The Angel Next Door Spoils Me Rotten, vol.5.5

Patotilhas do Vini
5 min readNov 7, 2023

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(YenPress, Volume 5.5 de 8 [Em andamento], publicado em 2022, traduzido para o inglês em 2023 por Nicole Wilder)

Uau!

Bem, esse é o primeiro “ponto cinco” volume de light novel que eu leio. Eles são uma coisa esquisita que fica num meio-termo entre spin-offs (como, por exemplo, “Date a Bullet”) e histórias complementares (como, por exemplo, “Date a Live Encore”).

Na prática, eles são mais próximos a histórias complementares, mas que são lançados sob o mesmo título e “mesma” numeração para facilitar no marketing e indicar um ponto limitador da história. Cada caso é um caso, mas nesse caso aqui, não deixa de ser simplesmente uma coleção de histórias curtas (“Short Stories”) que se conectam a pontos “aleatórios” da história principal.

Com o volume 5 terminando o primeiro “grande arco” da novel (discutível se ele termina no vol.4 [onde o anime parou] ou no vol.5, mas eu sou adepto da teoria do vol.5, e esse 5.5 existir corrobora com isso), essa é a oportunidade perfeita para contar pequenos causos e, principalmente, pontos de vista diferentes de tudo que aconteceu nesse espaço de tempo.

É um pouco confuso, especialmente pra quem não leu todos os volumes um atrás do outro (meu caso), já que a histórias, apesar de serem lineares, não são contínuas. E elas acontecem em momentos diferentes da história, que são só vagamente apontados para você por uma referência efêmera de tempo ou acontecimento. Mas elas são auto-contidas o suficiente para o momento não ter importância, ou para o momento ser óbvio o bastante para não precisar ser explicado. Então meio que tanto faz.

Ilustração aprovada por Jailson Mendes (RIP)

A estrutura de “histórias curtas” me agradou bastante. Eu tenho problemas em me concentrar por muito tempo em algo, então os capítulos pequenos e rápidos são ótimos para mim. Mesmo ponto que fiz com Misfit of Demon King Academy, e que reclamo com Seven Spellblades toda vez.

Em 206 páginas, tivemos 16 capítulos. A maioria curtinho, entre 4 a 8 páginas. Com alguns específicos sendo maiores, tendo umas 15 a 20 páginas.

Entre ovos, sucos de laranja, bundas doendo, bonecos de posto, depressão, mais ovos, marombeiros, personagens de videogame redondos e rosas demoníacos, banheiras e telefones, o volume explorou praticamente todos os pontos da série até o momento. Tanto em narrativa, como em estilo de escrita. E isso vale para seus pontos positivos e negativos.

Eu amei todos os momentos fofos entre a Mahiru e o Amane. Eu continuo me impressionando toda vez que leio um volume novo em como a Mahiru consegue ser a criatura mais adorável que já existiu no universo observável em toda a história da raça humana. Todas as histórias (e ilustrações, meu deus, as ilustrações!!!!) foram perfeitamente criadas para te fazer querer gritar o mais alto possível uma expressão de “AAAASUHGUHGGHGHHGHGHGHGHGHHGHGHGHGHGHHGHGUUUU!!!” ou similar, de tão fofa que ela é. Eu precisei me controlar várias vezes, pois já eram mais de três da manhã quando terminei de ler.

Fofa (e o pufe também I guess)

Mais um ponto positivo foi a mudança de pontos de vista na narração. A história principal é sempre narrada em terceira pessoa, mas do ponto de vista do Amane. Ele é o único personagem que temos acesso aos pensamentos ao longo da história principal. Assim, quando as histórias desse volume nos deram passagens narradas pela Mahiru, pela Chitose e pelo Itsuki, eu adorei.

Acho que a melhor parte disso, é toda a visão da Mahiru de acontecimentos que “espelham” algumas coisas da série “principal”. O jeito como as reações dela são absurdamente parecidas com as do Amane, e o jeito como ela vê o Amane é absudamente parecido com o jeito que o Amane a vê… Eu rachei de rir com a dicotomia na narração, e essa diferença realmente explica o motivo de eu ter achado a Mahiru do anime tão mais “aberta”: Sem o filtro do Amane, é absurdamente óbvio.

Também tivemos algumas explicações do passado, como conhecer a história da Chitose e do Itsuki, assim como o motivo do Itsuki ser amigo do Amane. O capítulo da Chitose conversando com o Amane foi o meu predileto.

Ao mesmo tempo… Os pontos negativos também foram martelados aqui. Eu reclamo disso desde o vol.1, e a essa altura, já percebi que é uma “característica do autor”, e provavelmente não mudará. Mas bem, é um incômodo pequeno em relação a tudo de bom que a série faz, então eu apenas engulo.

O jeito como ele “sexualiza” (grandes aspas) as personagens me deixa um pouco desconfortável. A Mahiru sendo descrita com uns detalhes meio exagerados demais em algumas cenas que são mais abertamente “tensas” é um problema de longa data. E nesse volume, tivemos algumas reações do Amane que também seguem essa linha.
Assim, eu entendo. Já falei mil vezes que sei o motivo disso existir. Mas ainda acho que poderia ser um pouco suavizado… Enfim.

No geral, um volume que entregou tudo que prometeu: Um conjunto de histórias curtas e que é leitura obrigatória para a série principal, e por isso, foi publicada sob ela, e não numa bandeira nova. Gostei bastante e esse é provavelmente o meu volume predileto da novel. Incluindo o 4 e o 5, que foram excelentes.

As ilustrações foram god-tier, exceto uma, que ficou estranhamente derp. Obrigado Hanekoto. E meu amigo… Esse volume teve três versões diferentes de capa no Japão, né. Aqui só tivemos a capa normal (acima). Mas outras duas foram vendidas limitadamente, e MEU AMIGO, a terceira capa… Aquilo não é um anjo não… Procurem depois.

Agora esperar o volume 6, em Janeiro.

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Patotilhas do Vini

Blogueirinho de buteco. Escrevo seriamente pra Torre de Vigilância, sobre animês e cultura japonesa no geral. Aqui, são as coisas que o RH não liberou pra lá.