TARANTINO’S MIND
Nada de linearidade ou carinhos exacerbados. Quentin Tarantino apostou, desde a década de 1990, na violência como forma de expressão e diálogos longos memoráveis.
Essas técnicas — e muita genialidade — o fizeram o mais famoso dos jovens diretores por trás da revolução de filmes independentes dos anos 90, conhecido pela sua verborragia e suas referências a produções cinematográficas clássicas que admira.
Claro que também há críticas. As cenas explícitas com tiros, sangues e outras alegorias violentas, apesar de muitas vezes terem um teor de humor, são debate. Em entrevista, o diretor enfatiza que é tudo fantasia e parece bem intransigente e irritado com essa indagação.
O fato é que, independente das críticas, o cara alcançou grande popularidade. E os fãs não demoraram muito para começar a confabular sobre seus filmes, que pareciam ter ligações entre eles. E disso surgiu uma verdadeira teoria da conspiração sobre o universo de filmes de Tarantino.
O curta-metragem brasileiro “Tarantino’s Mind” mostra dois amigos conversando — e provando — a teoria tarantinesca. Os protagonistas classificam o cineasta como “campeão mundial das teses”, pela quantidade de conexões que ele consegue fazer entre suas produções.
A ideia é que os filmes podem ser parte de um mapa, onde os personagens tem relações entre si — mesmo que pequenas- e tem histórias quase paralelas!
E não é que é verdade?
Recentemente, no programa de TV australiano “The Project”, o cineasta disse que, sim, há uma relação indissociável entre suas produções. Todos os personagens de seus filmes fazem parte de um grande universo conectado. E mais do que isso: habitam dois mundos, o real e o cinematográfico:
“Na realidade, há dois universos separados. Existe um que é mais real que o universo, ok, e todos os personagens habitam esse aqui. Mas também tem o universo dos filmes. Então, Um Drink no Inferno, Kill Bill, todos eles acontecem no universo especial dos filmes. Assim, quando todos os personagens de Cães de Aluguel ou Pulp Fiction vão ao cinema, Kill Bill é o que eles vão ver, Um Drink no Inferno é o que eles vão ver”, afirma Tarantino.
Entendeu? Tudo tem uma conexão e nada é uma simples escolha.
Uma das ligações mais famosas é entre Pulp Fiction e Kill Bill. No filme Pulp Fiction, a personagem Mia Wallace conta sobre seu passado. A descrição das pessoas que passaram pelo seu caminho fecha com as personagens de outro filme, Kill Bill. Impressionante!
Ficou curioso pra saber mais ligações? Escolhe teu filme preferido e entra na viagem: