A comunicação não-violenta em tempos de quarentena mundial
Que tal conversarmos um pouquinho sobre as relações dentro dos ambientes de trabalho nesse atual cenário? No texto dessa semana, eu te convido a refletir sobre esse tema e também trago algumas sugestões de como praticar a comunicação não-violenta, vamos lá?
“Por que você não entregou o relatório ontem?”
“Verifiquei e vi que o seu relatório não chegou ainda. Está tudo bem com você? Aconteceu alguma coisa? Posso ajudar em algo?”
Duas frases com o mesmo intuito apenas escritas de formas diferentes. A diferença? A empatia pelo outro. Em tempos como o que estamos vivendo, a interpretação em relação ao que falamos se tornou cada vez mais provável de múltiplas possibilidades, começamos a conversar uns com os outros exclusivamente através de telas de metais frias, por onde podemos ou não demonstrar as nossas verdadeiras reações e intenções.
Quando pensamos nisso no âmbito das relações de trabalho, é inevitável não refletirmos sobre o efeito que o “home-office” causou em todos nós. Foi necessário que criássemos uma nova forma de trabalhar, de uma maneira que até o trabalho começou a dormir ao lado da nossa cama e as relações entre organização e colaboradores tornou-se cada vez mais sensíveis.
Mas não podemos esquecer nunca que quem faz uma organização funcionar são os colaboradores e que sem eles nada se torna possível. Então, se a minha organização não buscar ajudar e facilitar a vida do meu colaborador, como eu posso esperar que ele me entregue um alto rendimento?
Recentemente chegamos em um total de 400 mil mortes de pessoas infectadas pela covid-19 no Brasil. Mais de um ano vivendo em uma pandemia, a maioria de nós já perdeu algum conhecido ou até mesmo familiares. E é inivitável que isso nos afete de uma forma extremamente ruim, afetando também a nossa forma de agir com o outro. Muitos se encontram tristes, passando por lutos e grandes conflitos internos, o que faz com que muitas vezes acabemos intensificando conflitos. E tudo isso ocorre necessariamente através da comunicação, seja ela verbalizada ou não.
Pensar a comunicação não-violenta é totalmente essencial para conseguirmos driblar todas essas situações. Sabemos que ouvir e entender o outro pode ser um pouco cansativo, mas você já buscou fazer o exercício de ouvir sem preparar automaticamente uma resposta em sua mente? Que tal tentar praticar uma escuta ativa?
Lembre-se do poder da mudança, através dela podemos gerar toda uma nova construção de hábitos que podem ser saudáveis, mesmo através de uma tela de computador. A comunicação não-violenta é a nossa maior aliada!
Tenho algumas sugestões de como iniciar uma comunicação não-violenta junto da sua equipe:
- Procure iniciar as reuniões com assuntos mais voltados para o bem-estar do outro: “como você está?” “como está a sua família?” para só depois iniciar as pautas do dia.
- Parabenize o outro pelas conquistas mesmo que seja algo pessoal.
- Dê feedbacks dos trabalhos realizados.
- Reconheça o esforço da equipe.
- Evite usar da agressividade para obter o resultado esperado.
Aqui no blog também já trouxemos alguns assuntos relacionados a esse tema:
- Desafio: cultura organizacional e home office
- Relacionamentos em tempos de quarentena
- As relações em tempos de pandemia
- Comunicação adaptada?
Que tal tentar começar agora mesmo a praticar algumas dessas dicas?
Beijos da vane, até a próxima! ❤️
