Entenda a história

(Leia após o término das 5 Partes)

Alcimar Veríssimo
A vida prévia de Ash Cobalt
6 min readMar 10, 2017

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Nesta leitura explicarei o Livro “A VIDA PRÉVIA DE ASH COBALT”. Aconselho que termine a leitura das 5 partes encontradas neste link antes de chegar até aqui.

Explicação

A história se passa antes, durante e após a segunda guerra mundial e é contada por Ash Cobalt. Ash conta a história em 1993, já com 72 anos de idade. Para o melhor entendimento, acompanharemos a história através das datas mais importantes:

  • Em 1921 nasce Ash Cobalt; (1921 + 72 = 1993)
  • Em 1939 completou 18 anos e alistou-se;
  • Em 1944 foi à guerra;
  • Em 20 de abril de 1945 Ash sofreu um acidente onde passou por uma amnésia retrógrada e esqueceu de tudo o que aconteceu antes. No caso, não conseguia lembrar da sua vida prévia ao acidente e tudo o que sabia sobre a guerra era baseado no que seus falecidos pais contaram, como ele diz no início da história. O misterioso alemão que apareceu na frente da viatura, causando o acidente, seria um dos representantes do grupo que comprou as “máquinas do tempo” aos pais de Júlia, como descrito na Part 2. O mesmo teria “inventado a viagem no tempo” em 1981, com 36 anos e retornou até aquele momento, fazendo assim despertar a coragem no Ash, que no futuro também buscou uma maneira de utilizar o equipamento;
  • Em 29 de abril de 1945, o Exército Alemão rendeu-se;
  • Em 2 de maio de 1945 a guerra na Europa teve fim;
  • Em 03 de maio de 1945 Ash acorda do coma, mas não lembra de nada. Mais à frente, apaixona-se novamente por Júlia e casa-se com ela;
  • Em 1993, aos 72 anos de idade e ainda casado com Júlia, como forma de reviver as coisas que viveu durante a guerra, Ash utiliza uma das “máquinas do tempo” que ela teria guardado como herança de seus pais, que para sua sorte, realmente funcionava graças ao alemão de bigode estranho. Sendo assim, ele volta ao ano de 1921 e conta tudo o que viu até o dia em que perdeu a consciência, em 20 de abril de 1945. Então, a partir daí, a história se inicia.

Sobre os personagens

  • Ash Cobalt, Jília Veronez e o Sargento Jordan Stan são personagens fictícios que foram criados para complementar toda a história.

Sobre as datas e as referências

Todas as informações históricas descritas no livro são reais, acompanhadas de suas datas, com exceção dos personagens criados. No texto existem vários links que te levam a outras páginas que explicam ou comprovam a existência do que está sendo dito.

Algumas referências interessantes são:

  • Na parte 4 eu menciono a FEB (Força Expedicionária Brasileira) que foi uma tropa Brasileira que combateu na Itália junto aos Americanos. Nesta parte eu te direciono a um documentário de Vinícius Reis no YouTube chamado “A Cobra Fumou, 2002”, que é contada por ex-combatentes brasileiros que estiveram nos campos da Itália durante a segunda guerra mundial;
  • Ash conta a história em 10 de setembro de 1993, que é também a data de nascimento do autor da história, no caso, a minha data de nascimento. Você pode ler uma história sobre o dia em que eu nasci clicando aqui;
  • A mãe e o pai de Ash são inspirados nos meus pais. Minha mãe vive preocupada com a grana que eu deveria investir nela enquanto meu pai prefere que eu leve fotos fardado ou carregando armas durante formaturas no quartel.
  • No final da Part 4 Ash finalmente revela seu número de Soldado, que é 309. Você pode pesquisar sobre a segunda guerra mundial e verá que na Campanha da Itália, 308 mil militares morreram em combate. Ash seria o próximo a morrer, fazendo jus ao número 309, mas permaneceu vivo pra contar a história.
  • O título “Lá nos campos da Itália”, na Part 4 é uma referência a uma canção entoada nos exercícios físicos militares no Exército Brasileiro. A canção faz alusão aos pracinhas, militares brasileiros que atuaram durante a segunda guerra mundial na Europa.
  • Na Part 4, quando o Ash diz “Pai! O amor é lindo, mas falsifica assinaturas”, é uma forma de dizer que o amor é lindo, mas geralmente nos leva a fazer loucuras.

