5 dos erros mais comuns cometidos em UX

UX/Shorts

#1: Desenhar para você mesmo

Como o próprio nome já diz, UX é a experiência do usuário com o produto ou serviço que está sendo desenhado, e não a sua. Só porque algo parece bom para você não significa que ele também será para os usuários.

Com certeza, muitos de vocês já passaram por esse momento: você passa dias trabalhando em um protótipo que você achou incrível, mas na hora de colocar tudo aquilo à prova com os usuários você descobre que nada faz sentido.

É claro que nem sempre é fácil deixar o gosto pessoal de lado durante o processo, muitos sentem um amor quase paternal por suas criações. Mas lembre-se que você não precisa provar nada com seu e sim ajudar o usuário a ter uma experiência memorável.

#2: Usar o mesmo processo para todos os clientes

Por mais incríveis que sejam os processos de da IDEO ou do Google Ventures, saiba que mesmo eles não são únicos e perfeitos. É preciso levar em conta o contexto do projeto, o cronograma e as expectativas para ajustar as ferramentas e atividades conforme o necessário.

O “cinto de utilidades” de UX é enorme. Algumas ferramentas são mais focadas para o planejamento, outras mais voltadas à entender as necessidades dos usuários, outras mais específicas para a UI e assim por diante. Quem nunca se viu forçado a sacrificar algumas horas de análise do mercado para conseguir mais tempo para um teste de usabilidade? Qual deles é mais importante para o seu projeto? Cabe ao UX designer e ao cliente definirem e entenderem o problema de design para poderem decidir qual é o melhor meio para resolvê-lo.

#3: Documentar demais

Você está indo bem, já definiu como vai ser o processo e quais ferramentas utilizar, é aí que aparece o fantasma dos entregáveis. Jornadas de usuário, , , pesquisa de mercado, personas, protótipos, resultados de pesquisas com usuários… a lista é imensa, mas será mesmo que é relevante documentar tudo isso?

Como UX designer você sabe que precisa registrar o processo de modo que os desenvolvedores possam entender o que deve ser feito para que tudo o que foi pensado se torne uma realidade. Mas, é importante que essa documentação não se torne um fator de impedimento do processo. É preciso encontrar o nível ideal, somente o necessário para dar apoio ao desenvolvimento e à criação, não reescrever O Senhor dos Anéis.

Mas como descobrir esse nível ideal? Converse com quem receberá esses entregáveis para entender suas necessidades e expectativas. Tente garantir que não haja trabalho desnecessário nem que falte alguma coisa.

#4: Não envolver o cliente no processo

Alguém aí nunca ouviu do cliente o famoso “não dá pra aumentar um pouquinho o logo”? Todos nós sabemos como as vezes é difícil ter o cliente interferindo durante o processo de . Para muitos a solução é eliminá-lo completamente quando na verdade o ideal seria envolvê-lo ainda mais.

Se o cliente participa do processo de ele não só vai se preocupar menos, por entender melhor como você e sua equipe chegaram em determinada solução, como também terá um maior senso de propriedade sobre aquilo e assim se tornará menos propenso a rejeitar o resultado.

Ainda sobre o cliente, outro desafio para muitos dos é saber equilibrar as necessidades do usuário com os objetivos de negócios do cliente. A solução é colocar ênfase nos lugares certos. O que é essencial para o negócio e o que é fundamental para a experiência do usuário? Junto ao cliente tente mostrar as escolhas que você precisa fazer como , destaque a importância do conceito de MVP (), deixe claro quais são os diversos caminhos que podem ser seguidos e encoraje-o a escolher um deles.

#5: Perder muito tempo com o protótipo

Como UX designer lembre-se de que você está tentando obter dos usuários, não colocar uma obra de arte na parede do . De maneira geral, o protótipo é qualquer coisa que uma pessoa pode olhar e interagir de alguma forma. Normalmente, não haverá necessidade de um protótipo muito complexo para que você consiga as informações que precisa.

Geralmente o protótipo é uma das últimas etapas de um processo de UX, o que significa que o do projetoestá próximo. Como bem explicado no blog do Google Ventures: “é melhor ter algo bom o suficiente, mas que está pronto para o teste com os usuários, do que uma obra-prima inacabada”. Afinal seu objetivo principal é aprender aos poucos com os usuários, não ter tudo perfeitamente decidido e finalizado.

Pensamentos finais

Como dissemos, ninguém é infalível. Muitos desses erros são cometidos pura e simplesmente por “inércia”, por falta de prática e de experiência. Aqui na Taqtile nós sempre fazemos uma retrospectiva ao final de cada projeto, repassando os pontos positivos e negativos que tiveram maior impacto no resultado final. Com isso, planejamos os projetos seguintes já pensando em como solucionar os pontos negativos e sabendo o que de positivo podemos aproveitar do projeto anterior. Outra dica, essa mais simples, é manter sempre à vista alguns para lembrar desses e de outros erros comuns do dia-a-dia, sempre se policiando para não cometê-los novamente.

Sintam-se à vontade para compartilhar suas ideias, nos dizer quais foram as situações parecidas pelas quais vocês já passaram e quais são as suas dicas! Obrigado pela leitura!

Referências

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