Palpites da Rodada — Semana 3

Depois do fiasco da Semana 2, estamos de volta com mais uma rodada!

TM Warning
ZONA FA
25 min readSep 22, 2016

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NFL é a época do amor e dos abraços grupais

As duas primeiras semanas da temporada regular da NFL são bastante cruéis e enganadoras. Sim, as campanhas delas são importantes para disputar quem vai para os playoffs e tudo mais, mas a principal função delas é criar ilusões em nossas mentes para depois destruí-las.

E em geral elas trabalham em conjunto: a primeira é uma semana onde, com muito pouca base anterior, nós adoramos tirar conclusões, criar cenários para o resto do ano, e basicamente tomar nossas primeiras impressões — baseadas em uma amostra minúscula e insignificante — como verdades. E, munidos dessas primeiras impressões, nós vamos para a semana 2… onde essas primeiras impressões se repetem (e, nesse caso, achamos que elas se confirmaram!) ou são destruídas (e nesse caso achamos que elas eram completas fraudes). Ou a Semana 2 já nos destrói as ilusões, ou reforça-as para que possivelmente sejam destruídas depois. Um trabalho lindo.

Por isso é sempre importante lembrar que NADA está definido ou confirmado em duas semanas. Muitas das primeiras impressões “destruídas” na Semana 2 estavam corretas, e muitas “confirmadas” estão longe de ser verdade. O maior erro que pode ser cometido nesse momento é ler demais em duas semanas e ignorar todo o resto de informação que temos à nossa disposição. Analogamente, o ideal é ter criticidade na hora de separar as informações: nós tínhamos uma opinião formada de cada time, e agora estamos lentamente ganhando novas informações a respeito de cada um deles para tornar o cenário mais completo. Não podemos jogar fora nossas ideias iniciais, mas não podemos ignorar também o que tem acontecido — o certo é colocar essas primeiras impressões em contexto, tentar separar o que é verdade e o que não é, e usar isso para ajustar nossas impressões originais. E assim vamos construindo uma imagem cada vez mais completa de cada time.

E então é isso que vamos fazer essa semana: ver quais foram as primeiras impressões de cada time na semana 1, como elas foram confirmadas ou não na semana 2, e o que esperar delas daqui para frente.

Also, nunca apostem em NFL, crianças.

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Para quem não conhece a coluna, essa é minha coluna semanal onde eu dou meus palpites para todos os jogos da rodada. É um formato rápido e prático de falar um pouco sobre todos os jogos e times da semana, e abordar alguns assuntos relevantes sobre o momento da NFL, a rodada passada, algum jogador, ou coisa do tipo. E, para deixar mais divertido (ou seja, para eu errar e vocês rirem de mim), eu dou também meus palpites contra o spread, uma modalidade específica de apostas.

Para conhecer mais sobre o propósito dessa coluna, ver meus palpites para a rodada 1, ou então para entender o que diabos é essa tal de aposta contra o spread, você pode ler a minha coluna da semana passada. Para ver os palpites da rodada 2, o link é esse aqui.

E por falar em spread, essa é uma boa hora de lembrar que essa coluna NÃO é um guia de em quem ou como apostar, é só uma brincadeira que eu comecei a fazer mas minhas colunas para deixar os palpites mais divertidos.

E lembrem-se, o mais importante: eu não odeio seu time só por que apostei contra eles. Sério!

Dúvidas, comentários ou sugestões? Deixe nos comentários, nos mande pelas nossas redes sociais (Twitter ou Facebook) ou mande um email para canalzonafa@gmail.com!

Nota: Spreads seguindo o consenso de Vegas no momento que eu comecei a coluna.

Palpites da Semana 3da NFL

(Time da casa em caixa alta)

Texans sobre PATRIOTS
Texans (-1) sobre PATRIOTS

A primeira impressão do time de New England, após uma ótima primeira semana na qual venceram os fortes Cardinals em Arizona, é que o time poderia perfeitamente ir 4–0 nas semanas sem Tom Brady, já que Jimmy Garoppolo teve um bom desempenho contra um adversário muito difícil. E isso parecia estar sendo totalmente confirmado, conforme Jimmy G destruia a defesa do Dolphins ao tom de 234 jardas e 3 TDs… até que em uma queda desajeitada o ombro de Jimmy G bateu no chão, e forçou o jovem QB a sair da partida.

O status de Garoppolo ainda é incerto em quanto tempo deve perder, mas com a próxima partida sendo quinta feira, é extremamente improvável que Jimmy G consiga jogar nessa partida, o que significa que New England deve começar o jogo com seu TERCEIRO QB como titular, o calouro Jacoby Brissett. E seu reserva será… Julian Edelman, que foi quarterback na Universidade! Existe uma chance real de Edelman jogar alguma parte do jogo de quinta feira como QB do Patriots, algo que seria tão divertido que estou torcendo muito para acontecer.

