Primeira retrospectiva do Coletivo de Design Disruptivo
Desde seu início e ao longo de 2018
Com muita emoção e agradecimento iniciamos a retrospectiva do ano em que iniciamos a expansão do Coletivo pela América Latina. Aprendemos muito de todas as pessoas, tanto das que nos apoiaram e participaram, como das que nos rejeitaram ;-).
RELEMBRANDO NOSSAS ORIGENS
Iniciamos nossa jornada em 2017, como um grupo de designers disruptivos em Guadalajara, México, inspirados por nossa Champion of the Earth da ONU, Leyla Acaroglu, em trazer os fundamentos do design e do pensamento sistêmico para outras pessoas que também estejam procurando uma mudança social e ambiental positiva.
Éramos três. Lula Toussaint, fundadora da Metta Coworking e Centro de Inovação Social, co-organizadora do TEDx Zapopan e participante da Unschool Fellowship New York 2015. Diego Del Moral e eu participamos da Unschool Masterclass México 2016. Na época, Diego dirigía a Red Activo Sustentable, uma organização do Conselho de Câmaras Industriais de Jalisco para promover a responsabilidade social corporativa a pequenas e médias empresas. Eu dirigia os programas de desenvolvimento do ecossistema de inovação do estado de Jalisco, na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia. Ambos dávamos aulas de empreendedorismo social em diferentes universidades da região e também coordenávamos as atividades de Social Valley, a comunidade de inovação social da cidade, em conjunto com outros amigos.
ANO NOVO, VIDA NOVA
No início de 2018, Lula começava um projeto disruptivo no setor imobiliário, o Espaço Moscou. E por disruptivo não nos referimos a uma startup baseada em blockchain e inteligência artificial… Falamos da reforma de um edifício onde trabalhadoras mulheres estão em igualdade com os homens, existem instalações decentes como banheiros e área para comer (o que deveria ser fundamental mas não é em obras como esta), comida saudável e nutritiva subsidiada para todos, reciclagem de materiais, entre outros.
[lembre-se como definimos Design Disruptivo aqui]
Em paralelo, Diego e eu decidimos nos dedicar em tempo integral a fazer do Coletivo de Design Disruptivo uma organização de maior alcance, verdadeiramente colaborativa e latinoamericana. Para isso, tomamos algumas decisões importantes:
- Desenvolveríamos a metodologia do Design Disruptivo para que fosse ainda mais adequada e efetiva de acordo à realidade de nosso continente, começando por um programa de formação para facilitadores da mudança social: o Bootcamp de Design Disruptivo.
- Neste momento, faríamos isso sem patrocínios, empréstimos ou editais. Procuraríamos as pessoas e organizações que vissem no Design Disruptivo o potencial para aumentar o impacto de suas ações, e assim financiar nosso crescimento e validar nossas iniciativas.
- Para tornar isso possível, decidimos ser nômades e minimalistas. Deixamos nossos empregos, vendemos praticamente todas nossos pertences materiais e ficamos com uma mala cada um. Tentaríamos nos basear na economia colaborativa sempre que fosse possível.
FEVEREIRO
Não poderíamos ter começado melhor acompanhados. Nossos dois primeiros parceiros foram o CISAI — Centro de Inovação Social de Alto Impacto, estabelecido no ITESO, a Universidade Jesuíta de Guadalajara, que nos encomendou a formação de seus pesquisadores associados; e Tracsa CAT, uma empresa de maquinária pesada interessada em desenvolver as políticas de gênero da empresa em co-criação com seus funcionários e funcionárias.
MARÇO
Iniciamos a viagem por Bogotá, Colômbia, com outros dois parceiros muito importantes em nossa trajetória: a Universidade dos Andes e o Impact Hub Bogotá. Com Innovandes e a RAD (Rede Acadêmica de Design da Colômbia), realizamos um workshop para seus professores e alunos; e com o Impact Hub realizamos nosso primeiro bootcamp fora do México.
ABRIL
Passamos por Quito, Equador, para conversar com pessoas e organizações interessadas sobre o Design Disruptivo e possíveis projetos na cidade.
