Proposta de utilização de tecnologias imersivas no Letramento Financeiro e formação de futuros investidores

Bruno Oliveira
Educação, Finanças & Tecnologia
17 min readOct 14, 2019

Este artigo é a minha proposta de plano de pesquisa para o mestrado em Engenharia Elétrica — com ênfase em Engenharia da Computação. A medida que o plano for mudando, eu vou atualizando o conteúdo aqui. Tal como, vou compartilhando as descobertas e o material produzido (quando possível).

Publicações relacionadas a pesquisa:

RESUMO

O letramento financeiro envolve conhecimentos, habilidades, comportamentos, medidas e experiências que nem sempre são devidamente endereçados por intervenções de educação financeira. Esse é um assunto que vem crescendo desde a crise do sub-prime em 2008 que ocorreu nos EUA e afetou o restante do mundo. Se por um lado estamos em um mundo cada vez mais complexo e financeirizado, em que cada vez mais pessoas passam a acessar novos serviços e ativos financeiros, por outro as pessoas demonstram estar cada vez menos preparadas para fazerem o uso adequado desses recursos — resultado: piora na qualidade de vida dos indivíduos e a exclusão financeira destes. O que se observa na literatura é que parte das ações de educação financeira não geram um aumento significativo no letramento financeiro, muito porque as ações buscam que os alunos vão em busca de experiências financeiras apenas após de obterem conhecimentos. Este trabalho busca inverter esta lógica e propor uma solução que proporcione a experiência financeira necessária e personalizada para os alunos de ensino básico, utilizando tecnologias imersivas e metodologias ativas de ensino, e a partir dela ele possa obter o nível de letramento financeiro necessário. A solução será desenvolvida através de metodologia de Design Science Research Methodology, incluindo extensa pesquisa na literatura, levantamento das características e demandas dos brasileiros e benchmarking com soluções similares existentes no mercado. A expectativa é demonstrar que o uso de tecnologias imersivas na educação financeira pode gerar melhoras significativas no processo quando comparado com outros tipos de intervenções.

INTRODUÇÃO

O conceito de letramento financeiro varia muito de acordo com os pesquisadores, especialmente em sua natureza, que por vezes pode ser de nida como (i) uma forma de conhecimento [1] [2] [3] [4] [5]; (ii) uma forma e/ou um conjunto de habilidade [3] [4][6] [7] [5]; (iii) comportamento e/ou atitudes [1] [7] [8]; e (iv) experiências [9]. Em 2015 a OCDE mescla os diversos conceitos de letramento financeiro e utiliza a definição que será
utilizada ao longo deste estudo [10]: “o conhecimento e o entendimento de conceitos de finanças e riscos e a capacidade, motivação e segurança para aplicar esse conhecimento para tomar decisões em diferentes contextos financeiros, para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade e para permitir a participação na vida econômica”.

Considerando o caráter intrinsecamente prático do letramento financeiro (visto que conhecimento é apenas uma das cinco naturezas do letramento financeiro), há espaço para metodologias ativas de educação para que o aluno desenvolva sua própria experiência financeira [9] e construa conhecimento de forma autônoma [11]. A interatividade inerente das tecnologias imersivas permite a troca de ações entre dois elementos (entre investidores, entre investidores e situações, entre investidores e os ativos) gera mudanças no comportamento dos interatores [12] e pode ser um dos recursos utilizados para melhorar o processo de educação [13].

Nas revisões sistemáticas do uso de tecnologias imersivas em educação, é possível verificar em Mikropoulos e Natsis [14] a aplicação de realidade virtual apoiado nos princípios de experiências de primeira ordem, senso de presença e imersão, reificação de conceitos, autonomia e semântica natural, que parecem endereçar parte das situações levantadas na educação financeira. A experiência de primeira ordem é uma das características dessas
tecnologias que pode atender as necessidades demográficas específicas do letramento financeiro, assim como a reificação e a semântica natural podem ser úteis para ajudar na tradução do “economês”, enquanto o senso de presença e imersão podem ajudar na motivação e experiência do aluno. Na revisão sistemática de Wu et al [15], é possível verificar a aplicação
da realidade aumentada apoiada nos princípios que podem endereçar a demanda por experiência financeira para o letramento, já que a realidade aumentada é uma tecnologia e ciente para explorar as possibilidades do mundo real, fornecendo informações adicionais e contextuais que aumentam a experiência dos alunos sobre a realidade [16]. No estudo empírico de López-Faican e Jaen [17], ao analisar um jogo de realidade aumentada em
aplicações móveis com propósito educacional, foi destacado os fatores de colaboração e gamificação como fatores importantes da computação ubíqua imersiva que podem endereçar a necessidade de compartilhamento de experiências sociais e de aprender com recompensas e sanções.