E embora você possa dizer que o Patriots não tenha perdido o ritmo com Garoppolo no lugar de um Hall of Famer como Brady e isso seja um bom sinal para suas chances com Brissett, eu estou com um pé atrás. Garoppolo pode ter feito sua primeira partida de titular esse ano, mas teve dois anos no banco de Brady para treinar com calma e conhecer um playbook bastante difícil e complexo, além de ter passado toda a pré temporada recebendo snaps com o ataque titular do time. Brissett é uma escolha de terceira rodada que teve apenas uma offseason para conhecer esse playbook e nunca tinha recebido um único snap com o time titular de New England até essa semana… e agora ele terá TRÊS dias para se preparar nessa função para enfrentar um pass rush de Houston extremamente assustador que conta com o melhor defensor do mundo. Não é o cenário ideal para qualquer time, mesmo um tão supremamente bem preparado e treinado como o Patriots. E estar sem Gronkowski, um dos 5 melhores jogadores ofensivos da NFL, não ajuda.

E para Houston, a grande história das primeiras rodadas foi sem dúvida o poder da sua linha de frente: mesmo com um JJ Watt limitado, eles fizeram uma excelente primeira impressão contra Chicago na semana 1, quando totalizaram 5 sacks e forçaram um fumble… e confirmaram com sobras essa impressão na semana 2, com 4 sacks, 2 fumbles forçados e destruindo um ataque do Chiefs que vinha de anotar 33 pontos na semana 1. Existe alguma regressão vindo para essa defesa do Texans, até em função dos adversários enfrentados até aqui — o ataque do Bears é mediano, e o Chiefs estava com desfalques importantes na sua linha ofensiva — mas com JJ Watt ficando cada vez mais saudável, essa linha de frente ainda vai apavorar muitos times até o fim do ano.

Cardinals sobre BILLS
Cardinals (-4.5) sobre BILLS

Para o Bills, a primeira impressão foi a de que esse seria realmente um ano perdido em meio a múltiplas lesões e um ambiente ligeiramente conturbado. E depois de duas semanas… bem, eu acho difícil achar uma primeira impressão mais confirmada do que essa.

Eu já escrevi nos palpites da semana passada a respeito dos problemas com lesões do time e como isso destruiu uma temporada que parecia promissora, então não vou repetir a respeito. O que me impressiona é que, depois de ter subido de 26th para 10th em DVOA ofensivo ano passado sob o coordenador ofensivo Greg Roman e saindo de um jogo onde o ataque de Buffalo anotou 31 pontos contra a forte defesa do Jets, a franquia achou que a melhor forma de mudar de rumos e salvar a temporada era… demitir seu coordenador ofensivo! Isso não faz o menor sentido!! Eu não sei se tinha alguma questão extra que levou a essa demissão, ou se foi só o primeiro bode expiatório a pagar o preço pela temporada decepcionante do time, mas me parece um péssimo sinal para a temporada o time.

Já para Arizona, a performance decepcionante da semana 1 quando perderam em casa para um Patriots sem meio time (incluindo seus dois melhores jogadores E seus dois tackles titulares) foi lavada pela excelente performance semana passada, onde massacraram um pobre time do Bucs que pareceu não saber de onde veio o soco. E, vale dizer, essa performance dominante era exatamente o que todo mundo esperava antes da temporada começar de Arizona, então é bom ver a NFL voltando à “normalidade” das nossas expetativas.

Raiders sobre TITANS
Raiders (+1.5) sobre TITANS

Na semana 1, o Raiders saiu como o grande queridinho da rodada depois de uma fantástica virada contra o Saints, fora de casa, com uma decisão extremamente agressiva nos segundos finais (tentar o 2pt conversion para ganhar o jogo ao invés de levar o jogo para prorrogação com um extra point) e um ataque explosivo. Esse foi o foco conforme o Raiders se preparava para receber em casa o Falcons na semana 2, e não decepcionou: com mais um par de agressivas decisões em quartas descidas (que transformaram dois FGs em dois touchdowns), o Raiders anotou 28 pontos. Mas também perdeu o jogo.

O ataque do Raiders realmente mereceu a atenção dessas primeiras duas semanas,embora o hype talvez seja um pouco prematuro dada a pouca qualidade das duas defesas enfrentadas até aqui. Mas o ataque tem talento suficiente para continuar jogando em bom nível daqui para frente. O problema é que esse foco no lado ofensivo da quadra acabou ofuscando o quão frágil uma defesa do Raiders que chegou no ano com altas expectativas está se mostrando, e que já tomou 69 pontos em duas rodadas. É verdade que foi contra dois bons ataques, mas esperava-se mais dessa defesa liderada por Kahlil Mack (sumido até aqui) e o recém-chegado Sean Smith (que foi para o banco em dados momentos dessas duas semanas). Eu não creio que ela continuará tão ruim assim por muito tempo — Mack já teve sequências fracas seguidas por longos períodos de dominância, e muitos dos recém chegados devem pouco a pouco se integrar melhor à defesa — mas tem sido um grande ponto negativo nesse começo de temporada.

