Animação em comando de voz

Lucas Wormsbecher
Tendências Digitais

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Depois da grande revolução da tecnologia touchscreen, outra grande tendência que está se tornando cada vez mais presente é o comando de voz em diversos dispositivos, nos levando a pensar em outras formas de interfaces digitais.

Como exemplo, temos o próprio google tradutor, onde é possível emitir grunhidos humanos para que o mesmo possa identificar e traduzir para o idioma selecionado; Temos assistentes pessoais como a Alexa (e a própria Siri, do IPhone), que surgiu em 2014 junto ao Amazon Echo, que conseguem executar cerca de 33 mil tarefas!

Assim como apresentado na publicação sobre inteligências artificiais, estamos caminhando para uma singularidade onde as consequências são muito maiores do que aquilo que podemos prever. Ainda, nota-se o exemplo da interação com a Cortana — assistente digital da Microsoft — , onde círculos concêntricos mediam a relação com a inteligência virtual.

Cortana

Percebi que o feedback presente nessas tecnologias, tanto na vida real como nas produções de ficção científica, é um ícone organicamente animado! A interação humano-computador está cada vez mais consolidada e, mesmo que do outro lado você esteja falando com algum outro humanoide, sua principal interação é com uma interface. Ao utilizar esses ícones animados para dar o devido feedback para sua voz, isso torna sua experiência muito mais natural e dinâmica e, até mesmo, amigável.

Ao apresentar essa forma fluída e ao reagir de acordo com o input, você não se depara com uma interface estática. Tais ícones reagem de forma que você perceba que está realmente sendo ouvido, e que suar ordem será executada conforme certos padrões de interação.

De acordo com o material design da google, o uso da animação em interfaces reforça o usuário como a pessoa no comando. O movimento cria um significado. Ele serve para focar a sua atenção e para manter a continuidade.

A animação sendo usada não apenas como feedback em comando de voz, mas como recurso em diversos aspectos de um aplicativo, por exemplo, deixam a experiência mais harmoniosa. Além de apenas apertar um botão e o mesmo executar uma ação (e o processo se encerrar friamente nesses 2 passos), podemos dizer que o movimento fluído das animações cria um certo “storytelling” na hora de definir as configurações.

Siri

Temos um exemplo de assistente pessoal (ou uma inteligência artificial) provinda de um filme que repercutiu bastante dentro desse campo da tecnologia. Nela, podemos ver a presença desse recurso:

Samantha — filme Her

Apenas pequenos detalhes são necessários para causar uma grande mudança na nossa interação. E considerando que a prática de se relacionar com AIs já se encontra num patamar no mínimo consolidado, tornar essa experiência com elementos que demonstrem uma certa familiaridade e organicidade será algo crucial para que nos sintamos confortáveis ao interagir.

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