho em uma carreira em tecnologia, por exemplo?
  • Poderia comentar sobre os desafios e o papel de empreendedorismo dentro de grandes corporações?
  • Como você alinha a experiência, a entrega de valor e o marketing dos seus projetos?

“O próximo passo é as marcas pararem de falar sobre seus propósitos e começar a perguntar pros clientes: o que que eu posso fazer para você se transformar na melhor versão de si mesmo?”

“Não é uma questão de fé em si mesmo que vai garantir que você consiga abrir um negócio e viver dele, o empreendedorismo é redimensionar várias coisas dentro de você. Começa com uma viagem interna.”

“Muita gente não sabe por que quer abrir um restaurante, um bar, ou uma loja. Falam´me disseram que é um bom negócio´. Mas raramente é. Tem que partir do ponto de vista de que não vai dar certo e lidar com isso.“

“Essa mitologia do dinheiro como recompensa te impede de acessar os pequenos prazeres que o empreendedorismo dá, como expressar sua visão de mundo.”

“A gente é seduzido por esse empreendedorismo gringo onde tudo tem que ser maior, melhor, mais rápido o tempo inteiro, uma ideia de que não existem limites. Você sabe por que você quer expandir?”

“Para mim o business plan é ficção científica, você não consegue ponderar todas as variáveis de futuro, ele é desenhado no agora, no seu tesão, na sua vontade.”

Para ajudar você a processar as informações do dia e refletir sobre os temas trazidos, trouxemos o exercício prático “Canvas de Decisão de Carreira”, na biblioteca do segundo dia no LXS .

Não deixe de reservar alguns minutos do seu dia para preencher o canvas antes de seguir a jornada.

Descansem que amanhã tem mais!

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Um novo modelo de educação com foco nas principais habilidades para a economia digital: www.somostera.com