Já o Titans foi um time que começou o ano muito mal e foi rapidamente descartado por muitos depois de ver seu ataque cedendo dois touchdowns para um Vikings liderado por Shaun Hill, só para se recuperar na semana 2 com uma bela vitória de virada sobre Detroit fora de casa com boa atuação de Marcus Mariota e agora deixar todo mundo um tanto confuso sobre o que esperar daqui para frente. Eu pessoalmente acho que o Titans nessas duas semanas confirmou muitas das minhas expectativas de antes da temporada: um time com muitos jogadores talentosos, mas um técnico muito fraco e uma falta de coesão que impede que o time se estabeleça de forma consistente. Depois de duas semanas enfrentando ataques pedreiras já estabelecidos como Saints e Falcons, vai ser um desafio interessante para a decepcionante (até aqui) defesa do Raiders, mas acredito que o elenco mais completo e explosivo de Oakland fará a diferença.

GIANTS sobre Redskins
GIANTS (-4.5) sobre Redskins

O Giants foi o raro time que viu muito poucas overreactions à sua semana 1. E isso aconteceu principalmente porque o time não nos deu nada em cima do que ter esse tipo de reação: o ataque foi ok, mas nada demais contra uma defesa fraca. A defesa segurou bem os principais pontos fortes do ataque do Cowboys… mas também era contra um ataque que estava estreando dois calouros (Dak Prescott e Ezekiel Elliott) em posições chave e que não tinha grandes perspectivas. E no final acabou ganhando por um ponto. É difícil achar uma performance mais absolutamente mediana do que essa, e de certa forma, era o que muitos de nós esperávamos do Giants antes da temporada (inclusive eu, embora esperasse mais do ataque, para ser sincero).

Então a semana 2 que acabou sendo a oportunidade para todo mundo tirar suas “primeiras conclusões” sobre o Giants, e eles nos deram… outra performance medíocre em uma vitória por 3 pontos sobre um time mediano dentro de casa. Funhé. Dessa vez eu até vi mais comentários fortes, em geral elogiando uma defesa que gastou pesado na offseason e segurou o forte ataque do Saints a apenas 13 pontos, mas ao mesmo tempo você teve um ataque que não conseguiu absolutamente nada contra uma péssima defesa, e que precisou de um retorno de FG bloqueado para anotar um touchdown na partida. Se bem que talvez essa seja a conclusão inicial a ser tirada (correta ou não) sobre o Giants: mediocridade.

Mas deve ser suficiente, em casa, pra passar por cima de um Redskins com problemas graves. Depois da primeira semana, apesar da grande discussão envolvendo Josh Norman, a principal preocupação com Washington se deu em torno da atuação de Kirk Cousins, que teve um fantástico final de 2015. Cousins completou quase 70% de seus passes contra Pittsburgh, mas mostrou enormes dificuldades quando precisou que a bola viajasse alguma distância considerável no ar, e foi interceptado duas vezes — seu grande problema histórico que “desapareceu” na reta final do ano passado. E na semana passada não só essa preocupação pareceu se confirmar com mais uma atuação ruim (em especial por ter entregue o jogo para Dallas com uma interceptação ridícula na End Zone), mas ganhou ares de tragédia pela forma enfática como seus próprios colegas reagiram a essas atuações ruins (em especial Pierre Garçon, que quase estourou uma veia gritando com Cousins quando teve a interceptação). Essa semana começaram a surgir notícias sobre como o elenco de Washington está rachado e metade dele não confia em Cousins como QB, que alguns lembrarão que foi um assunto que TAMBÉM foi um problema quando RG3 era o quarterback da equipe. Então por mais que os motivos para duvidar de Cousins seja real — eu escrevi a respeito nos meus palpites da Semana 1 — e ele tenha realmente jogado mal (Cousins é 24th entre 31 QBs qualificados em QBR), a repetição desse velho problema do vestiário nos fazem questionar se o verdadeiro problema realmente é quem joga atrás do center nesse time.

