Crianças na creche

Para enfrentar a jornada dupla, mães deixam filhos em creches, mas é preciso ter alguns cuidados

Mães se dividem na dupla jornada dos afazeres domésticos e do trabalho remunerado fora de casa. Isso resulta na procura de alguém que possa cuidar das crianças. Algumas optam por deixar com os avós, vizinhas, babás, conhecidos ou em creches. É o caso de Vanuza Rezende, Nayla Kelly e Íris Rodrigues que, ao saírem para trabalhar, tiveram que deixar os filhos em alguma instituição.

Imagem: Canva

Vanuza, 44 anos, é mãe do Danilo, 11 anos, e da Patrícia, 4 anos. Por trabalhar das 10h às 18h, precisou procurar alguém para cuidar dos filhos. Após a aposentadoria dos avós, as crianças passaram a ficar com eles. Um acidente com Nazir, mãe de Vanuza, a deixou com problema no joelho, o que dificultou para cuidar dos netos durante o dia. Ela, então, decidiu por colocar a filha mais nova na creche por pelo menos meio período, enquanto o mais velho vai para a escola.

A dupla jornada de Vanuza com as crianças

Nayla Kelly, 28 anos, é mãe de Heitor, 2 anos, e teve dificuldades para encontrar um lugar de confiança. Ela deixava o filho a avó, que depois de um tempo voltou a trabalhar. Como a sogra já olhava outra criança, a única opção foi procurar uma instituição para cuidar do filho durante pelo menos meio período.

Heitor passa meio período na creche enquanto a mãe e o pai trabalham

Íris Rodrigues tem três filhos e um neto. Por ser a única provedora da casa, não podia deixar de trabalhar. A opção foi tentar vagas em creches públicas, já que o dinheiro sempre foi contado para as despesas essenciais. Amanda, filha mais velha, hoje com 22 anos segue o mesmo caminho da mãe, deixa o filho em uma instituição para garantir o sustento dos dois.

O atendimento das crianças da família de Íris em creches tem se repetido a cada geração

Na hora de escolher um lugar para deixar as crianças, é preciso analisar vários aspectos. As dúvidas são frequentes. Confira as dicas da pediatra Andrea Kasmim sobre como encontrar o local ideal, evitar doenças e identificar sinais de como as crianças reagem ao atendimento.

As orientações são gerais, e cada caso é individual. Na dúvida, procure um pediatra.

Segundo a Secretaria de Educação, em 2017, havia 428 creches no Distrito Federal. Destas, 14 são públicas, 95 conveniadas e 319 particulares. Quase 28 mil crianças foram atendidas no ano passado. Desse total, apenas 637 pela rede pública. No momento, o déficit de vagas para crianças de 0 a 3 anos é de aproximadamente 16 mil.

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