Perguntas que gostaríamos de responder num futuro próximo
Num grupo de 20 pessoas, de empreendedores cívicos a indivíduos com ambição política, passando por financiadores e ativistas, todos envolvidos com inovação política, fomos estimulados a levantar perguntas que geram reflexões profundas sobre a nossa prática. A intenção foi criar um espaço para que pessoas de diferentes lugares de fala e visões pudessem refletir coletivamente.
As questões foram discutidas em grupos de quatro pessoas e depois apresentadas abertamente para que todos pudessem refletir e, caso tenham feito perguntas similares ou complementares, também elencassem essas perguntas. A partir das perguntas foi possível visualizar quatro grandes temas que agregam os diversos questionamentos do grupo.
Limites da participação/representação
Muitas das reflexões feitas durante o encontro abordaram a questão da participação e representatividade, com apontamentos profundos sobre a questão da universalização da participação e a garantia de direito das minorias. Os “99%” também foram citados como uma contraposição à influencia que o capital tem sobre as decisões políticas.
Papel das organizações não governamentais
A reflexão sobre o papel da organizações orbitou o encontro. Haviam pessoas de partidos políticos, associações, fundações, empresas, desenvolvedores, ativistas, acadêmicos e outras esferas do campo social presentes. O questionamento sobre o papel e a importância das ONG’s no processo de inovação política, principalmente num momento em que elas mesmas estão sofrendo com a crise de institucionalidade, foi abordado com preocupação.
“Campo” dentro/fora
A partir das conversas percebemos que a denominação desse campo ainda não está definido — pois há quem se enxerga em inovação política, quem se enxerga como hacker da política, quem se enxerga como ativista e até como empreendedor. A principal questão levantada foi como podemos (se é que é possível) superar as polarizações e partir para um diálogo com um sentimento de compreensão mútua.
Olhando pra dentro, observamos a polarização política como um dos grandes obstáculos para criar pontes entre atores deste campo.
Olhando para fora, vimos o obstáculo da cultura política. Como assegurar um lugar para além da discussão raivosa e da apatia total?
América Latina
Com a presença de nossos hermanos argentinos a reflexão sobre a integração latino americana também ficou latente e surgiu em diversos momentos. Afinal, como podemos vencer a barreiras (mentais, geográficas, linguísticas) e potencializar a inovação política em nossa região?
Quer entrar nesse barco?
O que você achou das perguntas que foram levantadas nesse encontro? Elas reverberam na sua prática e na sua reflexão sobre a democracia do século XXI? Quais são as outras perguntas que precisam ser feitas? Quer participar desse processo com a gente? Inscreva-se em www.updatepolitics.cc e logo receberá notícias nossas. ;)
Veja o relato da primeira parte do encontro neste texto: Conversa com Agustín Frizzera e Santiago Siri do Partido de la Red