DOLPHINS sobre Browns
Browns (+9.5) sobre DOLPHINS

Sobre o Browns, a primeira impressão foi a que todo mundo esperava: esse time realmente é ruim e veio para perder. E embora o Browns tenha tomado uma virada dolorosa na segunda rodada e começado o ano 0–2, eu me pergunto se as pessoas viram algo de diferente nessa rodada, suficiente para mitigar um pouco da má impressão da semana 1. Defensivamente, o Browns tem a defesa mais jovem e inexperiente, mas ofensivamente, existe bastante talento para ser encontrado em Cleveland: a linha ofensiva é sólida e liderada por um dos melhores tackles da história da NFL em Joe Thomas, Isiah Crowell e Duke Johnson estão se estabelecendo como uma sólida (e barata) dupla de RBs, e o trio de WR formado por Corey Coleman, Terrelle Pryor e Josh Gordon tem tudo para ser um dos melhores da NFL uma vez que Gordon retorne da suspensão. Com uma atuação decente do QB desse time, o ataque pode causar alguns estragos, como Josh McCown mostrou semana passada antes de se machucar. QB ainda será a grande interrogação, mas existe mais talento aqui do que se imagina.

Do outro lado, a grande história sobre o Dolphins após a derrota na semana 1 era o quão impressionante sua defesa — cheia de grandes nomes, mas sem a produção esperada — tinha parecido contra o ataque de Seattle, comandado pelo ótimo Russell Wilson. A defesa pressionou Wilson o dia inteiro, dominou a linha de scrimmage e pareceu dominante… até que Jimmy Garoppolo destruiu essa mesma unidade para 234 jardas e 3 TDs em um tempo de futebol americano na semana seguinte. E, nesse caso, eu acho que a segunda impressão é a que mais faz sentido: a performance da defesa do Dolphins não parece mais tão impressionante depois que o Rams segurou o ataque de Seattle a míseros 3 pontos, e muito embora Miami tenha bons jogadores e peças de nome, muitas (Mario Williams, alguém?) já passaram em muito do auge que seu nome sugere, e o time ainda tem inúmeros buracos e deficiências que um time esperto nos planos de jogo como New England pode explorar.

Ps. Corey Coleman quebrou a mão em um treino minutos depois de eu terminar essa coluna? Claro que sim! Força, Cleveland — pelo menos vocês ainda tem LeBron.

JAGUARS sobre Ravens
JAGUARS (EVEN) sobre Ravens

Na primeira semana, pareceu que o hype da offseason em cima do Jaguars seria justificado: apesar da derrota, jogaram de igual para igual com o favorito Packers e perderam a partida nos detalhes. Dai, uma semana depois, sua tão falada defesa renovada tomou 38 pontos do Chargers sem Keenan Allen, Blake Bortles voltou a ter uma partida desastrosa (e é 25th em QBR), e de repente a narrativa voltou a ser sobre como o Jaguars é péssimo.

E, nesse caso, a narrativa provavelmente mudou excessivamente entre a semana 1 e a semana 2, e é daqueles casos onde nosso arrependimento com uma conclusão prematura (e que, no caso do Jaguars, começou bem antes da Semana 1) nos leva a uma conclusão oposta que pode ser igualmente extrema. Embora eu não esteja tão empolgado com Jacksonville para essa temporada (acho que precisam de mais tempo) e seja um grande crítico de Blake Bortles, eu também não acho que serão tão ruins quanto mostraram em San Diego: vai ter jogos onde seus recebedores serão uma grande vantagem e isso vai abrir o jogo aéreo, e sua defesa sem dúvida tem algumas boas peças que começam (repito: começam) a compor o que pode ser uma boa unidade. No geral, é um time jovem e que se montou recentemente, e espera-se que times assim desenvolvam com o tempo e peguem o ritmo ao longo do ano. E contra um Ravens que pareceu decididamente medíocre na semana 1 (e repetiu a dose na semana 2) — um matchup favorável dada a grande vantagem que seus WRs terão contra a secundária adversária — é uma boa chance para o time voltar para os trilhos.

PACKERS sobre Lions
PACKERS (-7.5) sobre Lions

Acho que as expectativas do Packers já estavam altas desde a pré temporada, quando muitos (inclusive eu) viam o time como um dos maiores favoritos ao título. Então nossa reação a eles na semana 1 pode ter sido um pouco nessa direção. Eles ganharam fora de casa de um time que vai ser bom mesmo sem jogar o seu melhor! Essa é a marca de um campeão! Eu não sei se isso foi tanto uma reação excessiva à semana 1, mas nessa linha. Dai o “forte” Jaguars foi massacrado sem piedade pelo Chargers e se concluiu que eles na verdade são ruins, e Green Bay foi derrotado pelo Vikings em uma partida na qual jogou muito mal. Agora eu vejo mais dúvidas levantando, e eu acho engraçado como até a interpretação da performance da semana 1 mudou. Eles tiveram bastante trabalho e venceram um jogo apertados contra o Jaguars que apanhou do Chargers!

