Estranheza e recomeços

Daniel Muñoz
Nativo Estrangeiro
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4 min readApr 8, 2019

Se esta carta chega apenas àqueles que seguem Nativo Estrangeiro, não pode ser um mistério para vocês a relação direta desta publicação (e da minha vida, afinal eu sou o tema aqui, como um bom narciso) com as sensações de estranheza e pertencimento.

Com certeza estas sensações fazem parte de mim, desde que eu me considero lúcido o suficiente para pensar no existencialismo em que às vezes me perco. Depois de alguns literais tombos pelas calçadas de São Paulo, porque eu não conseguia mais caminhar, sem estar pensando na vida, percebi que precisava de uma nova forma de libertar as principais aflições existenciais que minha cabeça adorava ficar mantendo em eterna obsessão.

E aqui no Medium a minha presença já estava marcada, porém não dividida hoje como está, em três publicações que eu edito (ou controlo, afinal, são minhas, e vou exercer com totalidade o meu poder de posse sobre elas).

  • Desavisados se atualizem, além de em Nativo Estrangeiro, também escrevo regularmente para as publicações Mel de Vespas e Soixantaine. Não vou fazer muito suspense, então contarei de prontidão, os que se inscreverem naquelas publicações também, receberão algumas mensagens surpresa em suas caixas de entrada, assim como esta carta que você está agora lendo!
  • https://medium.com/mel-de-vespas
  • https://medium.com/soixantaine

Nativo Estrangeiro se tornou o lugar para eu ventilar estes sentimentos que eu tinha sempre. E fico feliz em anunciar que funcionou lindamente, para os preocupados que aqui me leem, afirmo que não mais estou caindo pelas calçadas!

Nestes últimos tempos, as minhas últimas obsessões estiveram muito intimamente ligadas a ideias de recomeços. Inclusive, me gerou um texto do qual gosto muito, onde eu liberto toda a minha velhice, discutindo como os jogos de videogames estavam modernos demais para mim.

https://medium.com/nativo-estrangeiro/a-morte-ou-outra-chance-dfc74ae02753

Afinal eles hoje parecem definidos e desenvolvidos para que não possamos mais perder, e isto é assustador. Afinal se eu que julgo que não sei lidar com dores e sofrimento, posso ter muito medo deste prelúdio anunciado. Temo de verdade por como serão as condições psicológicas das próximas gerações.

Assistam The Bookshop!

Apareceu pela publicação também um texto sobre um filme, já não muito novo, que assisti com a minha esposa no carnaval, já que ela havia retirado os dentes do siso e não poderia fazer coisas mais dinâmicas. E sim, normalmente faço minhas resenhas de filmes em Soixantaine, (e continuarei fazendo isso, acompanhem!) mas o grande diferencial deste filme foi além do que ele era, mas dos sentimentos de empatia que sempre tenho por personagens vistos como estrangeiros.

https://medium.com/nativo-estrangeiro/o-sopro-no-castelo-de-cartas-f8b808ee797e

Para os que me conhecem, isto pode ser um pouco óbvio, para os que não conhecem, guardo esta história para outro momento. Mas considerando-me alguém criado numa cultura um pouco externa ao local aonde eu nasci, sempre vivi um pouco como aquele estrangeiro que todos olham, mesmo tendo nascido aqui mesmo.

E muitos vão dizer que isso tudo está só na minha cabeça, mas: e se estiver, por isto que não é verdade?

Não muito tempo atrás, finalmente escrevi e liberei o meu texto quase confessional e apaixonado sobre a minha relação com o jornalismo. Esta história me doeu para sair e estava no meu plano, sendo deliberadamente esquecida, desde o comecinho deste ano. Não há muito como eu explicar melhor do que eu já pude fazer no texto, portanto os curiosos que leiam!

https://medium.com/nativo-estrangeiro/botas-de-rep%C3%B3rter-41d355d5726c

Pretendo com uma frequência razoável usar desta ferramenta de contato direto para mandar pequenas cartas àqueles que escolheram estar presentes neste pequeno e seleto grupo dos que leem as minhas loucuras, prometo sempre que puder contemplar especialmente as pessoas que estão aplaudindo e respondendo ao meu trabalho no Medium.

Gostaria de receber ao máximo o feedback de todos que gostam de ler o que eu escrevo, afinal, além de qualquer outra pretensão que eu possa ter, estou definitivamente escrevendo com o intuito que vocês leiam.

Todos os afetos na assinatura, do seu Nativo Estrangeiro,

Daniel Muñoz

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Daniel Muñoz
Nativo Estrangeiro

Um dia jornalista, hoje historiador. Escrevo só sobre o que quero e quando acho que tenho algo a dizer. Para mim é importante a diferença entre Ochs e Dylan