Poucos e grandes dias na Guatemala

A primeira vez que a gente vê um vulcão é inesquecível

Regiane Folter
Revista Passaporte
5 min readJan 17, 2018

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Provavelmente esse será um post mais curtinho, assim como foi minha viagem até a Guatemala. Durou somente uma semana, mas parece que foi muito menos! Com certeza tenho essa sensação porque passeei pouco e fiquei com o inevitável gostinho de quero mais.

Novamente essa foi uma viagem motivada pela organização onde trabalhava. Uma conferência mais, um país mais! Quando soube que meu próximo destino seria a Guatemala fiquei automaticamente curiosa. Não era um país que estava em minha wish list, isso com certeza. E na verdade eu sabia muito pouco sobre lá. Mas foi exatamente o desconhecido que me deixou mais animada para ir e aproveitar ao máximo os poucos dias que tinha!

Cor e calor que abraçam

Desembarquei na Cidade da Guatemala, capital do país e maior cidade por lá, onde estive um dia na ida e outro na volta. O que pude conhecer da capital nesse tempo foram algumas avenidas abarrotadas de carros e prédios, um restaurante delicioso de frango frito muito conhecido na América Central e um shopping center. Nada muito turístico, mas deu pra sentir um pouco do ritmo da cidade.

Perto daí, visitamos em uma tarde a cidade de Antigua, e as diferenças entre ambas são impressionantes! Enquanto a capital é moderna, repleta de asfalto, automóveis e movimento, Antigua tem cerca de 600 anos de história e conserva uma paisagem que te remete ao passado. Durante uma caminhada com meus companheiros de conferência, percorremos as ruas de Antigua (de pedra, não asfalto) e relaxamos com os sons da natureza, a calmaria das pessoas, e o horizonte espetacular em que se via um vulcão.

Foi um passeio suave e muito lindo! O calor e o ambiente em geral eram uma mistura perfeita para descansar corpo e mente e no final do dia me sentia energizada. Em Antigua visitamos a Igreja de la Merced, o Arco de Santa Catalina, Igreja de São Francisco e um mercado de artesãos cheio de cores. Também foi parada obrigatória almoçar em um Comedor, espécie de restaurante de comida caseira também típico dessa região do continente.

A conferência em si ocorreu em outro lugar, um hostel na cidade de Panajachel. Nesse lugar às margens do lago Atitlán, nos hospedamos e trabalhamos por cinco dias. A energia tranquila e tropical da Guatemala foi um respiro importante na minha rotina de trabalho intenso no Uruguai e foi nessa ocasião que tomei algumas das decisões mais importantes do que seria meu ano laboral. Além disso, pude intercambiar ideias com pessoas de todos os lados da América Latina, já que meus companheiros de conferência representavam diversos países.

No fim da conferência, aproveitamos para fazer um tour de um dia pelas ilhinhas ao redor do lago. Embarcamos em uma lancha pequena e em poucos e velozes minutos atravessamos a imensidão de água para conhecer outras margens. Nesse dia de caminhada estivemos em pleno contato com a natureza escalando o morro Pzankiyil e conhecendo de perto os vulcões San Pedro, Tolimán e Atitlán.

Quem levei na mala (e no core)

Essa experiência na Guatemala foi muito significativa para meu trabalho na AIESEC (inclusive acredito que foi a melhor conferência da organização que já vivi), e por isso levo no coração as pessoas que conheci ai. Durante todo o ano, elas foram importantes companheiras de trabalho e mesmo à distância (só nós encontrávamos todos em conferências internacionais), pude contar com elas em momentos que precisava.

Não conheci muitos guatemaltecos, mas os poucos com que tive contato me mostraram que esse povo é muito hospitaleiro e gentil. A moça que me hospedou e um dos rapazes que estava na organização do evento me fizeram sentir muito bem-vinda e cômoda naquela breve experiência e graças a eles me senti mais em casa!

5 coisas random que nunca vou esquecer…

  • Comer feijão e melancia no café da manhã
    Por uma semana mudei um pouco meus hábitos alimentares para me adaptar ao dia a dia guatemalteco, em que uma refeição podia combinar alimentos bem distintos um do outro! O agridoce é lei por lá.
  • Conhecer um grupo de meninos guatemaltecos em uma das ilhas
    Nesse país, como muitos da região, há muita pobreza. Vimos isso mais de perto passeando pelas ilhas de Panajachel. Em uma delas, cruzamos com um grupo de menininhos, diferentes idades, que jogava bola num campo improvisado. Depois de brincar um pouco com eles, alguém do nosso grupo sugeriu a brilhante ideia de comprar hambúrgueres para todos em um carrinho a la food truck (bem menos gourmet, claramente) perto dali. A carinha de alegria dos meninos fez o nosso dia!
  • Mil e uma cores
    Os artesanatos na Guatemala, desde pequeninos enfeites de mesa até os tecidos de roupas e redes, são uma verdadeira explosão de cor. Todo o arco-íris cabe mesmo no objeto mais pequeno!
  • Passeio de barco
    O contato com a água de rios e mares é algo que me hipnotiza, por isso adorei cada segundo que passamos percorrendo o lago em Panajachel naquele barco-lancha. Se sacudia todo e havia respingos por todos os lados, mas era energizante!
  • Ver um vulcão
    Insisto com isso, mas foi um dos grandes momentos da minha vida de viajeira.

Para conhecer uma experiência bem mais longa e completa na Guatemala, dá uma olhada nessa entrevista!

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Regiane Folter
Revista Passaporte

Escrevi "AmoreZ", "Mulheres que não eram somente vítimas", e outras histórias aqui 💜 Compre meus livros: https://www.regianefolter.com/livros