No geral, a aplicação dessas tecnologias imersivas na educação financeira, especialmente para prover maior experiência financeira, e por consequência, um aumento do letramento financeiro, ainda é um caminho que pode ser explorado na literatura e verificar a possibilidade de causar real impacto na educação financeira de futuros investidores.

Motivações

O grande interesse em educação e letramento financeiro provavelmente surgiu após a crise financeira do sub-prime em 2008, no qual um dos gatilhos foi o endividamento de parte da população que possuía baixo nível de educação formal, baixo letramento financeiro e não possuía garantias suficientes para honrar seus compromissos [18]. Além disso, a complexidade da estrutura social e dos mercados financeiros já estava crescendo há tempos, principalmente desde a década de 90, o que impactou a forma como o cidadão comum passou a lidar com o mundo. Eles passaram a ter a necessidade de administrar seus recursos em um ambiente global, com ampla oferta de produtos financeiros cada vez mais sofisticados [19]. Pessoas com maior letramento financeiro conseguem se aposentar com até três vezes mais renda do que as demais pessoas [20]. Em contra-partida, a ausência do letramento financeiro está associado negativamente [21] a indivíduos (alto nível de endividamento) e países (baixo nível de capital, má distribuição de renda e menor produtividade). Dessa forma, cada pessoa precisa trabalhar com modelos de escolhas econômicas intertemporais, sobre quando consumir seus recursos, quando antecipá-los ou prorrogá-los, e como se preparar para possíveis variações de renda e custo [20].

Ao mesmo tempo, o Brasil já chegou a ter menos investidores na bolsa de valores do que presidiários [22], mas hoje o contexto mudou e o país já tem mais de 2 milhões de investidores pessoas físicas. Entretanto, o desempenho em letramento financeiro dos jovens de educação básica do Brasil, no último exame do PISA foi o pior dentre os 15 países que realizaram a avaliação [23]. Em levantamentos da ANBIMA [24], B3 [25] e Ilumeo [26], o nível de letramento financeiro ainda está bem aquém do ideal, sendo que boa parte dos brasileiros não entendem o funcionamento de juros (59%), não entendem a rentabilidade dos produtos (69%) e ainda não conhecem as novidades do mercado financeiro — fintechs (86%). O acesso dessas novas pessoas ao mercado de capitais gera preocupações quanto a seu letramento financeiro e suas capacidades em administrar seus recursos financeiros nesse novo cenário.

Objetivos

Este plano de pesquisa abrange a área de tecnologias imersivas aplicadas à Educação, especialmente a educação financeira de futuros investidores, especialmente os alunos do ensino básico. Estas tecnologias interativas incluem métodos e ferramentas imersivas de realidade virtual, realidade aumentada e jogos computacionais, visualização de dados, visão computacional, inteligência artificial e biometria, em conjunto com metodologias ativas de ensino, para criar uma experiência de aprendizado prático para os novos investidores.

O principal objetivo desta pesquisa é identificar se as tecnologias imersivas podem contribuir de fato para a educação financeira e quais delas possuem características mais apropriadas para este fim.

Os objetivos específicos deste trabalho de pesquisa são: (i) levantar as principais estratégias e ferramentas de educação financeira existentes no mercado e verificar o que está funcionando e o que não surte efeito na criação de futuros investidores e até do aperfeiçoamento dos que já estão investindo; (ii) propor a utilização e/ou desenvolvimento de tecnologias para serem utilizadas em conjunto com estratégias e metodologias ativas de educação financeira; e (iii) aferir o nível de aprendizado e experiência dos alunos, o nível de confiança para começar a investir e a capacidade de aplicar o conhecimento adquirido na prática.

