É tempo

Sabe, eu queria que soubesse
Que momentos assim
Talvez sejam a poeira remanescente
De uma magia já esquecida há muito tempo
Que, às vezes…

O contestador:

Diziam-me sempre que o mundo dos pedantes era cruel com quem ousava discordar dele. Eu nem imaginava que isso fosse tão real até ver aquele dedo apontado na minha cara. Isso quando a coordenadora do setor de ciências leu meu trabalho. Eu não pude me controlar quando ela baixou a cabeça e começou a…

Ilusão dos arcontes:

Prólogo:

Por que existe o mau? Essa pergunta já encheu a existência dos homens. E não me admira! Quem me dera se tantas mágoas não deixassem de existir por um único momento. E eu, eu que sou um ser impotente, que sou um nada, que me permeio de palavras que nunca se…

Amor Fati

ame o cavalo, ame este poema e ame este desenho.

ame seu destino,

Vontade e representação:

Quase sempre antes de dormir eu abria o livro de Schopenhauer e ficava pensando na primeira frase do texto: O mundo é minha representação. Quantos significados aquilo me trazia. Eu virava a página, tentava entender tudo, abria outras, lia trechos isolados, pensava. Sera tudo invenção…

Realidade e fantasia

Há um tempo venho pensando sobre escrever, a ida, a pausa, a volta, a continuidade e assiduidade, mas não tenho conseguido…

Um manifesto:

Acredito que a qualidade essencial de um outsider deve ser sempre estar preparado para o pior. E digo, em todos todos os sentidos, o pior sempre espreita, persegue-nos como asas demoníacas que ora somem ora voltam, mas nunca deve deixar de perturbar a mente avisada. Convêm-se que a história nunca volta…

Pensando literatura

O romance só faz sentido
Quando existe alguma história
Para contar.

A sombra da casa:

Toda casa guada uma sombra, ao menos é o que diz o senso comum dos mais avisados… Nesta casa, eu sou a sombra. E faz dias que estou aqui, olhando o inferno no ar, cabeça erguida, braços quase caindo no terno, sorrindo pouco ou melhor não sorrindo. As velas de sexta-feira a noite ainda queimam, a…

O rosto no espelho:

( Marcos está deitado olhando para um espelho no teto e de olhos marejados. Fernando entra e se irrita com isso)

Fernando: Já disse, menino. Para de contemplar esse espelho…

Marcos: Por que?