Foto do filme “Amor Por Direito”. Disponível em: https://www.facebook.com/AmorPorDireito/

Conheça oito filmes (lindos) que abordam o amor entre mulheres

TODXS
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4 min readAug 13, 2018

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Para mulheres que se relacionam com mulheres, sejam lésbicas, bi ou pansexuais, se ver representada em filmes é muito difícil — principalmente quando são românticos. A maioria dos casais protagonistas são heterossexuais. Segundo uma pesquisa do GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), em 2017, dos 109 filmes produzidos pelos grandes estúdios de Hollywood, apenas 14 tinham personagens LGBTI+. Destes, lésbicas estavam em cinco filmes e bissexuais em dois.

Encontrar obras que retratam o amor entre mulheres de maneira realista, sem fetichização ou estereótipos, é difícil. Nesta lista, separamos alguns filmes incríveis para você assistir e lembrar que o amor entre elas é lindo:

Pariah (2011)

Alike (Adepero Oduye) é uma adolescente que está descobrindo sua sexualidade e construindo sua identidade: do que gosta, como quer se vestir e o que quer ser. Enquanto isso, ela enfrenta a pressão familiar para que corresponda às expectativas de seus pais. O filme foi muito inspirado na experiência pessoal da diretora, Dee Rees, mulher negra e lésbica.

A diretora, que sempre aborda temas sociais em suas obras, também foi a primeira mulher negra da história a concorrer na categoria de melhor roteiro adaptado com a obra Mudbound: Lágrimas sobre o Mississipi (2018).

Amor Por Direito (2016) [Disponível no Netflix]

Laurel (Juliane Moore) e Stacie (Ellen Page) construíram uma vida juntas e são felizes. Quando Laurel descobre que tem uma doença terminal, pede para que sua esposa receba os benefícios da pensão da polícia, por onde trabalhou por 23 anos. O problema é que as autoridades recusam o pedido, fazendo com que as duas iniciem uma batalha para ter seus direitos reconhecidos no judiciário como qualquer outro casal. O filme é baseado em uma história real, já retratada no documentário Freeheld, vencedor do Oscar em 2008.

Carol (2015)

O filme se passa na década de 50 e conta a história de Carol Aird (Cate Blanchett), uma mulher que está se divorciando do marido, quando conhece (e se apaixona) por Therese Belivet (Rooney Mara). Quando o marido de Carol descobre, ameaça tirar a guarda da filha dos dois, inclusive proibindo as duas de se encontrarem. Carol e Therese, juntas, embarcam em uma viagem de carro para descobrir como enfrentarão seus dramas.

A obra foi indicada a seis Oscars, incluindo Melhor Atriz (Cate Blanchett), Melhor Atriz Coadjuvante (Rooney Mara) e Melhor Roteiro Adaptado, e cinco nomeações ao Globo de Ouro.

Desobediência (2018)

O filme é uma adaptação do livro de Naomi Alderman e conta a história de Esti (Rachel Adams) e Ronit (Rachel Weisz), amigas de infância que eram apaixonadas. Quando o pai de Ronit morre, ela volta a comunidade judaica ortodoxa da qual fugiu e reencontra Esti, casada com seu primo Dovid (Alessandro Nivola). A reaproximação das duas faz sentimentos do passado surgirem, e o drama se desenrola a partir do romance proibido.

A direção é do chileno Sebastián Lelio, de “Uma Mulher Fantástica”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Margarita com canudinho (2014) [Disponível no Netflix]

Laila (Kalki Koechlin) é uma jovem indiana que tem paralisia cerebral que resolve estudar nos Estados Unidos para tentar concretizar o sonho de ser escritora. Além de retratar a realidade de uma pessoa com deficiência, o filme foca também na descoberta da sexualidade de Laila: quando conhece Khanum (Sayani Gupta), uma ativista lésbica, as duas se envolvem romanticamente.

A personagem Laila foi inspirada em uma prima de Shonali Bose, diretora do longa. Ela comenta sobre o processo criativo do roteiro em uma entrevista ao jornal The Guardian (em inglês).

Flores Raras (2013) [Disponível no Netflix]

Flores Raras traz a história (verídica) do romance entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e Elizabeth Bishop (Miranda Otto), poetisa norte-americana. O pano de fundo para a relação entre as duas é o golpe militar e o governo de Carlos Lacerda no Rio de Janeiro. A direção é do brasileiro Bruno Barreto que, na época de lançamento da obra, declarou ao portal G1 que o fato de a obra ter um romance entre mulheres dificultou o patrocínio.

Imagine eu e você (2005)

Rachel (Piper Perabo) está se casando com seu namorado Heck (Matthew Goode) quando conhece Luce (Lena Headey), a florista do casamento. Há uma atração instantânea entre elas e Rachel entra em um conflito: deve continuar seu relacionamento com Heck ou se permitir viver com Luce?

Em meio a tantas comédias românticas clichês cujo casal protagonista é um homem e uma mulher, é ótimo encontrar um filme leve, mamão com açúcar e protagonizado por duas mulheres. E a trilha sonora é uma delícia.

Lesbian Mother (1972)

O documentário é da década de 70, mas ainda é muito atual. A discussão sobre a maternidade lésbica é o centro dessa produção dirigida por duas brasileiras: Rita Moreira e sua esposa, Norma Bahia Pontes.. As entrevistadas falam sobre falta de representatividade, heterossexualidade compulsória e sobre a vivência naquela época.

A íntegra está disponível no Youtube (e legendado em português):

Conhece algum filme que deveria estar na lista? Comenta e deixa o link do trailer!

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