John Cage e o Zen Budismo

Editor da Zumbido
Zumbido
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13 min readMay 24, 2019

A música da mudança em cinco fragmentos, por Gabriela Garcia

Não importa em que espaço verbal você tente encerrar o Zen,
ele resiste e transborda…
A atitude Zen é que palavras e verdade são incompatíveis,
ou pelo menos que nenhuma palavra pode capturar a verdade.

Douglas Hofstadter

O que é o Zen?
Um mestre responderia: “Um cipreste no quintal”;
outro: “Três libras de linho”…

Jean-Michel Varenne

Há algo de profano em falar sobre como o Budismo é perfeito como filosofia ou doutrina sem saber o que ele é de fato.

Shunryu Suzuki

Em 1938, como vimos, John Cage tivera um primeiro contato com a filosofia oriental por meio de uma palestra sobre Zen Budismo na Cornish School, e em 1945 assistira a palestras de Daisetz Suzuki na Universidade de Columbia, o que aprofundou seu interesse. Entre 1946 e 1947, Cage se dedicou a um estudo geral sobre o pensamento oriental e depois passou três anos aprofundando-se, fazendo cursos com Suzuki, até 1951. Nesse último período Cage estudou o escritor taoísta Chuang-tze (ou Chuang-zu),[1] que segundo o próprio Cage é “cheio de humor”.

Um exemplo desse interesse naquele momento foi o caso da apresentação em 1949 da Lecture on Nothing [Palestra sobre Nada]: durante o período reservado às perguntas, Cage distribuiu seis respostas previamente preparadas a serem usadas independentemente da pergunta feita. Poderíamos especular se esse uso do acaso foi algo completamente independente, mas é o próprio Cage quem afirma: “isso era um reflexo do meu compromisso com o Zen” (1961, p.X).

Cage e Daisetz Suzuki | Foto: Reprodução/Pinterest

Somente em 1951 Christian Wolff lhe mostraria o I Ching, o Livro das Mutações, com cujo auxílio Cage comporia Music of Changes, ou “música das mutações” e tantas outras peças e textos. O livro se tornaria um instrumento fundamental para Cage. Ao longo de seus escritos, Cage gostava de recontar várias histórias extraídas do Zen (há muitas em De Segunda a Um Ano), ou seguir o modelo de diálogo entre professor intransigente e aluno, como faz por exemplo em Música Experimental, homenageando a Doutrina da Mente Universal de Huang-Po. Ainda em 1989, na Declaração Autobiográfica, ele apresentaria uma lista de possíveis leituras sobre o tema que lhe pareceram importantes.

Apesar de todo seu interesse e estudo, precisamos ressaltar novamente o que dissemos no texto introdutório sobre não apresentar o Zen como causa, origem ou fonte das ideias de Cage. Porém, ainda que não seja a causa, não há como negar uma importante relação entre o Zen e a obra (tanto a musical quanto a literária) de Cage. Vejamos o que ele afirma, no prefácio a Silence (e reiteraria na Declaração…):

Os críticos frequentemente exclamam “Dadá” depois de assistir a um dos meus concertos ou ouvir uma de minhas palestras. Outros deploram meu interesse pelo Zen. […] É possível fazer uma conexão entre os dois, mas nem o Dadá nem o Zen são algo tangível e fixo. Eles mudam, e de formas bem diferentes, em diferentes lugares e momentos, eles revigoram a ação. O que era Dadá nos anos 20 agora é, com exceção do trabalho de Marcel Duchamp, somente arte. Não quero que ponham a culpa do que faço no Zen, apesar de que sem o meu compromisso com o Zen […], duvido que eu tivesse feito o que fiz. Disseram-me que Alan Watts[2] questionou a relação entre meu trabalho e o Zen. Digo isto para livrar o Zen de qualquer responsabilidade pelas minhas ações. No entanto, continuarei a empreendê-las. […] O que, hoje em dia, nos Estados Unidos da metade do século XX, é o Zen? (1961, p.XI)

Mas o que é o Zen? Cabe aqui uma breve explicação.