MAIO
Chegamos a Lima, Peru, graças a nossa querida amiga María Paz Cigarán e toda a equipe da Libélula e Nexos +1, além do apoio por parte das incríveis Heléne Kergoat e Judith Huamani de Makesense Peru.
JUNHO a JULHO
Neste momento finalizamos a etapa andina de nosso tour e regressamos ao México para realizar o Bootcamp de Design Disruptivo com o Impact Hub DF e fundar um Nó do Coletivo na Cidade do México.
AGOSTO a NOVEMBRO
O segundo semestre de 2018 foi dedicado a adaptar, traduzir e realizar nossas atividades no Brasil, agora em português. Estivemos nas cidades de São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro e Campinas, graças à parceria com organizações como o Impact Hub São Paulo, ELIS e seu anfitrião deste ano WeGov, Social Good Brasil, Nex Coworking, Housidea e Caiena.
E PARA 2019…
Antes de tudo, queríamos agradecer a todos que nos apoiaram em nossa missão este ano. Além das pessoas nessas fotos, existem muitas mais com quem conversamos sobre ideias, projetos e sonhos, e isso nos inspirou muito para chegar até aqui.
Alguns agradecimentos nominais:
- Letícia Silva, Anel Ortiz, Kenza Zouaoui, Araceli Campos, Henrique Bussacos, Rafael Achondo, Xoán Fernandez, Beatriz Guillén, Juan Del Cerro, Gabriela Rocha, Paula Gutiérrez, Freddy Zapata, María Paz Cigarán, Heléne Kergoat, Judith Huamani, Leonardo Herrera, Ana Osorio, Gemma Santana, Ury Sarabia, Gabriela Tamura, Bruno Cheuiche, Florencia Estrade, Sandra Ortiz, Luciana Brasil, Leonardo Letelier, Vitor Galvani, Luisa Pereira, Lorena Oliveira, Juliana Teles, Renata Alves, Guilherme Ralisch, Roberta Rossi, Fernanda Zanelli, Ana Carolina Tomasini, José Edson Santos, Leonardo Andrade, Caio Marques, Eduardo Assis, Bruno Rigolino, Giuliana Wolf, Rebeca Bissoli, Stefanie Falconi e todos os assistentes de nossos programas este ano pela confiança, participação, recomendações, compreensão nos momentos necessários e parceria para que pudéssemos ter chegado até aqui.
- Joyce Tognola, Violeta Hernández, Dona Martha Espinosa, Flávia Hosken, José Edson Santos, Tomé Yoshida, Juliana Almeida e meus pais pelas hospedagens gentilmente cedidas.
- Meu irmão Guilherme, pelo novo logo do Coletivo criado em fevereiro deste ano e um futuro vídeo que vem por aí (dêem uma olhada no portfolio dele!).
- Luisa Lima, pela análise de nossa comunicação como Coletivo e sua proposta de nova estratégia desenvolvida em outubro.
- E muitos outros!
Aprendemos muito este ano. Confirmamos algumas de nossas suposições, e rompemos outras. Com isso, reforçamos nossos valores — como a colaboração, a abertura e a participação — , e refinamos nosso impacto esperado:
- Contribuir à mudança sistémica de problemas sociais complexos,
- Contribuir ao desenvolvimento de novos modelos para o impacto coletivo e ecossistemas mais saudáveis,
- Democratizar o conocimiento e fortalecer os facilitadores da mudança social.
Agora estamos trabalhando em nossos planos para 2019. Entre nossos desafios, estão fortalecer a participação e autonomia dos membros do Coletivo, melhorar nossa comunicação e transparência, gerar mais conhecimento e ferramentas, fazer mais eficientes as atividades já existentes e provar novas linhas de ação. Por issso, é provável que antes de levar o Coletivo a novos países, reforcemos nossa atuação nos lugares onde já formamos nós e realizamos atividades.
Se você gostaria de participar das iniciativas do Coletivo de Design Disruptivo, especialmente nos desafios mencionados, adoraremos escutar suas ideias! Escreva-nos a colectivo@disenodisruptivo.com e conte sua proposta e como podemos colaborar :)