Notas: Elizabeth, O Homem Que Mudou o Jogo, Maudie, Bem Vindos a Marly-Gomont

Danilo Monteiro
Viajante Paranoide
Published in
3 min readJul 17, 2020

Elizabeth (1998)

Título original: Elizabeth (1998, Reino Unido). Direção: Shekhar Kapur.
Roteiro: Michael Hirst. Com: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Joseph Fiennes, Richard Attenborough, Christopher Eccleston, Kathy Burke, Fanny Ardant, Vincent Cassel, James Frain, Daniel Craig.

Indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999, Cate Blanchett estrela esta cinebiografia que retrata a ascensão e início do reinado da Rainha Elizabeth I. Blanchett é o destaque indiscutível da produção: sua atuação é repleta de nuances, mostrando a evolução da rainha e as difíceis escolhas impostas pela Coroa. Apesar dos erros históricos, o filme compensa na ambientação, cujo valor de produção é nítido, especialmente na maquiagem, figurinos e cenários. Destaque para as cenas finais, onde Elizabeth aceita o seu destino.

Nota: 4 de 5 estrelas. Disponível na Netflix.

O Homem Que Mudou o Jogo (2011)

Título original: Moneyball (2011, EUA). Direção: Bennett Miller.
Roteiro: Steven Zaillian e Aaron Sorkin. Com: Brad Pitt, Jonah Hill, Phillip Seymour-Hoffman, Robin Wright, Chris Pratt, Stephen Bishop, Reed Diamond, Brent Jennings, Tammy Blanchard, Kerris Dorsey.

O filme conta a história da bem-sucedida temporada do Oakland Athletics em 2002 que, gerenciado por Billy Beane (Brad Pitt), resolveu seguir uma nova estratégia centrada em estatísticas proposta por Peter Brand (Jonah Hill). O roteiro afiado confere agilidade à narrativa, reforçada pelas boas atuações de Pitt e Hill. Apesar de ser um filme sobre beisebol, o foco está em mostrar o que a paixão e a confiança de um homem no esporte podem fazer.

Nota: 3,5 de 5 estrelas. Disponível na Netflix.

Maudie (2016)

Título original: Maudie (2016, Irlanda e Canadá). Direção: Aisling Walsh. Roteiro: Sherry White. Com: Sally Hawkins, Ethan Hawke, Kari Matchett, Zachary Bennett, Gabrielle Rose, Greg Malone.

Vencedor de sete prêmios no Canadian Screen Awards 2018, o filme conta a história da artista folk Maud Lewis (Sally Hawkins), seu relacionamento com o marido, Everett (Ethan Hawke), e seu amor pela pintura. Apesar de ter nascido com deficiência nos membros, Maud era uma pintora prolífica. Hawkins a interpreta de forma delicada e, ao investir no retrato do mundo interior da personagem, sua deficiência se torna apenas uma característica. No entanto, o que prometia ser um estudo de personagem interessante sobre uma artista sem grandes ambições acaba se tornando uma história de transformação do marido bronco. Ao abandonar a sua protagonista em prol de uma narrativa que romantiza um relacionamento abusivo, Maudie se revela uma decepção.

Nota: 2 de 5 estrelas. Disponível na Netflix.

Bem-Vindos a Morly-Gomont (2016)

Título original: Bienvenue à Marly-Gomont. Direção: Julien Rambaldi. Roteiro: Julien Rambaldi, Kamini e Benoît Graffin. Com: Marc Zinga, Aïssa Maïga, Bayron Lebli, Médina Diarra, Rufus, Jonathan Lambert, Mata Gabin, Sylvestre Amoussou, Riton Liebman.

Inspirado na vida de Seyolo Zantoko (Marc Zinga), um médico do Congo que decidiu aceitar o trabalho num pequeno vilarejo no interior da França em troca da cidadania francesa. Seyolo se muda com a esposa e filhos para Morly-Gomont, sendo as únicas pessoas negras que moram no local. O racismo dos cidadãos é escancarado, mas o filme atribui isso à ignorância e, apesar do tema, é uma produção surpreendemente leve. Com destaque para a atuação de Zinga e de Aïssa Maïga (O Menino Que Descobriu o Vento), Bem-Vindos a Morly-Gommont é um filme estilo Sessão da Tarde, que não decepciona e retrata uma das formas de enfrentamento ao racismo.

Nota: 3,5 de 5 estrelas. Disponível na Netflix.

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