Para reavivar nossas crenças — O Terceiro Ano em Jornalismo
Experiências além da faculdade agregam bastante e fazem de 2017 um grande ano
Nunca desisti dos valores da profissão que quero seguir. Há dois anos, quando decidi entrar na faculdade, tomei uma decisão que, se não a tomasse, me arrependeria pelo resto da minha vida. Algo semelhante ocorreu em 2017. Uma viagem para outro estado para uma das experiências mais marcantes e incríveis da minha vida ratificaram a ideia de que a faculdade não é apenas o dia a dia, mas também o que você faz durante esse tempo.
E em meio a tantos passaralhos, tanto pessimismo e dúvidas quanto ao jornalismo, a viagem para o Festival 3i realizado no Rio de Janeiro em novembro, me marcou exatamente por reforçar as minhas crenças quanto a profissão. Neste evento, foi possível ver pessoas que acreditam que reinventar é possível e que buscam caminhos para tornar sustentável e rentável as novas ideias. Além disso, discussões atuais sobre jornalismo (como as ‘fake news’, os robôs nas discussões políticas, ‘fact-checking’ e ativismo) estiveram em pauta.
- Assista às palestras na íntegra — Festival 3i — A principal palestra é a do dia 1, que fala sobre ativismo no jornalismo (vídeo 1, a partir do tempo 7h50min), em que a fala de Pedro Doria, diferente dos outros integrantes da mesa, critica a postura ativista dentro jornalismo. Muito daquilo que eu penso.
Voltei para a faculdade cheio de ideias e com lembranças fantásticas.
Sem contar que, assim como ano passado, 2017 foi um ano recheado de histórias, polêmicas, discussões sobre diversos assuntos e bem intenso. Pelo lado bom, felizmente entre muitos, posso adicionar que vi de perto Zico e Cafú, dois caras fenomenais para quem gosta de esportes. Ah, fui em um evento em comemoração ao centenário de Palmeiras e Corinthians por iniciativa própria mesmo torcendo para uma outra equipe. Sem contar que vi e revi pessoas que foram muito importantes para mim.
E, meu blog (#OAlanbrado) teve menos publicações comparado à 2016. Um dos motivos para isso é a falta de tempo. Queria me dedicar mais, mas foi um ano bem corrido, que, em compensação, consegui fazer outras coisas.
Entre elas, lancei um projeto que não foi adiante, mas quero mantê-lo e fazer algo com ele, que é o Foca em Formação, blog que, no conceito, traz a visão de um estudante de jornalismo sobre jornalismo, como estes textos que escrevo.
Na faculdade, algumas experiências foram bem legais. Fora dela também. Além da viagem, fiz bastantes cursos, fui a algumas palestras e eventos. Claro, houve os momentos mais difíceis, o que é normal. Gabriel García Marquéz escreveu que a vida não é a que a gente viveu, e, sim, a que a gente recorda, e como recorda, para contá-la.
Segue o meu relato do que me lembro deste ano.
O Quinto Semestre
É, passamos da metade. Entre as matérias deste semestre, as práticas sempre são as mais aguardadas. Neste semestre na UNIP, as matérias com mais teoria foram Metodologia do Trabalho Acadêmico (matéria bem importante para o TCC), Estado e Sistemas de Poder (bem legal para quem gosta de política) e Cultura Brasileira Contemporânea (assim como algumas outras matérias, o conteúdo desta se assemelha com uma que vimos no começo — no caso, Homem e Sociedade. É bom para reforçar o que já vimos).
Agora as práticas. Foram três e, em cada uma, tive uma responsabilidade bem bacana. Em Fotojornalismo, fizemos, além de uma exposição, um espaço online para compartilhar as fotos que produzimos para a matéria. O site e a página no Facebook foram criados por mim. ;) Esta matéria foi uma continuação de Fotografia (que tivemos no segundo semestre).
Ainda, tivemos Produção Jornalística em Rádio, vulgo Radiojornalismo. Particularmente, sou apaixonado por rádio. Mesmo sempre acompanhando há muito tempo, confesso que pensava saber mais sobre a história. Além de aprender sobre isso, fizemos com toda a sala um piloto de um programa radiofônico. Ah, e eu fui um dos âncoras. :D
Por fim, Jornal Laboratório. Assim como em rádio, a sala toda foi responsável pela elaboração de um jornal impresso. Apesar de tudo, conseguimos fazer. Neste, fui o editor de diagramação do impresso e do site. O site, por sinal, ficou bem bacana. O impresso também ficou legal. Divulgarei por aqui assim que tiver concluído 100% (alguns detalhes ainda faltam ajustar).
Sem nenhum grande susto, passei de semestre.
O Sexto Semestre
Ih, rapaz!! Tá acabando. Deveria ficar mais fácil, mas a grande quantidade de feriados e um pouco do cansaço de algumas coisas fizeram do ano, deste semestre em particular, um pouco mais “arrastado”. Não diria que é desânimo, mas cansaço mesmo. Sem contar que as matérias foram menos empolgantes.
Jornalismo Político e Econômico foi uma matéria legal, que esperava bastante. O nome já é bacana. O “ruim” mesmo foram as datas, que coincidiram com um monte de emendas de feriados.
Outras matérias deste semestre foram Jornalismo Interdisciplinar (uma visão geral sobre tudo), Métodos de Pesquisa (se relaciona um pouco com Metodologia do Trabalho Acadêmico, descrito acima), Oficina de Linguagem (aquela em que trabalhamos nossa escrita, o que é bem importante), História da Arte e Políticas Públicas em Comunicação.
E tivemos também Produção Jornalística em Audiovisual. Nela, vimos como é a produção de um produto jornalístico televisivo. E fizemos um piloto de um noticiário.
Agora falta apenas um ano. O que eram quatro longos anos, está a poucos meses do fim. É algo importante e que faz com que olhemos não só para o início do curso, mas desde quando decidimos nos tornar jornalistas. A viagem para o Festival 3i, aliás, foi muito importante para mim também por isso: em meio a tantos problemas, picuinhas e intrigas, lembrar do porquê escolhemos este curso, dos nossos valores, daquilo que acreditamos que é essencial.
Em 2017, fiz coisas que não imaginaria fazer. Me orgulho pelo resultado, seja do jornal impresso, do programa de rádio, dos sites que criei, do segundo ano de #OAlanbrado, de continuar trabalhando, enfim.
O desejo para todos segue sendo que seja um bom ano. Mais do que nunca, paciência e fazer com quê as coisas aconteçam da melhor forma. É o último ano. Ano do temido TCC (ou, para gente, Projeto Experimental). Estou, ao mesmo tempo, ansioso e preocupado, mas confiante. Espero, aliás, criar um “diário” na construção deste trabalho, para tentar inspirar alguém que deseja fazer jornalismo, assim como outros fizeram e me inspiraram.
Desde já, a todos que de alguma forma fizeram parte disso tudo, obrigado!