Review — Life is Strange (Episódio 4)

Felipe Massahiro
Nerd / Articles
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3 min readJul 28, 2015

Após o gigantesco cliffhanger deixado pelo final do episódio 3, chega a tão esperada hora do penúltimo episódio da série Life is Strange. Dark Room traz mais puzzles dentro de diálogos que utilizam os poderes de Max para voltar no tempo.

Contudo há uma novidade bastante interessante na forma de interação. Com o desenrolar da história de mistério, surgem elementos de investigação que foram utilizados de maneira simples, porém que entretém bastante. Procurar pistas e cruzar referências nas evidências, se mostrou um passatempo bem legal e desenvolvido.

Tentei não colocar spoilers nesta review, mas ainda recomendo terminar o episódio 3 antes de prosseguir. Não vou contar detalhes da história, mais como a mecânica e os eventos desenrolaram no aspecto geral da trama.

Mais surpreendente do que as revelações feitas nesse episódio, foi o seu início. Senti-me em uma história completamente diferente, como se o jogo tivesse reiniciado e que de alguma forma, seria possível seguir nesse novo enredo. Não sei como a empresa pensa em utilizar esse evento que possivelmente deixou muitos jogadores chocados. Pensei um pouco em como esse espaço serviria para complementar a história e se o ocorrido será utilizado mais para frente em relação ao desenrolar da trama.

Talvez o final do episódio 3 para o início do episódio 4 tenha servido para mostrar, não apenas a Max, mas para os próprios jogadores, a responsabilidade dos poderes da personagem, suas consequências perante as escolhas que realizamos e, principalmente, serviu como um agente balizador da realidade. O evento que faz com que Max aceite o fato de que seus poderes não devem ditar suas escolhas.

No geral, Dark Room é um episódio que consegue manter o fôlego da série, trazendo alguns elementos novos e dando uma maior ênfase nas revelações. Através de elementos de investigação, o episódio é bem mais dinâmico em certos aspectos que os anteriores e prossegue a história com muita maestria. Como já havia mencionado na review dos episódios 1 a 3, o uso de clichés é colocado com tamanho cuidado na desenvoltura da série, que mesmo após 4 episódios, tudo consegue trazer um ar de novo. Ainda mais forte no 4° episódio da série é a referência com o filme Efeito Borboleta. Contudo, há uma lição moral muito mais forte, impactante e em uma história repleta de mistério que mescla muito bem a sobrenaturalidade com a realidade.

Mesmo com essa excelente continuação, o episódio 4 me pareceu trazer menos escolhas do que nos episódios anteriores. Parte disso se deve ao dinamismo mencionado anteriormente e uma maior ênfase na revelação do mistério, fazendo com que esse episódio siga um pouco mais para o caminho da investigação. É compreensível, já que ainda restam muitas dúvidas em como a trama irá ter seu desfecho no episódio final. Dark room, é sem dúvida, o início das revelações da história de Life is Strange, cumprindo seu papel muito bem nessa trama cada vez mais intrigante.

Por algum motivo, Dark Room coincidiu muito bom o anime Steins;Gate, que vi há algum tempo. As peças que formulam a trama se conectam de forma surpreendente e naturalmente. Principalmente com a temática de viagem no tempo, ter assistido ao anime, me deixou ainda mais intrigado com o caminho que Life is Strange pode seguir.

Agora basta aguardar pelo último episódio para ver como essa série termina. Espero que consigam manter esse ritmo nos momentos finais, já que ao termino do 4° episódio, como já era de se esperar, deixa muitas perguntas sem respostas.

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Felipe Massahiro
Nerd / Articles

Jogador compulsivo, escritor obcecado, amante perturbado da literatura e jornalista de vez em quando.