Curiosidades sobre o livro que talvez você não tenha percebido

Como alguns já viram em outros textos que elaborei, eu adoro escrever como se estivesse dirigindo um filme narrado, que por sinal são os meus favoritos. Nesta história eu fiz várias analogias a outros filmes e séries que talvez você não tenha percebido. São elas:

  • Na parte 2 os pais de Júlia Veronez vendiam um produto inovador que permitia a viagem no tempo. Esse pensamento foi retirado do filme “À procura da felicidade, 2006”, onde o personagem Christopher Gardner luta para vender aqueles aparelhos de radiografia;
  • Na parte 2 uma citação diz que a viagem no tempo só foi inventada em 1981 por um rapaz de bigode estranho e óculos engraçado. Isso seria uma analogia ao filme “O predestinado, 2014”, onde o personagem de Ethan Hawke alega que a viagem no tempo é inventada em 1981. O rapaz de bigode e óculos seria o próprio Ethan;
  • Na parte 2 eu descrevo como a Júlia dançava na chuva. Os movimentos descritos são parecidos aos da atriz Letícia Persiles na minissérie “Capitu, 2008”, exibida pela Rede Globo. A minissérie é baseada na obra de Dom Casmurro, de Machado de Assis, que também é uma das obras pela qual eu sou apaixonado. Tanto o livro quanto a minissérie. Outra curiosidade é que nesta minissérie eu conheci a música “Elephant Gun, Beirut” que fala sobre arma de caça e tem uma parte da letra que diz o seguinte:

Longe de casa, armas de caça
Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derrubá-los
Não foram encontrados, não estão aqui

Isso te lembra algum romance que envolve guerra ou tragédia na história? :) Não preciso nem dizer que também é minha música favorita da banda;

  • A pergunta “Se um dia você esquecer de tudo o que viveu, se apaixonaria novamente pela mesma pessoa?” que foi feita pelo Sargento Jordan é na verdade uma referência ao filme “A Chegada, 2016”, que tem uma pergunta parecida que diz: “Se você pudesse ver sua vida do início ao fim, você mudaria as coisas?”. Eu acredito que no fundo, as duas perguntas têm o mesmo significado;
  • O fato de chover forte durante a primavera no dia do acidente, é uma referência ao filme “A incrível história de Adaline, 2015”, onde após um acidente de carro, a personagem Adaline Bowma torna-se mortal graças a um meteorito que atinge a lua exatamente no dia de seu acidente. Fazendo assim, nevar; e
  • O título do livro é inspirado em “Memórias póstumas de Braz Cubas, 1881”, de Machado de Assis. Como eu gostaria de retratar uma história anterior e não posterior, procurei pelo antônimo da palavra “póstumo”, mas o mais perto onde cheguei foi na palavra “prévia”. Sendo assim, “A vida prévia de Ash Cobalt”.

Sobre o escritor

Alcimar Veríssimo - Foto da Kainan Lima

Alcimar Veríssimo tem 23 anos de idade, é militar do Exército Brasileiro e amante do audiovisual. Assim como em todos os seus textos, Alcimar costuma contar histórias como se fossem filmes. Característica observada na publicação “A história da minha vida”, onde ele resume lembranças da infância e acontecimentos recentes. Atua também como criador de conteúdo para marcas envolvendo fotografia e edição de vídeo. Costuma participar de concursos nacionais e internacionais, onde já faturou viagem para a Europa e chegando a ficar entre finalistas em festivais como o de Cannes, na França. Ele tem uma paixão especial pelas histórias que envolvem ficção científica e viagem no tempo. Alega que um de seus maiores sonhos é poder retornar ao ano de 1993 e reescrever a história referente ao dia em que nasceu. Alcimar segue em busca de histórias incríveis para contar, enquanto isso, voltamos às histórias dos subúrbios.

MUITO OBRIGADO! Relembre toda a história clicando nos capítulos abaixo!

Part 1 - Uma casa no Kansas

Part 2 - A filha do Veronez

Part 3 - Buffalo divisão

Part 4 - Lá nos campos da Itália

Part 5 - Eu me lembro

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