3 estratégias para crescer a sua empresa sem alto investimento

O termo “unicórnio” é um apelido para empresas que foram avaliadas em 1 bilhão de dólares, antes mesmo de vender suas ações. A figura mitológica representa uma ação muito difícil, como por exemplo encontrar o próprio unicórnio na frente da sua casa.

A maioria dos unicórnios no brasil segue a linha das inovações disruptivas, ou seja, inovações que surgem de produtos ou serviços que desconstroem os hábitos e padrões que conhecemos. Nubank, Netflix e Spotify são exemplos de empresas disruptivas, pois inovaram na forma com que hoje lidamos com o nosso dinheiro, assistimos filmes e escutamos música.

O fato é que para se tornar um unicórnio, as empresas precisam ter um investimento alto e literalmente “torrar” dinheiro. Esta não é a realidade de muitas empresas que estão no inicio da sua jornada, por isso é mais válido colocar os pés no chão e identificar estratégicas que possam crescer a empresa ao ponto dos grandes investimentos.

Pensar como camelos

Neste mês de março, a Harvard Bussiness Review publicou um conteúdo muito focado a este perfil de empreendedores. O conteúdo é especificamente voltado para uma referência desconhecida e muito genial. Você já conhecia o termo “pensar como camelos e não como unicórnios”?

As empresas camelos oferecem um crescimento com equilíbrio, capaz de sustentar e crescer a empresa de uma maneira sustentável. Para isso acontecer, as startups usam três estratégias:

1.Equilibrar, em vez de queimar

As empresas camelos tem interesse de crescimento igual aos unicórnios, a única diferença é que eles priorizam o processo de crescimento com equilíbrio. Esta característica é abordada pelo cuidado com a precificação correta dos produtos desde o inicio, sem o uso de produtos gratuitos para conquistar novos clientes. Eles sabem que esta precificação irá agregar em qualidade do produto e posição no mercado.

2. Gestão de custo em todo o ciclo de vida

A gestão de custo das empresas é comum no mercado, as empresas camelos entendem que esta é uma questão importante a se tratar desde o início da empresa. Duas questões principais para esta gestão são o custo de aquisição de novos clientes e o investimento em pessoal.

A resiliência, para mim, depende de dois fatores: um deles são os indicadores financeiros para aquisição de clientes, e o outro é o quanto se deve investir em pessoal antes de a curva da receita começar a crescer. É assim que tomamos decisões calculadas e criamos expectativas para investimentos; se estivermos certos, cresceremos, e, se estivermos errados, o prejuízo não será tão expressivo. Matt Glotzbach, CEO da Quizlet

3. Camelos percorrem grande distâncias

A sobrevivência é a chave para percorrer grandes distâncias e conseguir se adaptar ao longo da jornada empreendedora. Muitas empresas sabem que os avanços não são conquistados com grande rapidez, este tempo é aproveitado para criar um modelo eficaz de negócio, construir um produto com qualidade e desenvolver pessoas que são capazes de crescer junto com a empresa. Na corrida das empresas, ganha quem consegue sobreviver em meio as incertezas e por mais tempo.

As características das empresas camelo são muito semelhantes ao termo “Antifrágil”. A antifragilidade tem uma característica de se beneficiar com o caos, da mesma forma que as empresas camelos acabam se beneficiando e se tornando cada vez melhor.

Para Nassim Nicholas Taleb, da mesma forma que ficamos fisicamente mais fortes quando submetidos a tensão, muitas coisas se beneficiam com a desordem, riscos e incertezas. A antifragilidade é uma delas.

“O antifrágil está além da resiliência ou robustez. O resiliente sobrevive a colisões e permanece igual; o antifrágil fica cada vez melhor.”

A capacidade de entender as etapas de crescimento de uma empresa, faz com que as pessoas já estejam preparadas para possíveis caos e para transformá-los em melhorias de produto. Esta é uma das frentes das empresas camelo, priorizando o processo de crescimento em equilibrio, focando na gestão de custos e montando um modelo eficaz durante os percalços da jornada empreendedora.

Créditos da Publicação: Jaqueline Stierle

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