TRABALHOS RELACIONADOS

Os repetidos resultados de questionários como o Jump$tart Coalition for Personal Financial Literacy identificaram que os estudantes que tiveram aulas de educação financeira não são mais letrados financeiramente do que aqueles que não tiveram [27]. Na revisão das diversas iniciativas de educação financeira para jovens avaliadas por Austin e Arnott-Hill [28] não identificou diferenças estatisticamente claras e/ou relevantes entre indivíduos que participaram dessas iniciativas e de pessoas que não participaram. Para Clark [29], grande parte das avaliações de letramento financeiro são baseados em puzzles ou problemas relacionados a princípios teóricos de tomada de decisão financeira que são mais consistentes com níveis mais altos de educação formal que as experiências vividas pelas pessoas.

Em outro aspecto, Clark [29] cita os diferentes padrões e mapas do letramento financeiro como fatores relevantes a serem considerados. Nos estudos de Xu e Zia [30] e Lusardi e Mitchell [20] foram encontradas relações inversamente proporcionais entre o nível de letramento financeiro e a baixa renda, ao gênero feminino, idade, disparidades étnicas/raciais e diferenças significativas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Além dos dados demográficos, novos estudos de Lusardi e Mitchell [31] apontam que existem diferenças com as relações sociais de cada indivíduo — o ambiente em que ele está inserido influencia diretamente as suas experiências e comportamento financeiro. Os estudos de Courchane [32] identificaram uma relação causal entre conhecimento e comportamento financeiro. Simon (1956) sugere que o comportamento é gerado entre o aspecto cognitivo e o ambiente em que é produzido (como se fosse um par de “lâminas de tesouras”). Clark [29] indica que o ambiente pode afetar significativamente o comportamento, especialmente quando há recompensas ou sanções para cada tipo de comportamento (individualmente ou coletivo) [33], o que mostra a predisposição da educação financeira para a gamificação.

O estudo de Moore [9] ressalta o papel das experiências financeiras na composição do nível de letramento financeiro da população. A qualidade dessas experiências também é algo relevante, já que de acordo com os estudos de Klapper et al [34] houve relação positiva entre o letramento financeiro e os acessos a serviços financeiros formais, em detrimento de experiências informais (como crédito de familiares). Frinjs et al [35] identificaram que
pessoas com mais experiência financeira apresentam maior nível de letramento financeiro, e não o contrário. Essa relação pode ser verificada nos modelos teóricos de Malmendier et al [36], que indica que aprendizados baseados em experiências influenciam os comportamentos e habilidades dos investidores. Os experimentos de Mandell [27] indicam que o uso de tecnologias podem prover as experiências necessárias para os alunos e trazer
resultados mais satisfatório do que outras intervenções que foram analisadas.

Quando se pensa em utilizar tecnologias em processos educacionais, podemos identificar ao menos três modelos [37]: (i) uso de computador na forma clássica (notebooks e desktops), através de pesquisas, programas simuladores e outros aplicativos de aprendizagem [38][39][40]; (ii) uso de computação ubíqua, onde o aluno traz a própria ferramenta de aprendizagem (ex: celular) e a usa em qualquer lugar [41][42][43]; (iii) uso de tecnologias
imersivas (ex: realidade virtual, aumentada ou mista), na tentativa de trazer imersão a uma determinada realidade [44][15][45].

A proposta desta pesquisa é identificar quais são as tecnologias imersivas que melhor se adequam ao aumento do nível de letramento financeiro, pois o uso desse tipo de tecnologia é indissociável da aplicação de metodologias ativas e que fomentam a aprendizagem a partir da experiência. Jonassen (apud [14]) indica ao menos sete características das tecnologias de realidade virtual que podem ser utilizadas em conjunto com métodos como o construtivista:(a) providenciar múltiplas representações da realidade; (b) foco em
construir conhecimento, não em reproduzir; (c ) contextualizar ao invés de instruções abstratas; (d) prover o mundo ao real, ao invés de instruções sequenciais; (e) incentivar a prática reflexiva; (f) habilitar contexto e conteudo; (g) suportar construção colaborativa de conhecimento através de negociação social, sem competição. Szwekis (apud [17]) traça outros seis princípios da realidade aumentada que pode ser bem usado com colaboração em métodos ativos: (i) existência de um objetivo em comum; (ii) necessidade de comunicação e coordenação entre pares; (iii) positiva interdependência entre pares; (iv) consciência do trabalho entre pares; (v) responsabilidade individual; e (vi) recompensas coletivas.

