Estratégias de Migração Para a Cloud

Mariana Carvalho
SysAdminas

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Ao considerar a migração de aplicações, banco de dados e toda uma infraestrutura para a nuvem, a empresa se faz algumas perguntas, como:

  • Quais aplicações podem ser movidas rapidamente para a nuvem sem, ou quase nulo, impacto nos negócios?;
  • Quais serviços oferecemos hoje que podem sofrer downtime com pouco, ou quase nulo, impacto aos negócios?;
  • Quais bancos de dados estão desconectados dos serviços que nós (empresa) oferecemos aos nossos clientes? (como inventório, payroll, dados de recursos humanos, entre outros);
  • Qual o investimento financeiro que estamos dispostos a fazer para manter, recodificar ou descontinuar uma aplicação?;
  • Devemos realmente migrar essa solução para a nuvem?

Além de muitas outras perguntas!

Todas elas devem ser feitas durante o Planejamento de Migração para a Nuvem, o qual é um material que vem sendo discutido e implementado por pequenas, médias e grandes corporações que estão passando pela Transformação Digital e reinventando seus negócios.

Ao responder essas perguntas, as empresas se deparam com diversas possibilidades e, para nortear o processo de planejamento, atualmente existe no mercado a abordagem dos “5Rs” (Refactor, Rehost, Replatform, Refactor e Retire).

Vamos descrever brevemente o conceito por trás de cada um deles a seguir.

Modernizar o ambiente significa “refatorar ou reconstruir (recodificar, alterar) as aplicações e como elas foram criadas. Modernizar requer um tempo maior de planejamento, implementação e mudança, mas é um esforço que se paga a longo prazo devido a todos os serviços de nuvem que serão facilmente compatíveis com essas mudanças.

Já o “Lift-and-Shift” que também é conhecido como “rehost”, requer menos trabalho no início, pois neste modelo geralmente não se faz necessário alterar as aplicações, pois só serão alterados os requisitos de computação, rede e armazenamento. Entretanto, as empresas acabam tendo maiores dificuldades a longo prazo, uma vez que suas aplicações não serão 100% compatíveis com os serviços da nuvem e, muitas vezes, acabam por não conseguir se beneficiar de tudo o que a nuvem oferece. Outro problema com essa abordagem é a manutenção da consistência e governança dos dados.

Outra estratégia que pode ser adotada é a “replatforming”, ou “lift-tinker-and-shift”. Neste modelo, é possível fazer pequenas melhorias e otimizações para obter mais benefícios com a migração.

Já a estratégia retain” consiste em manter as aplicações em seu ambiente atual e não migrar para a nuvem, e isso pode envolver diversos motivos, incluindo o fato de que a aplicação pode estar próxima de ser descontinuada, ou não haverá nenhum benefício significativo na mudança da arquitetura, ou até mesmo questões contratuais.

Além de todas as possibilidades citadas acima, depois de avaliar o seu ambiente para uma possível migração para a cloud, você pode descobrir que algumas aplicações não são mais necessárias, e que, ao longo do tempo, ficaram esquecidas. Neste caso, basta seguir com a desativação do ambiente, que é uma estratégia conhecida como retire, e assim você certamente vai economizar financeiramente.

Para entender mais sobre os “5Rs”, recomendamos a leitura do tópico “The five Rs of rationalization”, na documentação da Microsoft Azure.

Assim, fica claro que a complexidade da migração de aplicações para a nuvem varia de acordo com o tipo de arquitetura existente.

Por isso, para tomar qualquer decisão, é necessário avaliar vários pontos, incluindo custo, tempo e esforço, para decidir se realmente a migração será necessária e, se for, em seguida, definir a melhor estratégia para realizá-la.

Esse texto faz parte do Guia da Guia da Computação em Nuvem: Conceito, Prática & Capacitação publicado no Medium, no LeanPub, e na Open Library. Para checar todos os capítulos, clique aqui e acesse a Introdução.

Próximo capítulo: Cloud Center of Excellence

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Mariana Carvalho
SysAdminas

Career mentor, writer, researcher. Latino 30 Under 30. Sharing my experience along the way • Connect https://www.linkedin.com/in/mari/