É hora de ligar o sinal de alerta? Claro que não — foram só duas rodadas — mas eu acho que é válido sentir um leve desconforto. Aaron Rodgers já vem de um temporada 2015 bastante abaixo da sua média (60.7%,6.7 jardas por passe, 64.9 QBR contra médias de 64.9%, 8.0 Y/A e 69.6 QBR na carreira), mesmo sem Jordy Nelson, e agora o QB tem o pior começo de temporada da carreira. O jogo terrestre continua inexistente (3.7 jardas por corrida), a linha ofensiva sente a falta de Josh Sitton, e se Rodgers realmente tiver dado um passo atrás, isso pode ser bastante significativo para Green Bay. De novo, é cedo demais para tirar conclusões e entrar em pânico, mas é algo que vale a pena ficar de olho. Vamos ver se o time recupera seu melhor futebol americano na sua volta ao Lambeau Field.

Detroit pareceu fantástico na semana 1, quando foi até Indianapolis e anotou 39 pontos em cima do Colts pra roubar a vitória apesar de uma performance épica de Andrew Luck. Parecia que tudo tinha se encaixado, o ataque reinventado nos passes curtos sem Megatron, o fim da atitude antiga de sentir a pressão dos adversários e sumir ao longo da partida.

E Detroit seguiu essa performance… anotando 15 pontos contra o Titans e tomando uma virada em casa no segundo tempo, totalizando 17 faltas, inclusive uma SURREAL sequência consecutiva de três faltas em uma 1st and 1 na linha do TD que “anulou” dois touchdowns e transformou uma 1st and 1 em uma 1st and 31. Isso realmente aconteceu. Depois da gente achar que os “velhos Lions” estavam mudando, eles voltaram a todo vapor. A lição, como sempre: a semana 1 é uma semana de ilusões.

BENGALS sobre Broncos
BENGALS (-3) sobre Broncos

Dois times sólidos e com potencial razoavelmente limitado que ganharam apertado em casa na semana 1 graças a erros dos kickers adversários. O Broncos saiu da semana inicial ouvindo sobre como tinha feito uma boa decisão com Trevor Siemian, que tinha mostrado bastante compostura na sua estréia (leia mais nos palpites da semana passada), e o Bengals… bem, o Bengals não trouxe muitas reações, pareceu mais o tipo de time sólido que sempre foi, mas sem tanta explosão. E semana passada ambos me queimaram: apostei contra o Broncos (que não só venceu o jogo graças a dois TDs defensivos, como também cobriu o spread no minuto final retornando um fumble para TD) e a favor do Bengals.

Ainda assim, não fico tão confiante para apostar no Broncos fora de casa contra um bom time do Bengals. Siemian tem feito seu papel, mas é limitado e dificilmente ganhará o jogo sozinho, e o começo 2–0 do Broncos pode ser um pooouco exagerado dada a proximidade do primeiro jogo (e o FG errado de Gano) e a necessidade dos TDs defensivos para vencer o segundo jogo. Não da pra contar todo jogo com esse tipo de produção, por melhor que a defesa seja, e o Bengals é um time melhor que o Colts.

PANTHERS sobre Vikings
PANTHERS (-7) sobre Vikings

A notícia de que Adrian Peterson pode perder quatro meses da temporada com uma lesão no joelho é bastante preocupante. Não tanto pela sua produção, pois o ex-MVP está tendo um começo pífio de temporada, com horríveis 50 jardas em 31 corridas. Na vitória contra Green Bay, quem conduziu o time foi o jogo aéreo liderado por Stephon Diggs e Sam Bradford, então em teoria o time deveria ser capaz de sobreviver sem AP.

Mas na verdade não é bem assim. O jogo aéreo do time pode ter aparecido bem, mas se você estudar os vídeos, vai ver que parte GRANDE disso foi porque o Packers continuamente colocou 8 jogadores na linha de scrimmage para parar Peterson, deixando seus cornerbacks no mano a mano e em cobertura simples, o que causou muitas linhas de passe fáceis e missmatches. Sem Adrian Peterson para atrair essa atenção extra, os times começarão a dedicar mais jogadores para cobrir o jogo aéreo, e é ai que passar a bola será um desafio totalmente diferente. E, até ver em ação, eu estou cético a respeito.

BUCCANEERS sobre Rams
BUCCANEERS (-4.5) sobre Rams

Depois da semana 1, todo mundo parecia ter certeza: esse era o ano de Jameis Winston, que teve uma performance excelente com seus 4 TDs na estréia contra o Falcons fora de casa. Foi uma grande performance de um jogador talentoso que muita gente esperava que desse um salto de produção no seu segundo ano. E a semana 2 foi o exato oposto: Winston teve um dos piores jogos por um QB nos últimos tempos, completando 27 de 53 passes apenas, falhando ao passar de 5 jardas por passe, e cometendo 4 turnovers — um deles retornado para touchdown.

