6 dicas para você não estragar sua viagem com uma low cost

Leonardo Pereira
Uma Pera
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3 min readOct 27, 2015

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Às 9h48 de sábado, dia 10, lá estava o Leo tomando o tradicional English breakfast pelos arredores de Schoreditch com a namorada. Só que eu não sabia se estava mesmo naquele bairro; como o ônibus do aeroporto ignorou a minha parada, nós mal chegamos em Londres e já estávamos perdidos — e essa nem foi a primeira cagada da viagem.

Laís e eu tínhamos passagens partindo de Dublin às 6h30 com chegada prevista em Londres às 7h50. Saímos de casa às 4h e, de transfer, levamos cerca de 15 minutos até o aeroporto, ou seja, havia mais tempo do que o necessário. Teria sido tudo tranquilo se não fosse um pequeno detalhe: a Ryanair.

Companhias aéreas de baixo custo são ótimas, mas elas fazem o que podem para forçar os clientes a pagar por serviços extras. O que aconteceu comigo eu conto um pouco mais pra baixo, mas antes vai um pequeno tutorial. Sigam este passo a passo sempre que tiverem de voar com as low cost pela Europa:

  1. Dias antes de viajar, faça o check-in online;
  2. Imprima as passagens de ida e volta;
  3. Cheque as medidas das malas que a empresa permite levar sem despachar. Caso esteja com uma de carrinho, entre na fila assim que o embarque começar, porque se faltar espaço as últimas pessoas com mala grande são obrigadas a despachar;
  4. Além do passaporte, leve seu GNIB junto com você;
  5. Chegue ao aeroporto com horas de antecedência;
  6. No aeroporto, vá ao balcão da cia aérea para conferência dos documentos — no caso da Ryanair, sem o carimbo deles nas passagens você não embarca, mesmo que chegue até o portão de embarque. E você precisa fazer isso na volta, também.

O que eu aprontei: não imprimi as passagens, não passei no balcão da cia aérea, não levei o GNIB e, na volta, cheguei em cima da hora. Coisa de gente que acha que já sabe tudo de aeroporto, sabe?

Minha história

Um dos truques da Ryanair pra ganhar um dinheiro é limitar o tempo que você tem para imprimir os tíquetes no aeroporto. Quando cheguei ao aeroporto de Dublin, o tempo tinha acabado, por isso tive de abrir meu e-mail num computador (pago) e imprimir (pagando) os PDFs que, por sorte, eu tinha requisitado antes — não dá pra imprimir em máquinas de autoatendimento.

Com os papeis em mãos, ignoramos a recomendação da atendente e partimos para a área de embarque, passamos pela segurança e fomos tomar um café quando eu resolvi ler as letras miúdas. Lá dizia que precisava do tal carimbo, então tivemos de fazer todo o caminho de volta correndo.

Na volta, saindo de Londres, perdemos o ônibus para o aeroporto por minutos, o que foi suficiente para causar um problema enorme. No aeroporto de Stansted, fomos direto para uma fila de emergência da Ryanair por causa do bendito carimbo, depois corremos para a área de segurança, que estava um caos. Sério, um caos. Se você é de São Paulo, pense na estação de metrô da Sé em horário de pico, se você não é, veja este vídeo.

Fui falar com um segurança e ele me aconselhou a desistir daquilo e pagar £ 5 num esquema pra furar a fila (mais dinheiro desperdiçado). Mesmo fazendo isso nós tivemos de correr pra caramba, porque nosso avião partiria do portão 20 e sei lá o quê (um dos últimos). Quando chegamos o embarque já tinha começado, mas deu tempo.

Além de quase perder os voos de ida e volta, ainda tive de encarar encheção de saco do funcionário da imigração em Dublin porque não viajamos com o ~Immigration Certificate of Registration~, que a gente conhece como GNIB card. Eu não entendo a lógica do GNIB. Por que a Irlanda nos obriga a carregar um cartão que custa € 300 se ele diz a mesma coisa que o carimbo da imigração no passaporte? (Que eu tenho um ano de permanência legal no país.)

Enfim, esses foram os percalços do meu primeiro rolê internacional enquanto intercambista. Se não quiser ter problemas, lembre-se das recomendações acima, porque qualquer detalhe pode acabar com a sua viagem. A minha, apesar disso tudo, foi ótima; se quiser saber tudo o que eu fiz, confira aqui.

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