O rastreamento que você não vê
O relato abaixo, em forma de publicação em um post no facebook, é apenas mais um tópico que se junta à febre do aplicativo e jogo Pokémon Go. Nele, um importante debate é levantado: estamos seguros jogando?
O autor da publicação, Matheus Guide, enumera dez pontos que colocariam a sua segurança e da sua família em perigo. Além dos pontos, existe também uma problemática em relação aos termos de uso, que, teoricamente, induziriam o jogador a se prejudicar.
Ao iniciar o aplicativo, localizadores são utilizados para determinar a sua posição perante ruas e avenidas da cidade. Com isso, informações são compartilhadas com o servidor e com outros jogadores que estejam perto. Assim, além da questão da segurança de dados, há também o problema físico: o risco de assaltos se torna maior, considerando o Brasil como amostragem.
Em segundo lugar, além do uso de localizadores existe também a utilização da câmera do smartphone: com o acesso remoto, suas fotos estariam em perigo em caso de um eventual hackeamento ou utilização indevida do aplicativo.
A Agência Brasil EBC fez recentemente um material explicando o porquê de o jogo preocupar pais e entidades protetoras. No texto, há um vídeo do Departamento de Polícia de Irving, no Texas, que conscientiza os jogadores sobre os perigos do aplicativo
O estudante de Jornalismo, Anderson Fonseca, de 23 anos, se sente seguro utilizando o aplicativo.
“Sim, me sinto seguro. Diariamente fornecemos milhares de informações para outras empresas de tecnologia. Google e Facebook possuem diversos dados sobre nosso dia a dia. Eles sabem onde vamos, com quem vamos, que horas e quanto tempo permanecemos lá. Não vejo diferença entre esses dados e os que o jogo Pokemon GO captura”, afirma Anderson.
Apesar das questões relativas aos dados, uma ferramenta conquista os ‘atletas’ e é um aspecto positivo: a realidade aumentada. Nela, é possível capturar pokemons em seu tamanho real no dia-a-dia, o que é, de certa forma, inovador num mundo tão tecnológico como o de hoje.