Equipe da Beta Redação (Foto: Eduardo Zanotti/Beta Redação)

Menos erros do que antes

Mas nosso conselho de leitores aponta correções

Reportagens Acadêmicas
Redação Beta
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6 min readMay 28, 2019

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Nessa semana os textos dos repórteres estavam muito bons, especialmente de acordo com nossos leitores. Bastante informativos, alguns, no entanto, foram apontados como cansativos por serem muito longos. Um ponto positivo segue sendo o uso de infográficos para ilustrar suas matérias.

O diferencial, ainda que não muito inovador, foi a publicação de um vídeo. O uso desse recurso é muito bem-vindo, por mais que seja trabalhoso para uma equipe que trabalha dentro e fora da sala de aula.

Seguimos com as opiniões do conselho do leitor.

Conta de luz fica mais caro a partir de maio — Vítor Brandão

“Gostei da matéria, bem objetiva e esclarecedora”, afirma o leitor Luís Santos.

Matéria objetiva, bem escrita, sem erros e sem maiores pretensões além de informar. Nota 10”, elogia a leitora Ubaldininha Torres.

Já a leitora Deyzi Botesini não entendeu muito bem a mensagem transmitida pelo gráfico e para ela essa matéria foi mais do mesmo: "O gráfico poderia ser mais claro, não consegui o entender sozinho, somente após ler o parágrafo abaixo dele. Texto bom, porém, as dicas apresentadas são bem conhecidas. Poderia ter pesquisado algo mais inovador e eficaz”, conta.

Infográfico utilizado na matéria (Arte: Vitor Brandão/Beta Redação)

“Interessante reportagem de interesse do grande público, porque energia elétrica diz respeito ao dia a dia de todos. Ficou interessante a inserção de gráfico e de vídeo. Teria sido interessante abordar a fundo os motivos que levam as bandeiras a ficarem vermelhas, ou seja, é importante a população entender o que o governo deixa de fazer para que a conta de luz fique menos cara. A matéria poderia ser mais direta explicando em quais meses as bandeiras mais caras iriam vigorar. Me questionei se a Aneel divulga essa projeção mensalmente ou não. Essa informação deveria constar de forma explícita.Faço ressalva ao excesso da palavra 'lâmpadas'. Há quatro citações na retranca que fala das fluorescentes e das LED. Também verifico gerundismo no parágrafo seguinte: 'Outro hábito comum nas residências é deixar as luzes acessas em cômodos que não estão sendo utilizados. A dica é simples: ao desocupar um espaço, apague a luz e evite o gasto de energia desnecessário. O mesmo vale para os aparelhos eletrônicos que costumam ficar ligados enquanto não estão sendo utilizados, como a televisão', revisa o leitor Marcelo Fiori.

Confira a baixo o vídeo usado na matéria:

“A matéria é mais noticiosa, diferenciando-se da maioria do conteúdo da Beta, voltado a reportagens aprofundadas e, nesse formato, foi bem executada… trazendo a contextualização, os cases e as dicas, algo que não sai muito do padrão usado em outros veículos para notícias do tipo. Penso, neste sentido, que poderia ter tido mais detalhamento nessa questão da precificação, talvez com algum especialista para além do vídeo utilizado (aí com conteúdo próprio) que abrisse, de forma acessível, quais os custos que compõem a tarifa”, sugere o leitor Denis Machado.

Acompanhe a matéria aqui.

Infrações de trânsito reduzem no Rio Grande do Sul — Graziele Iaronka e Laura Hahner Niernow

Gostei da matéria das colegas. Está bem escrita e interessante. É um tema sobre o qual o debate é muito importante. Ainda é necessário conscientizar as pessoas, é uma boa prestação de serviço.

O leitor Luís Santos considerou positivo o resultado. “Gostei da matéria. Está curta e bem objetiva. Direta ao ponto”, comenta.

“Tema muito importante de ser divulgado, mas sem um grande diferencial ou informação de destaque”, opina a leitora Deyzi Botesini.

O leitor Denis Machado também gostou da matéria, porém acha que o título não condiz muito com a matéria e que alguns pontos devem ser revisados: “Os gráficos ficaram muito bons; e a ideia das placas, também. Acho que é mais um caso em que o título não é muito 'sincero' ao conteúdo, visto que, a meu ver, a matéria é sobre as ações de conscientização dando resultado para a redução das infrações… e isso não está tão claro. Poderia ser revisto. No geral, a matéria é bem escrita, com alguns pontos que poderiam ser revistos com uma nova revisão. No início, por exemplo, não está clara a relação: “número de infrações está caindo. No entanto, na maioria os infratores são homens,” comenta.

