Mais que Jogo | Análise 2020

Diego Santos
MaisQueJogo
Published in
4 min readDec 29, 2020

Bem-vindo ao Mais que Jogo!

A nova realidade

2020 ficará na história após uma dura realidade mudar a vida de pessoas do mundo inteiro e exigir novos hábitos e novas soluções.

O mundo dos Jogos de Tabuleiro também foi afetado. Vimos lançamentos sendo adiados, enquanto surgiam promoções de um lado e preços exorbitantes do outro… a venda on-line segurando as pontas enquanto lojas e luderias seguravam as contas.

A galera experimentou e consumiu mais conteúdo digital e até investiu em jogos print-and-play (imprima e jogue). Quem ficou em casa com amigos ou a família pode ter visto nos jogos físicos uma salvação ao isolamento e tédio.

Rococo Deluxe foi comprado ainda em pré-venda no início do ano, chegando somente em Dezembro

Por aqui o saldo foi positivo. Foram algumas compras e muitas mesas, especialmente quando vimos um ambiente mais controlado.

Os desafios

Comecei esse ano com um desafio pessoal de conhecer 50 jogos e jogar minha coleção e jogos de amigos pelo menos 5 vezes cada. Já adianto que concluí nenhum, mas dadas as proporções vejo um saldo bem positivo!

Há algum tempo faço uso do aplicativo BG Stats (Android) onde armazeno dados sobre minhas partidas. O app é gratuito e possui uma versão paga com mais funcionalidades.

Os “somente” 22 jogos conhecidos esse ano foram em grande parte pelas novas aquisições. Percebo também que infelizmente não joguei Root (Meeple BR), Rising Sun (Galápagos Jogos), Great Western Trail e Capitão Sonar (ambos Conclave Editora) — jogos que dependiam fortemente dos grupos de amigos para vê-los na mesa.

Em contrapartida, Gloomhaven (Galápagos Jogos) roubou cena e tempo como o mais jogado de 2020 desbancando o campeão Terraforming Mars (Meeple BR) para ser a salvação da quarentena.

Os 10 mais jogados em 2020

Outras boas surpresas que conheci esse ano foram On Mars (Mosaico Jogos) e The Gallerist (Fire on Board), ambos do design Vital Lacerda. Dos que não rolaram química, Conquistadores de Midgard (Mosaico Jogos) e Prehistory (Meeple BR) já foram para novos donos.

Alguns chegaram bem atrasados na coleção e se revelaram excelentes jogos. No limite deste fim do ano joguei Rococo: Deluxe Edition (Mosaico Jogos) e Tapestry (Grok Games). Gosto de jogar mais partidas para formar uma opinião concreta, contudo, adianto que valem a pena conhecer!

Conhecendo Tapestry — uma das boas surpresas de 2020

O jogo de 2020

E qual seria o melhor jogo de 2020???

Por mais que eu evite ranquear jogos, pelo conjunto da obra — arte, tema, narrativa, mecânicas, entretenimento (e o momento pelo qual tive oportunidade de jogá-lo) — Gloomhaven foi o jogo do ano para mim.

Que fique claro que ele pode não ser o melhor jogo do mundo — e certamente não é com tantas opções já lançadas que nem fazemos ideia! Esse ano muitos jogos chegaram ao mercado nacional. Muita coisa boa para todos os gostos e bolsos, grupos e momentos!

Uma das 90 partidas de Gloomhaven em 2020

Gloomhaven se destacou por ser um jogo autêntico e envolvente — arrisco dizer ser o casamento perfeito entre o ameritrash e o eurogame — que despertava aquela vontade única de explorar mais e mais, e assim os dias eram vencidos com mais tranquilidade.

Para o próximo ano ainda fico na espera de jogos adquiridos em pré-venda ou financiamento coletivo que não chegaram: Cosmos (Dijon Jogos), The Few and Cursed (Conclave Editora), Exit: A Montanha-russa Assombrada (Devir Brasil) e a expansão Viticulture: Tuscany (Grok Games).

Quais bons jogos mais 2021 reserva?

A todos um feliz Ano Novo com muita saúde e muita jogatina!!!

Feliz Ano Novo!

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