Na introdução de A First Zen Reader, uma compilação de textos dirigidos ao leigo com o objetivo de fornecer uma ideia geral da prática e teoria do Zen, Trevor Legget oferece uma breve explicação de alguns conceitos básicos do Zen. O Zen é uma ramificação do Budismo Mayahana, baseado nos ensinamentos de Siddhartha Gautama, e enfatiza a consciência a todo momento e o “ver profundamente na natureza das coisas” por meio da experiência direta. Historicamente,

A seita Zen do Budismo reivindica transmitir a compreensão especial obtida por Shakyamuni Buddha [o mesmo Siddhartha Gautama, ou “sábio dos Shakyas”] na postura de meditação sob a árvore em Gaya, depois de seis anos de práticas espirituais ao fim de uma longa meditação (seis dias e noites, segundo uma tradição). Esta realização livrou-o de todos os sofrimentos e limitações para sempre. Ela foi passada por ele ao seu discípulo Kashyapa, e a partir daí sem interrupções por meio dos patriarcas e professores na Índia, China, Coreia e Japão. […] Depois de dominar o Budismo por séculos está agora em decadência na China, mas ainda é influente no Japão. (Legget, 1989, p.13).

Legget explica as ramificações Soto e Rinzai, e afirma que há diferenças históricas de acordo com o momento e o lugar no desenvolvimento do Zen:

O Budismo da Índia não é igual em tudo àquele da China, e o Budismo japonês tem suas próprias peculiaridades. As diferenças não são pequenas. No entanto, a tradição é que o ensinamento deve adequar-se ao ouvinte assim como um remédio ao paciente… (idem, p.16)

Mesmo numa explicação breve, haveria muito mais a dizer sobre o Zen, seja sobre as Quatro Nobres Verdades ou o Nobre Caminho Óctuplo, seja sobre as paramitas (seis perfeições). O próprio Legget, entre outros, explica conceitos como a natureza de Buda, a diferença entre Mahayana e Hinayana, o satori ou iluminação e carma. Mas não é este o lugar para explorar o tema. Aponto somente que a linha de Daisetz Suzuki é a Rinzai, com ênfase em uma atitude anti-intelectualista, nos koans[3] e no satori como iluminação instantânea por meio desses. Já a linha Soto, levada aos Estados Unidos por Shunryu Suzuki mais tarde, tende a um processo gradual de iluminação e enfatiza a atenção no cotidiano e a meditação sem um objeto (limpar a mente, em vez de “desvendar” um koan). É verdade que Cage estudou com Daisetz Suzuki, porém uma ou outra citação aqui é de Shunryu Suzuki, porque o que interessa aqui são os conceitos que se aplicam a Cage, conceitos presentes no Zen independentemente da linha, mais do que diferenças nos meios empregados entre uma e outra ramificação.

O que interessa de modo mais imediato, sem sequer entrar na discussão sobre se o Zen é uma religião ou uma filosofia, são os conceitos básicos da “atitude” Zen nos quais podemos vislumbrar conceitos e atitudes semelhantes aos de John Cage como, por exemplo, o desapego e não interferência e a superação do pensamento dualista. O conceito de silêncio (físico ou mental, objetivo ou subjetivo), por exemplo, está constantemente presente no Zen e em Cage. Para entender o que aqui nos interessa do Zen, ou melhor, para ter quase uma “tradução” mais ocidental do que é fundamental nele, sem entrar em relatos históricos, recorro a Raymond Smullyan.[4] Em The Tao is Silent [O Tao é Silencioso], Smullyan (1992, p.15) começa com uma explicação sobre o Zen que pode ser facilmente relacionada ao modo de ver de Cage:

O Zen Budismo pode ser sagazmente descrito como uma combinação do Taoísmo Chinês com o Budismo Indiano com um toque de sal e pimenta (especialmente pimenta) adicionado pelos japoneses. É questionável se o Zen Budismo deve ser considerado uma filosofia. Como muitos seguidores do Zen enfatizam repetidamente, o Zen é mais um modo de vida, um conjunto de atitudes, uma certa gestalt, do que um conjunto de sentenças cognitivamente significativas. Acredito que há muita verdade nessa afirmação, mas como tantas outras afirmações, ela pode ser excessivamente exagerada. Acredito que o Zen é primeiramente um “caminho” mais do que uma “doutrina”, mas não acredito que o Zen seja totalmente destituído de doutrina.

