Me recuso a viver de conversas superficiais para agradar e confortar a quem quer que seja.
Me recuso a aprender a amar quem não amo apenas para não correr o risco de sofrer demais.
O primeiro veio do olhar e do andar. Depois da chuva, da multidão, da sensação primeira de calor e liberdade. A cor do bloco era azul. Lembro-me do azul e dourado como se fossem aquelas gotas ofuscadas de brilho por causa da água que escorria delas.
“To aqui num momento nostálgico, lembrando das bexigas, pipocas, cantorias do meu ultimo dia… inclusive das minhas flores do Lucas. Lembrei de você, da Fezinha, da Ana (que mesmo na sua introspectividade foi uma cia linda)…
Queria muito fingir que faço parte da felicidade do carnaval. Até consegui. Fingi belos sorrisos, acredito que alguns até foram de verdade. Coloquei brilho no rosto, fiquei bonita, sensual. Recebi elogios, vi meus amigos e meus amigos me viram. Entrei no meio da multidão e confesso…
Eu amo as palavras. Acho que mais as amo do que sei efetivamente usá-las. Repito as palavras várias vezes, as mesmas palavras. Palavras, palavras, palavras. Gosto de gente que sutilmente, em poucas dessas palavras expressa sensações que se pode pintar. A gente dizia sempre que as palavras…