METODOLOGIA

Este estudo focará no desenvolvimento de uma solução que atende a todas as características e gaps identificados na literatura e trabalhos relacionados, que atenda aos requisitos do mercado e do cidadão brasileiro, e possa contribuir para a ciência demonstrando que tecnologias imersivas podem melhorar o processo de educação financeira e aumentar o nível de letramento financeiro de futuros investidores, especialmente os alunos de ensino básico. Este trabalho pretende utilizar a abordagem de Design Science Research Methodology, desenvolvido por Peffers et al [46], que possui fases de pesquisa bem definidas e apresentadas na Figura 1.

Figura 1 — Design Science Research Methodology

O inicio da pesquisa é centrado no problema de tornar o processo de educação financeira eficiente considerando todos os fatores relevantes destacados na literatura e de responder a questão: seria possível utilizar algum tipo de tecnologia imersiva para aumentar o nível de letramento financeiro das pessoas?

O problema da educação financeira que esse estudo tenda abordar é a falta de eficiência que algumas intervenções possuem em aumentar, de fato, o nível de letramento financeiro do aluno (e não apenas conhecimento). O objetivo da solução deve ser propiciar uma experiência financeira aos alunos de forma a (i) garantir experiência de primeiro nível (de acordo com a realidade de cada aluno); (ii) propor um ambiente imersivo e de fácil interação com os conceitos financeiros (mesmo os mais complexos); (iii) fornecer experiência financeira e interativa com o público para que cada um construa, por si próprio, seu letramento financeiro; (iv) alunos precisam serem aptos, após as intervenções, a se tornarem cada vez mais inclusos financeiramente e se sentirem a vontade de usar ativos financeiros de acordo com seu apetite/aversão a risco; e (v) mostrar se a intervenção com tecnologia imersiva gera uma melhora significativa no letramento financeiro em comparação com outros tipos de intervenções.

A solução deverá ser uma técnica e/ou solução de tecnologia imersiva (realidade virtual, aumentada ou mista), que usará métodos educacionais de metodologia ativa, para abordar e tentar resolver o problema destacado de educação financeira. A demonstração será aplicada em alguns grupos, de forma empírica, e comparada com o resultado de letramento financeiro de outros grupos que sofreram outros tipos de intervenções de educação financeira. Por fim, os resultados serão avaliados por meio de critérios baseados nas percepções dos participantes (questionários) e dos observadores (instrutores que participarem da solução), para verificar se os objetivos propostos da solução foram atingidos. Após a identificação dos resultados, as observações identificadas deverão ser publicadas na dissertação de mestrado, em artigos e eventos que ocorrerem ao longo do mestrado (quando possível) e aos órgãos de interesses em educação e letramento financeiro do país, como a CVM, B3, Anbima e outras organizações que possam utilizar os resultados desse trabalho para otimizar suas iniciativas de educação financeira.

Recursos a serem utilizados

Este estudo se dividirá em duas partes: teórica e de experimental. Em sua primeira fase, tem como necessidade a utilização da estrutura da Universidade de São Paulo como acervo de livros e acesso digital à documentos e artigos de bases científicas conveniadas à instituição (Web of Science, Scopus, ACM). Na segunda parte, utilizará recursos já disponíveis na Universidade (ou adquiridos com recursos próprios e/ou patrocínios, se for necessário) na realização de implementações e experimentações em ambiente real controlado — testaremos algumas das tecnologias imersivas identificadas na literatura em grupos de alunos de ensino básico para poder verificar quais resultados podem ser obtidos.

Atividades e Cronograma

Este trabalho de pesquisa está dividido em etapas e o cronograma está feito para três anos, divididos em períodos da pós-graduação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Destacam-se as seguintes etapas: Atividade 1 — Aulas de Pós-Graduação; Atividade 2 — Revisão de Literatura; Atividade 3 — Participação em eventos, conferências e publicação de trabalhos; Atividade 4 — Identificação e modelagem do problema; Atividade 5 — Elicitação de requisitos e benchmarking de soluções (mercado e literatura); Atividade 6 — Desenhar e desenvolver uma solução; Atividade 7 — Demonstrar a efetividade da solução; Atividade 8 — Avaliar os resultados identificados em pesquisa; Atividade 9 — Qualificação da pesquisa; Atividade 10 — Escrita e Defesa da dissertação.

Tabela 1 — Cronograma das atividades em três anos

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Bruno Oliveira
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Auditor, escritor, leitor e flanador. Mestrando em TI, tropecei na bolsa de valores. Acredito nas estrelas, não nos astros. Resenho pessoas e o tempo presente.