Como de costume acontece, a verdade está em algum lugar no meio. Winston é muito talentoso e pode de fato estar dando um salto nessa temporada, mas o segundo jogo também mostrou alguns dos seus problemas, em especial algum problema na tomada de decisões e sua propensão a forçar bolas em espaços que não existem quando a jogada não se desenvolve. A semana 1 provavelmente elevou as expectativas alto demais, mas Winston também não vai repetir sua performance atroz da semana 2. A atuação da primeira semana provavelmente está mais próxima do seu verdadeiro nível de talento, mas Winston é um jogador ainda inconsistente em seu segundo ano. É injusto cobrar aquilo dele toda semana.

Mas o Bucs ainda está recebendo em casa um time com um ataque horrível que não anotou NENHUM touchdown nessa temporada, uma das raras primeiras impressões que valem para a segunda e provavelmente vão continuar valendo enquanto Jeff Fisher não colocar Jared Goff para jogar.

A má impressão que o Rams conseguiu reverter da primeira semana foi a da sua defesa, que deveria ser uma unidade dominante mas que tomou 28 pontos de um pífio ataque do Niners liderado por Blaine Gabbert. Mas, na semana 2, voltou a ser a unidade dominante de costume, segurando Seattle a apenas TRÊS pontos e mais uma vez vencendo as batalhas nas trincheiras. É possível questionar o significado disso no momento dado o péssimo começo de ano do ataque do Seahawks, mas é refrescante ver essa unidade voltando a ser o que todo mundo imaginava: uma secundária um pouco bagunçada, mas que se esconde atrás de uma dominante linha defensiva. Also, o Rams agora está 4–1 nos seus últimos 5 jogos contra Seattle. Eu tenho certeza que o playbook inteiro de Los Angeles é feito SÓ para vencer o Seahawks.

SEAHAWKS sobre 49ers
SEAHAWKS (-10) sobre 49ers

Depois da má apresentação na Semana 1 sobre um fraco time do Dolphins — que precisou de um FG bloqueado, um drop ridículo de Kenny Stills para um TD facílimo, e um touchdown da virada nos segundos finais para ser uma vitória — começou uma certa preocupação sobre o ataque de Seattle. A linha ofensiva pareceu horrível, Russell Wilson passou metade do dia fugindo pela sua vida, e para piorar o QB sofreu uma lesão não tão leve assim no tornozelo durante a partida. Então quando o ataque do Seahawks na semana 2 conseguiu anotar apenas míseros TRÊS pontos contra uma defesa que tinha tomado 28 de Blaine Gabbert uma semana antes, as pessoas começaram a entrar em pânico. E, como sempre, uma primeira impressão “confirmada” acaba levando a reações mais extremas.

Existe motivo para preocupação? Em um nível menor, sim. Em especial, a linha ofensiva é um desastre sério, e um problema antigo que vem se aprofundando: a linha do time nunca foi especial, mas o time foi perdendo cada vez mais jogadores e fazendo os piores movimentos (ou não fazendo movimento algum) para repor as principais peças que saíam. Na minha opinião, o time se acostumou demais a ver Wilson e Marshawn Lynch usando suas habilidades de outro mundo para compensar essas deficiências, escapando do pocket e quebrando tackles, e acharam que não precisavam adereçar esse problema, mas ele está cada vez maior e mais preocupante agora que Lynch aposentou (veja o jogo contra Carolina nos playoffs passados para os detalhes). Então eu acho que essa questão é legítima, e qualquer time com uma boa linha de frente vai ser capaz de infernizar Wilson — especialmente enquanto sua lesão no tornozelo persistir.

Por outro lado, eu duvido muito que o ataque continue inoperante assim para sempre. Thomas Rawls foi brilhante como calouro e ainda está voltando de lesão, e Wilson praticamente fez sua carreira escapando de pressão e correndo pela sua vida. Além disso, Seattle tem um histórico de começar mal o ano e ir melhorando ao longo da temporada. Então eu não estou pronto para acreditar que o ataque de Seattle de repente virou o ataque do Rams. Mas, sim, a linha ofensiva é um problema. E vai continuar a ser.

Já o Niners começou o ano com uma boa vitória em cima do Rams, com ótima atuação da defesa… mas eu achei interessante o quanto as pessoas NÃO compraram essa boa atuação tanto assim. No que estavam certos: tinha coisas boas ali para serem interpretadas, sem dúvida, mas de modo geral era uma amostra pequena contra um time fraco. Um raro caso onde existe o material para uma reação exagerada, e essa reação não vem. Exceto por mim no podcast do ZONA FA.

O óbvio elefante na sala para San Francisco é Blaine Gabbert. A defesa do time tem um problema de pressionar o QB sem o ótimo Aaron Lynch — motivo pelo qual vou de Seattle essa semana — mas é uma boa unidade, profunda e capaz de forçar turnovers. O problema é que isso não adianta se o seu ataque fica cometendo three-and-outs atrás de three-and-outs e não consegue se manter em campo, isso expõe demais a defesa. E infelizmente o problema é Gabbert: é incrível ver o quanto o esquema de Chip Kelly ESTÁ gerando linhas de passe e recebedores livres, só que o quarterback simplesmente não é capaz de acertar a bola nesses espaços. Eu sei que Kaepernick não vem de um ano bom, mas é impossível aceitar de que ele não consiga fazer esse ataque funcionar pelo menos um pouco mais eficientemente. E, por consequência, é difícil acreditar que sua estada no banco se da apenas por motivos técnicos.