Smullyan continua explicando (e ilustrando com passagens, assim como fez Cage em seus textos) o sabor do Zen, o humor ou a “pimenta” à qual se refere. Sua visão parece condizente com como Cage (1989, s.p.) afirma ver o Zen na Declaração Autobiográfica, quando lembra a comparação de Ramakrishna de todas as religiões como águas de um lago ao qual vão as pessoas de várias direções: “Além disso esta água tem muitos sabores diferentes. O gosto do Zen para mim vem da mistura de humor, intransigência e desapego” (grifo meu).

Por um lado, o humor; por outro, o desapego. O humor permeia toda a obra de Cage, basta ter lido alguns de seus textos para percebê-lo; quanto ao desapego, vemos isso relacionado à sua ideia de “deixar os sons serem eles mesmos”.

A exemplo de como o Zen e esta atitude composicional estariam relacionados, trazemos o seguinte relato de História da Música Experimental nos Estados Unidos: Cage conta que em certa ocasião em Darmstadt ele dissera que era possível escrever música observando as imperfeições no papel sobre o qual se escreve, e um estudante não o entendera porque estava “cheio de ideias musicais”, e perguntara se uma folha de papel seria melhor do que outra, por ter, por exemplo, mais imperfeições. Cage respondeu então que

ele [o estudante] estava preso aos sons e por causa dessa ligação não podia deixar os sons serem simplesmente sons. Ele precisava ligar-se ao vazio, ao silêncio. Então as coisas — isto é, os sons — tomariam posse de si mesmas. Por que é tão necessário que os sons sejam apenas sons? Há muitas maneiras de dizer o porquê. Uma é esta: para que cada som possa tornar-se o Buddha. Se essa expressão é muito oriental, tome-se a afirmação cristã gnóstica: “Rachai a madeira e lá está Jesus”.[5] (Cage, 1959/61, p.70).

Além do desapego e do humor, faltaria dizer algo sobre a superação do pensamento dualista. Novamente Legget traz uma visão acadêmica:

O mundo da nossa experiência está constantemente mudando; tecnicamente chama-se Samsara, nascimento-e-morte ou vida-e-morte. O homem instintivamente procura permanência nele, e assim o mundo é uma fonte constante de sofrimento e frustração. No entanto, nossa experiência é em parte ilusória. A ilusão consiste em tomar as distinções e limitações criadas pela mente como completamente verdadeiras. A verdade do mundo é o Nirvana, absolutamente livre de distinções e limitações, mas por causa da ignorância (avidya) a mente a experimenta como diferenciada e limitada. Pela prática do Zen (literalmente “meditação”, em japonês), as noções confusas, contrárias e invertidas podem ser descartadas e o Nirvana conhecido diretamente. No Samadhi, o auge da meditação, as distinções desaparecem e aquele que medita e o objeto são um. (1989, p.14) (grifo meu)

Em diferentes momentos, Cage insistiu em que não devemos nos deixar “hipnotizar por categorias intelectuais” (que ele explicava em pares de oposições como contínuo/descontínuo, estável/instável, vida e morte). A superação dessas categorias intelectuais parece estar ligada à mente vazia da meditação e à experiência direta (o “conhecer diretamente” da citação acima), e a mente vazia, por sua vez, está relacionada a um silêncio. Se bem Cage diz nunca ter praticado com as pernas cruzadas nem meditado, isso não impede seu compromisso com as ideias do Zen de outras formas, e ele insiste várias vezes na superação da dualidade. Isso será mais claramente visto no próximo texto, sobre o silêncio para Cage, e como suas experiências o levaram a não discriminar entre (aparentes) opostos.

Seria porém tudo apenas uma questão de linguagem? No prefácio de M lemos:

Daisetz Suzuki frequentemente observava que o não dualismo do Zen surgiu na China como resultado de problemas encontrados ao traduzir os textos de Budismo da Índia. Páli[6] tinha sintaxe; o chinês não. As palavras indianas para conceitos em oposição entre si não existiam em chinês. Fixidez tornou-se montanha-montanha; flexibilidade tornou-se clima-de-primavera-clima-de-primavera. O budismo tornou-se Zen Budismo. Procurando um precedente indiano, os patriarcas chineses escolheram o Sermão da Flor, de Buddha, um sermão em que nenhuma palavra é falada. (Cage, 1973, s.p.)

