2016

Cintia Reinaux
Não sei desenhar
Published in
3 min readDec 30, 2016

O primeiro host do Aprendiz nos EUA se tornou personalidade do ano da Time e presidente do país. Os eleitores do Reino Unido optaram por fazer o mundo inteiro perguntar ao Google o que é Brexit. São Paulo também elegeu um ex-apresentador de reality show para governar sua cidade. Duas pessoas morreram no desabamento de um trecho da ciclovia Tim Maia, no Rio. O juiz Sérgio Moro e o japonês da federal tiveram muito trabalho em 2016. Foram presos Eduardo Cunha, Garotinho, Sérgio Cabral e sua esposa, entre outros.

Starman voltou pra casa. Snape o acompanhou. Leonardo finalmente levou o Oscar, mas Glória Pires ganhou os memes mais engraçados. Quem é essa aí, papai? Policial ou traficante? Não sou capaz de opinar. MC Biel e Vin Diesel pediram desculpas por assediar suas entrevistadoras. Deadpool foi uma bela surpresa. Marvel e DC decepcionaram. Eleven curte waffles. Hodor segurou a porta. A atuação de Anthony Hopkins ofuscou a nudez de Rodrigo Santoro em Westworld. O mundo é um lugar mais triste sem Gene Wilder.

Gisele roubou a cena na abertura das Olimpíadas. Rafaela Silva deu um ippon no preconceito e levou pra casa o primeiro ouro do Brasil na Rio 2016. Thiago Braz surpreendeu o francês e bateu o recorde no salto com vara. Isaquias Queiroz fez história com 3 medalhas. O vôlei masculino dominou na areia e na quadra. Conquistamos ouros inéditos no futebol e no boxe. Fechamos com uma grande festa e Ryan Lochte foi o único a dar vexame.

Rafaela Silva, ouro no judô. Foto da Folha por Marco Galvão/Fotoarena/Folhapress

Já faz 84 anos que estamos no mês de agosto. Obrigada, Uber! Será que só eu acho que… Ah, sim! Só você! Diferentona! Fátima se separou do William e o Brad da Angelina, mas Bruna voltou com Neymar. Felipe Massa se despediu da Fórmula 1. Jô Soares apresentou o seu último programa na Globo. Na música, o nosso adeus a Prince, Leonard Cohen e George Michael. No que é que deu mesmo aqueles documentos do Panamá? A Microsoft comprou o LinkedIn, a AT&T comprou a Time Warner e a Disney está de olho na Netflix.

Em 2016, os políticos aprenderam que tudo bem mexer em nossas aposentadorias, mas que a franquia de dados da internet fixa é off limits. O Whatsapp foi bloqueado de novo. Não vai ter golpe! Pela família brasileira e pela paz de Jerusalém, eu voto sim! Tchau, querida! Bolsonaro não me representa. Até a bandeira do Japão foi vítima da polarização do país. Não à PEC 241! Não à PEC 55! Ana Júlia Ribeiro falou bonito. 12 milhões de desempregados. 2 mil casos de microcefalia. Não à cultura do estupro!

O pequeno Omran comoveu a todos e nos mostrou a verdadeira face da guerra na Síria

Dylan ganhou o nobel de literatura. Madre Teresa foi canonizada. O Velho Chico levou consigo o ator Domingos Montagner. O eterno capitão da seleção nos deixou. Dezoito vidas foram interrompidas na curva da Rodovia Mogi-Bertioga. Obama visitou Cuba. Fidel partiu. A Síria continuou em guerra. Rússia e EUA ensaiaram retomar a Guerra Fria. Estamos quase chegando a 1984, só que, em vez do duplipensar, temos a pós-verdade. As máquinas já sabem aprender, agora só falta as escolas ensinarem a pensar.

O Palmeiras foi campeão, mas o verde que tomou conta do futebol foi para homenagear a Chapecoense. #ForçaChape. Valeu por tudo, princesa Leia! Descanse em paz, Debbie Reynolds. Vixe Maria, que esse ano passou mais rápido que a moda do Pokémon Go. Tá tranquilo, tá favorável. Baidu instalado com sucesso. Acaba, 2016! Seja bem-vindo, 2017!

Texto inspirado nas inesquecíveis retrospectivas de Alexandre Inagaki.

» Leia as retrospectivas de 2017, 2018, 2019 e 2020.

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Cintia Reinaux
Não sei desenhar

Pernambucana desenrolada, canhota, blogueira raiz, youtuber nutella e podcaster café-com-leite. Criadora do @vidadetrainee