Os game studies em tempos de quarentena
Mesmo com pandemia, o Game Clube jamais poderia parar.
O que você tem feito durante a pandemia de Covid-19? Talvez lido bastante, feito yoga, cozinhado, assistido filmes. Embora o já infame fear of missing out nunca tenha ficado tão forte quanto está nesse turbilhão de ofertas de mídia, parece um tanto quanto óbvio dizer que o Game Clube tem direcionado boa parte de sua atenção aos… jogos.
Claro, a gente vê uma série aqui e um filme ali, mas parece existir uma sensação reconfortante em poder interagir de forma mais agencial com mundos que te permitem matar demônios, destruir mega corporações ou só levar uma vida tranquila numa ilha. Não se trata de puro escapismo (mas não seria problema algum se fosse), mas justamente do contrário: jogar em tempos de quarentena serve para que a gente possa relembrar, ressignificar e nos realocarmos em um mundo que parece perder sentido aos poucos.
Para o Game Clube, interagir com as mídias lúdicas significa, entre várias coisas, compreender as formas que elas tomam e os efeitos que podem causar em todos nós. Nesse período atípico pelo qual passamos, nossa missão com a ciência e a educação parece tomar novos sentidos, e é justamente pelo comprometimento com essas duas esferas, pela competência científica que o grupo apresenta desde sua fundação, e pelas lentes epistemológicas através das quais pesquisa a ludicidade, que o Game Clube jamais poderia ficar inativo em tempos como esses.
Embora não possamos realizar eventos — a principal forma pela qual nos conectamos com nosso público — manteremos uma agenda de produção de conteúdo ao longo desse semestre que, no mínimo, tem o potencial de servir de passatempo para aqueles que acompanham nosso trabalho, mas que, esperamos, possa ainda instigar a mente dos jogadores, ajudá-los a melhor atravessar os próximos meses, informar sobre questões pertinentes a nossas vidas e gostos e até mesmo servir como base para pesquisas futuras no campo dos game studies.
Ao longo das próximas semanas o Game Clube postará uma série de textos sobre o jogar em tempos de quarentena. Você vai poder ver ensaios sobre práticas sociais nesse recorte temporal, dicas de jogos gratuitos, análises de lançamentos, notícias sobre o papel dos jogos em situações complexas, artigos de opinião e muito mais. Tudo escrito por quem trabalha, pesquisa e vive com games.
O material semanal será postado aqui no nosso Medium, com chamadas no Facebook e no Instagram.
Fique atento à nossas redes e, enquanto isso, fique em casa o máximo que puder, jogue games e, mais importante, cuide dos seus.
Textos já publicados:
- O voyeurismo nos games, por Dara Coema;
- “Falta quem entrar?”, por Dinho Senos;
- MSX, Kojima, Death Stranding, por Emmanoel Ferreira.
Lucas Oliveira é graduado em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense e Mestrando em Comunicação, pela mesma instituição.