Jets sobre CHIEFS
Jets (+3) sobre CHIEFS

Eu gosto do Chiefs, mas sua virada incrível na semana 1 provavelmente obscureceu o fato do quão destruído esse time está — e do quão ruim foi seu primeiro tempo. Sua linha ofensiva está sem dois titulares, seu melhor jogador (Justin Houston) só deve voltar na segunda metade da temporada, e a saída de Sean Smith deixou um buraco grande na secundária. Não é um time ruim ou horrível, mas é um time que terá suas deficiências expostas pelo time certo — como o Chargers fez no primeiro tempo da semana 1, e o Texans fez semana passada.

Já para o Jets, a narrativa que surgiu da semana 1 era: Darrelle Revis está acabado? O futuro Hall of Famer e durante anos detentor do cinturão de “Melhor cornerback da NFL” foi destruído por AJ Green na estréia da temporada, com o WR do Bengals acumulando 10 passes (de 10 tentativas), 152 jardas e 1 TD contra Revis. E na semana 2, Revis começou a partida… sendo queimado para um touchdown de 84 jardas por Marquese Goodwin. Então, depois de duas semanas, parece ser quase um consenso que Revis decaiu rapidamente e não é sombra do jogador que foi um dia.

Eu não sei se isso é totalmente justo. Por um lado, Revis decaiu: seu físico não é o que era antes, e sua agilidade e mobilidade está abaixo do que era mesmo dois anos atrás. Mas por outro lado, Revis tem 31 anos e já passou por duas cirurgias no joelho — é normal que jogadores assim comecem a perder um pouco do nível nessa idade. O que está expondo tanto o camisa 24 é que o Jets insiste em usar o jogador como se ele fosse o Revis de cinco anos atrás, colocando-o em uma ilha com os melhores WRs da NFL e pedindo que Revis anule esses jogadores no mano a mano, sem ajuda do safety. Isso é fundamentalmente injusto. Revis decaiu e não é mais o jogador do seu auge, isso é verdade, mas ele ainda é um bom cornerback se você souber o que pedir dele, e que está sendo utilizado da pior forma possível — e sendo exposto no processo.

Em uma nota relacionada, o Jets é um time com uma fortíssima linha de frente que tem sofrido com passes longos. Eu acho que é literalmente o pior matchup possível para o Chiefs nesse momento.

COLTS sobre Chargers
COLTS (-3) sobre Chargers

Esses times tiveram uma trajetória estranha nessas primeiras semanas. O Chargers pareceu morto na Semana 1 depois que perdeu Keenan Allen, perdendo de 30–3 depois do intervalo para o Chiefs e parecendo um time sem qualquer força… só para humilhar o Jaguars em casa na Semana 2, uma surra de 38–14 que não foi tão apertado quanto o placar indica (ambos os TDs do Jaguars vieram em garbage time). Já o Colts parecia que seria uma potência ofensiva atrás de Andrew Luck com uma péssima defesa só para depois ver seu ataque ceder 14 pontos para a defesa do Broncos (você leu isso certo), embora para ser justo ela É uma das melhores da liga.

Então eu não sei bem o que esperar desses dois. San Diego era pra ser um time bom, que dai perdeu talvez seu melhor jogador e ficou ruim, e dai pareceu bom, e agora perdeu Danny Woodhead… e eu não sei mais o que achar. Já o Colts continua sendo uma mistura de um grande QB com uma péssima linha ofensiva, uma defesa medíocre, e uma das piores diretorias da NFL. Parece divertido para dar um palpite? Pois não é. Então vamos no time da casa.

Steelers sobre EAGLES
Steelers (-3.5) sobre EAGLES

Semana 1: Carson Wentz vai ser um Franchise QB

Semana 2: Carson Wentz COM CERTEZA vai ser um Franchise QB

Sim, aconteceu tão rápido quanto isso.

E não me leve a mal: Wentz tem jogado bem. Seus números não são espetaculares (60.6%, 6.6 Y/A, 63.3 QBR), e ninguém realmente esperava que fossem, mas a forma como Wentz tem conseguido esses resultados que tem impressionado. O calouro tem encaixado lindos lançamentos em espaços apertados, mostrado um excelente toque nos passes, e parece ser do tipo de QB que sabe muito bem usar sua capacidade atlética para ganhar tempo e fazer passes em movimento — seus passes em movimento inclusive lembram um pouco Aaron Rodgers. Lembram.

