o tempo me fogeenquanto contocomo todo hojeé um quanto
invento agoraspara quandofor horado quebranto
.Vínculos
na espera da criação,subverto o agora — minhas raízes sãoo que nunca sinto.
.Retroalimentação
[#1]em círculosmurros em pontas de mimfacas feitas de angústiasrasgam pensamentossem filtro -tudo está atrás do fimque não existemais
como que retirado do ventre,nasce um triste poema.pequeno, intenso; por entreprovas de nenhum teorema.
.Cansaço
engulo os dias comoquem ora.as horas passammarcando os azulejosda cozinha.sozinha, espero a fome de viver,arrancando dúvidaspela raiz.
.Sonhos
meus sonhos eram comoo céu de manhã cedo.saia do chão e voavacom pressa, sem medo.
.Clima
primeiras horas:hoje o céu estava ensolarado — quem chovia era a gente.
.Vista
neblinas se formam como a sublimação de uma melancolia.quenturas internas fogem com o sol.horinzontamos nossa confusão mais pura:é noite sem noite. é vida sem vida. e só.
.Cópia
sem subjugar a imagemforço garganta a dentrosegundo não redenção
.Internar
lapso subjetivo. várias formas de pensar.filosofia existencial. corpo a não vagar.entre olhares perdidos, sou um deles.entre almas sem lar, sou uma delas.