“Reitero a questão sobre os erros nas declarações dos entrevistados… É desagradável constatar que os erros, geralmente vícios de fala, são mantidos. Matéria informativa, objetiva e enxuta”, afirma a leitora Ubaldininha Torres.

Para o leitor Marcelo Fiori a pauta é muito pertinente, mas sentiu falta de algumas informações e encontrou alguns erros na redação: “Pauta bem escolhida pela relevância na vida das pessoas. O trânsito merece uma cobertura atenta, porque, em que pese as reduções nos índices, ainda mata muita gente e deixa tantos outros sequelados, gerando um enorme custo ao país, seja em hospitais, seja na Previdência Social. O tema foi bem desenvolvido, pois traz entrevistas com especialistas e também tem o viés da educação — um dos motivos pelos quais a acidentalidade vem caindo. Há um problema de sintaxe logo no início do texto, que informa haver queda no número de infrações e, na sequência, insere a conjunção 'no entanto', que sinaliza para uma ideia de oposição. Porém, qual é a oposição que existe entre queda de acidentes e a idade dos infratores? Ficou mal construído o parágrafo, portanto. A meu ver, a reportagem deveria ter explicado melhor a tese que vende, ou seja, se estão caindo as infrações, quantos por cento e em qual período elas estão caindo? E, se estão caindo, é por que se está fiscalizando menos? Essa redução se traduz também em menos acidentes? Há uma proporcionalidade nestes recuos, ou seja, menos infrações é igual a menos ocorrências? São diversas dúvidas”, questiona.

Acompanhe a matéria aqui.

Com menos horários de ônibus, moradores buscam alternativas — Jaime Zanata

“Gostei dessa matéria. Está bem completa, objetiva e clara, como a anterior, direta ao ponto”, comenta o leitor Luís Santos.

O leitor Marcelo Fiori também achou o tema da matéria interessante e aproveita para dar algumas sugestões para o repórter: “O serviço de transporte coletivo é um dos piores problemas das grandes cidades. Portanto, a escolha por este tema é muito adequada. A mídia não discute o problema de forma satisfatória e, quando o assunto está em pauta, é porque surgiu alguma polêmica ou fato mais grave, ou seja, já é tarde. Contudo, ônibus merece mais atenção. Não basta o usuário optar pelo transporte por aplicativo particular no lugar do coletivo, porque assim são mais carros nas ruas e mais poluição. Dada a relevância do tema, a reportagem poderia ter ido mais a fundo nas causas de este problema ter se agravado tanto no Brasil e, principalmente, poderia ter ido em busca de exemplos de cidades que gerenciam o transporte coletivo com eficiência. A sugestão seria o repórter ter feito cobranças mais incisivas junto aos gestores públicos locais e estaduais. Outro questionamento bem pertinente seria o destino e o uso dos recursos oriundos das multas aplicadas às empresas”, afirma.

“Muito bom, além de mostrar o lado dos passageiros apresentou a justificativa da Vicasa, Metroplan e secretaria de mobilidade urbana”, analisa a leitora Deyzi Botesini.

Essa e outras fotos você encontra na matéria do repórter. (Foto: Jaime Zanata/Beta Redação)

“Gostei do conteúdo. A reportagem foi bem conduzida; e conseguiu contextualizar bem a situação dos usuários do serviço com a redução dos horários. O repórter também ouviu os responsáveis pela decisão, trazendo um contraponto interessante”, afirma o leitor Denis Machado.

A leitora Ubaldininha Torres gostou da matéria, porém acha que ela só é útil para os moradores da região. Ela também encontrou alguns erros pontuais: “O segundo e o terceiro parágrafos deveriam ser integrados em um só, pois fazem referência à mesma pessoa. '…obrigando ela…' Essa doeu! O autor da matéria nunca ouviu falar em pronome oblíquo? Pelo jeito nem os professores… É realmente necessário manter os erros ao transcrever a fala dos entrevistados? Corrigi-los não altera o que foi dito, apenas não consagra o erro. Matéria informativa, relevante apenas para quem mora na região e usa, especificamente, as linhas de transporte coletivo citadas”, comenta.

Acompanhe a matéria aqui.

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Eduardo Zanotti da Silva, 26 anos, jornalista.