Seu nome não era José,
Nem João,
Nem Hans ou Fritz.
Não havia nome.
Era uma espécie de não sujeito
Desses que se vê atrás de janelas de carros em movimento,
As flores.
Suas dores
Cochichadas às abelhas.
O sol espalha pequenas centelhas
Gatos e ratos entre as telhas.
Eu,
Ateu
Vejo:
O percevejo
Furando a folha.
A caneta,
Furando a folha
Hoje, Noites de bar.
Ontem, noites de vacilante andar.
Noites sem ar.
Trancados num campo de concentração.
No balcão,
Preso nesse estupido quarto de hotel. Lá fora o mundo desaba, o mundo vive sem mim. Aqui, escuro, escuto o espirro do vizinho ao lado. Será ele tão patético quanto eu? Prenderam de sua cabeça tantos devaneios inúteis quanto da minha? Tantas ideias tortas? Sufocado pelas vontades…