(Coincidentemente, temos aí também um sermão “silencioso”.)

Apesar disso, mais do que uma questão apenas de linguagem, entendo que superar as dualidades é mais um problema da mente, de certo estado que tanto os adeptos do Zen Budismo quanto Cage veem como um estado perfeito, de bem-aventurança. Cage consegue vê-lo não apenas pelos olhos do Oriente; em Precursores da Música Moderna, ele faz uma citação de Meister Eckhart que fala da ignorância como algo a que devemos visar (Eckhart apud Cage, 1949/61, p.62). Pritchett a contextualiza, explicando o conceito de “ignorância” em Eckhart. Para este último, um vazio interno, silêncio ou ignorância, um não saber é necessário para perceber Deus. Esse é o estado de desapego e indiferença em relação ao conhecimento e à vontade. Por outras passagens, Pritchett mostra que o que Eckhart em outros lugares chama “calmo silêncio” é a “ignorância” da citação, e um requisito para ouvir. Nas palavras de Pritchett (1996, p.46), “de acordo com Eckhart, uma vez obtido este estado de vazio total, obtém-se todas as coisas”. Se bem o trecho vem de um místico cristão do século XIV, parece ressoar perfeitamente com a ideia de silêncio e de mente vazia do Zen, com a ideia de ignorância nesse sentido, como um lugar em que não há categorias intelectuais, não há pares de opostos, não há dualidade.

No seguinte trecho de Chuang-tze, o autor estudado por Cage, podemos ver as mesmas noções, em outras palavras:

O conhecimento dos antigos era perfeito. Perfeito como? Direi a vocês. No começo eles não sabiam que existiam coisas. Este é o conhecimento mais perfeito, nada pode ser acrescentado. Depois eles conheceram as coisas, mas ainda não faziam distinções entre elas nem as julgavam. Quando começou-se a julgar, o Tao foi destruído. Com a destruição do Tao, surgem as preferências individuais. (apud Smullyan, 1992, p.166)

Também Cage chegaria, no que se refere ao gosto, a criticar as preferências individuais. É mente vazia, silenciosa, perfeita, que pode levar-nos a aceitar as coisas como elas são: “Na postura zazen sua mente e seu corpo têm grande poder de aceitar as coisas como elas são, sejam agradáveis ou desagradáveis” (Suzuki, 1988, p.38). Cage não praticava o zazen, mas entendo que sua forma de praticar a mesma atitude era seu trabalho, como compositor e escritor. Nesse trabalho vemos a aceitação de todos os sons e a ideia de “deixar os sons serem eles mesmos”, como comentei em outro texto.

Em suma, podemos ver no Zen, assim como ao longo da obra de Cage, o humor; o desapego; a experiência direta; o silêncio; a mente vazia, silenciosa, de ignorância perfeita, que chega à aceitação das coisas (dos sons) como elas são, sem categorias intelectuais, sem pares de opostos, sem dualismo, sem julgamento e preferências individuais, essa mente à qual os adeptos do Zen chegam pela meditação em zazen, da qual Cage se aproximou[7] pela dedicação ao seu trabalho. Para Cage, tanto pelo olhar oriental quanto pelo ocidental, precisamos ir além da dualidade. Precisamos um silêncio da mente. No próximo texto veremos então, com mais detalhes, o silêncio em Cage.

Bibliografia

CAGE, John. Silence: Lectures and Writings. Middletown: Wesleyan University Press, 1961.

KOSTELANETZ, Richard (Ed.). John Cage: An Anthology. Nova Iorque: Da Capo Press, 1991.

LEGGET, Trevor (Ed.). A First Zen Reader. Rutland, Vermont e Tóquio: Charles E. Tuttle, 1989.

SMULLYAN, Raymond. The Tao is Silent. Nova Iorque: Harper and Row, 1992 (1977).