E, de certa forma, é o que você quer ver do seu QB — não necessariamente que ele já seja um grande jogador hoje, mas que ele mostre que tem a base adequada e o talento para se desenvolver, e ser esse jogador daqui a algum tempo. Alguns lançamentos de Wentz — que poucos QBs na NFL conseguem fazer — são realmente únicos e dão uma boa mostra do que ele poderia fazer daqui a uns anos com mais frequência, e ao mesmo tempo suas jogadas lance-a-lance mostram mais maturidade e consistência do que teríamos esperado (leia mais na coluna da semana passada). Claro, dois jogos não fazem uma carreira, e Wentz não é perfeito: ele ainda tende a confiar demais na sua habilidade e forçar bolas que não deveria, sua precisão ainda é bastante irregular, suas leituras nem sempre são ideais, e o calouro parece ter uma mania de sempre colocar bastante toque na bola mesmo quando não precisava. Tem outras coisas que certamente a comissão técnica do Eagles vai querer corrigir e que Wentz melhore com o tempo. Mas isso já era esperado — que Wentz fosse capaz de aliar produção e potencial tão cedo é uma grata surpresa. Mesmo considerando a fragilidade dos adversários até aqui, é um começo bem promissor do calouro.

Já o Steelers pareceu cada centímetro de um contender desde o começo do ano, e isso mesmo sem um altíssimo número de jogadores importantes, inclusive Marcus Wheaton, LeVeon Bell e Martavius Bryant. Eles deram uma bela surra no Redskins na semana 1, passaram o carro por cima de um bom time do Bengals na semana 2, Big Ben está jogando como um MVP… eu não acho que exista algum time mais embalado nesse começo de temporada do que Pittsburgh, e isso sem meio time.

COWBOYS sobre Bears
Bears (+7) sobre COWBOYS

O Cowboys é exatamente quem a gente esperava sem Tony Romo: uma defesa mediana, e um ataque mediano. Dak Prescott melhorou na semana 2 depois de uma semana 1 fraca, mas ainda não é o tipo de jogador que vai ganhar jogos sozinho. E Ezekiel Elliott não está produzindo como esperado, com apenas 3.3 médias de jardas por corrida depois de duas semanas. Muito disso vem das defesas estarem programando seus planos em torno de congestionar a linha e parar o jogo terrestre (uma mostra do quanto não estão com medo do braço de Elliott). O caminho para o Cowboys parece ser o dos primeiros jogos: não entrar em disputas de placares altos demais, mas precisam pontuar já que sua defesa não vai segurar bons ataques. Ou seja, ficar nesses jogos 50–50 como nas últimas duas semanas.

Chicago pareceu ruim na semana 1, pareceu bem pior na semana 2, e agora pode ter uma benção disfarçada com a lesão de Jay Cutler. Cutler não é nem de longe tão ruim quanto a galera imagina, mas Brian Hoyer (seu reserva) é uma opção mais segura e menos autodestrutiva (embora de menor potencial) que pode ser o que Chicago precisa em um momento que ainda não decidiu qual é sua identidade.

SAINTS sobre Falcons
SAINTS (-3) sobre Falcons

Na semana 1, o Saints foi exatamente o que tinha sido em 2015: um time com um grande ataque e uma defesa horrível, que anotou 34 pontos e ainda conseguiu perder a partida mesmo jogando em casa. Dai chegou a semana 2… e a defesa do Saints cedeu apenas 9 pontos (o resto veio de um retorno de FG bloqueado) para o ataque do Giants. E New Orleans ainda perdeu o jogo, porque seu poderoso ataque fez apenas 13 pontos. O que é… estranho!

E eu não acho que vá se manter — a semana 2 me parece uma ilusão esquisita que contraria tudo que sabemos (ou pensamos) saber sobre esse time. Eu previa alguma melhora defensiva pela saída de Rob Ryan, mas não vai se tornar uma boa unidade da noite para o dia dada a falta de talentos, e o ataque ainda conta com um dos maiores QBs da história da NFL e algumas boas armas. Espero uma volta à normalidade na semana 3.

Já sobre Atlanta, depois de duas semanas o que sabemos é que… eles são um time com um bom ataque e uma defesa ruim. Em duas semanas, o ataque de Atlanta anotou 59 pontos e viu a defesa ceder… 59 pontos. Funhé.

Eu sei que já falei isso semana passada e quebrei a cara, mas esse jogo tem tudo para ser o paraíso de Fantasy Football. E em um jogo tão parelho e imprevisível, eu fico com o time da casa.

Boa rodada a todos!

Record Semana 2: 8–8
Record Semana 2(Spread): 4–12

Record 2016: 19–13
Record 2016 (Spread): 11–21

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Blog brasileiro sobre esportes americanos. Economista de formação. Sabermetrista por paixão. Opiniões pra toda ocasião. Irritante. Às vezes sai algo que presta.