Negócios são… negócios? E de onde surgiram os negócios? Caem de árvores? Ou são parte da imaginação humana?

O quão forte são os elos da sua corrente?

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Todos já ouvimos a máxima: “negócios são negócios”. Mas eu acho essa afirmação muito curiosa. “Negócios” são entidades inventadas pelo ser humano. Não existem negócios sem pessoas. Então porque acreditamos que podemos desprezar o fator humano que existe dentro de todo negócio?

Olhar para o lado do negócio e também para o lado humano, colocando os dois juntos para tomar decisões, pode ser uma grande força para uma marca. A resistência de uma corrente está diretamente ligada à força de cada um de seus elos. E os elos do seu negócio incluem seus fornecedores, seus colaboradores e seus consumidores.

Por isso, marcas que empoderam seus colaboradores e consumidores se destacam. Grandes marcas da atualidade como Google, Amazon e Facebook colocam menos foco em propaganda e mais foco em melhorar suas comunidades. Ao construir e investir em suas comunidades, estas marcas fazem as pessoas se sentirem parte de algo que traz valor para suas vidas. E, se você confia na comunidade em torno de uma marca, automaticamente, você confia na marca.

Ao definir valores, missão e visão da sua empresa, na prática você está definindo em que direção você deseja orientar sua marca. As suas ações, em todos os âmbitos que tagem sua marca, devem reforçar esta direção. Mas o seu controle termina por aí. A percepção sobre a sua marca será determinada por seus consumidores e potenciais consumidores, funcionários e até fornecedores.

São estas pessoas que podem espalhar suas idéias e sua marca por aí, elas podem se tornar embaixadoras do seu negócio. Invista tempo e esforço no relacionamento da sua marca com estas pessoas. Sua capacidade de criar conexões entre as pessoas está diretamente ligada às chances de sucesso do seu negócio. Em última instância, empresas que ajudam as pessoas a terem sucesso, receberão esta ajuda de volta para se tornarem empresas de sucesso.

Por isso pequenos negócios podem ganhar poderosas ferramentas nas redes sociais. Elas trazem oportunidades para criar conexões. Mas não adianta sair se cadastrando e publicando em todas as redes sociais. A gestão da sua marca também deve estar presente aqui. No mundo das redes sociais, a consistência, coerência e adaptabilidade da sua marca passa a ser mais importante do que nunca.

Então, antes de começar a “falar” nas redes sociais, você também pode usá-la para observar e entender seu público. A melhor forma de começar um diálogo é ouvindo a outra parte primeiro. Em que rede social seu público está? Do que ele está falando? Com que frequência usa a rede social?

Procure as respostas para estas perguntas e faça experimentos — sempre se mantendo coerente com os valores da sua marca e alimentando relacionamentos de forma consistente. E então observe. O melhor das redes sociais é que elas permitem a você criar conexões humanas mas também são capazes de te fornecer números e métricas a serem analisados. Lado humano e lado negócio juntos. Me parece uma combinação poderosa.

Dani Lima é profissional independente, especialista em marcas e colaboradora na Abacomm. Não acredita em negócios, mas acredita em pessoas.

Este texto faz parte das “Cartas Criativas para Otimistas Incuráveis”.
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Dani Lima | Product Designer and Brand Designer
Chá com Design

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