[1] Chuang-tze ou Chuang-zu (369–286 a. C.). Escritor taoísta chinês de cuja vida pouco se sabe, ou a antologia de ensaios atribuída a ele, com vasto uso de sátiras, paradoxos e ideias aparentemente sem sentido. Ele enfatiza a relatividade das ideias e convenções base dos julgamentos e distinções.

[2] Alan Wilson Watts (1915–1973). Filósofo e escritor especialista em religiões comparadas, conhecido por ter interpretado e popularizado a filosofia oriental no Ocidente. Autor, entre muitas outras obras, de The Spirit of Zen [O Espírito do Zen], The Way of Zen [O Caminho do Zen] e Buddhism: The Religion of No-Religion [Budismo: a Religião de Não Religião] (nota minha).

[3] Koan é um pequeno relato, afirmação ou pergunta paradoxal, de aspectos inacessíveis ao intelecto, muitas vezes dado como objeto de meditação por mestres do Zen aos seus alunos, como ferramenta auxiliar para obtenção do satori ou iluminação.

[4] Raymond Smullyan (1919–2017). Lógico matemático que dedicou uma parte de sua obra à filosofia oriental. Professor do Departamento Filosofia da Universidade de Indiana, autor de Theory of Formal Systems, Gödel’s Incompleteness Theorems e outra série de livros de lógica formal e entretenimentos matemáticos. Ele também foi músico amador e ilusionista.

[5] Segundo o apócrifo Evangelho de Tomé: “Eu sou a luz que está sobre todos eles. Eu sou o todo. De mim surgiu o todo e de mim o todo se estendeu. Rachai um pedaço de madeira, e eu estou lá. Levantai a pedra e me encontrareis lá” (nota minha).

[6] Páli. Língua indo-europeia já morta. Os primeiros textos escritos nessa língua são os cânones dos budistas. Como língua veicular do budismo, essa língua originária do Norte espalhou-se por toda a Índia, Sri Lanka e outros países a sudeste da Índia (a partir do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa Online) (nota minha).

[7] E dizemos que “se aproximou” porque Cage (In: Kostelanetz, 1991, p.32) reconhece a dificuldade de superar as preferências: “podemos estabelecer ideais como eu faço — e realmente acredito neles — sobre livrar-se de gostos e aversões, e depois de cada vez que o digo, preciso confessar que ainda os tenho. Realmente tento me livrar deles, mas eles aparecem o tempo todo”.

Esta série faz parte do especial JOHN CAGE, figura proeminente no campo da música experimental norte-americana, a personagem de maior destaque da chamada Escola de Nova Iorque e seu mais prolífico escritor. Esses textos nasceram da tradução de uma seleção de textos de autoria do próprio Cage, organizados por Gabriela Garcia.

Leia também: John Cage: Renovação na Música, John Cage: A Escola de Nova Iorque — Músicos e Pintores e John Cage: Música Experimental e Avant-Garde

Gabriela Garcia é formada em Produção Editorial pela ECA- USP e em Música pelo Instituto de Artes da Unesp. Fez preparações e revisões de texto para a Edusp e Edunesp e traduções e versões de inglês e espanhol para outros projetos. Especializou-se em textos de música e artes (Mestrado em Estética Musical, com a dissertação “Silêncio, sons e acaso, uma pesquisa, seleção, tradução e comentário de textos de John Cage”, também pela Unesp). Trabalhou por um ano para a Revista Concerto e em projetos para a Santa Marcelina Cultura/Emesp. Redigiu um dos textos do projeto do Selo Sesc para o CD Cage+ e fez as versões em inglês do respectivo site e encarte. Segue realizando trabalhos para editoras e particulares (sobretudo professores universitários e seus orientandos) e, especialmente, para a Edunesp e o Selo Sesc.

ilustrações por Rodrigo Visca — artista plástico e ilustrador, vive e trabalha na cidade de São Paulo, onde nasceu. Desde 2003 atua como artista visual e colaborador do Jornal Folha de São Paulo e possui trabalhos publicados nas principais revistas e veículos de comunicação do Brasil e exterior. Participa de ex­posições coletivas, individuais, feiras, projetos de arte, comunicação e educação. O comportamento humano contemporâneo atualmente é uma de suas principais fontes de referência para a produção de seu trabalho.

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