Um futuro biólogo no Chile

Eduarda Toledo
AGEX
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3 min readMar 25, 2019

“ A Cordilheira dos Andes possui um importante papel histórico-ecológico para toda a América do Sul, testemunhar isso de perto é um privilégio e me sinto muito grato por essa oportunidade.” — PINHEIRO, Ben Hur

Imagen: arquivo pessoal

Ben Hur Graboski Pinheiro tem 27 anos e há quase um mês saiu do Brasil para ir estudar em Santiago, no Chile. O aluno de Ciências Biológicas da Ulbra foi impulsionado pela possibilidade de se inserir em uma nova cultura. Segundo ele, por ser em um período de seis meses, o intercâmbio permite experiências que vão além de uma viagem turística. Para Ben Hur, a oportunidade possibilita uma imersão completa em um cotidiano distinto e viabiliza aprendizados em diversos aspectos sociais.

O jovem conta que pesquisou bastante sobre o país antes de embarcar na viagem e que isso facilitou na hora de resolver as questões burocráticas. “Desde que cheguei no Chile passei a aprender como funciona a dinâmica local e isso é um exercício que se inicia no aeroporto e se prolonga por todo o período de intercâmbio”, relata. Assim como os outros intercambistas, Ben Hur também conta que a comunidade local é muito amigável e disposta a ajudar, algo que tem auxiliado em sua adaptação.

Imagens: arquivo pessoal

A universidade onde o futuro biólogo está possui um atendimento específico para receber os alunos estrangeiros. O jovem relata que em sua hospedagem há áreas de convivência em que os estudantes podem interagir, tirar dúvidas, auxiliar com informações e praticar o idioma. Esse contato com outros alunos é o que está ajudando Ben Hur a lidar com a distância. “Morar longe de onde estive na maior parte da vida, de familiares e amigos, tem exigido mais do que aprender Biologia”, relata.

Quando ainda estava no Brasil, durante a disciplina de Biogeografia Histórico-Ecológica, até então ministrada pelo Professor Marcos Machado, o estudante aprendeu sobre as características geológicas da Cordilheira dos Andes. Algum tempo depois, pode sobrevoar a Cordilheira e, além disso, teve a oportunidade de fazer uma visita por terra também. “Essa cadeia de montanhas possui um importante papel histórico-ecológico para toda a América do Sul, testemunhar isso de perto é um privilégio e me sinto muito grato por essa oportunidade”, afirma Ben Hur.

Sobre a diferença entre o ensino brasileiro e o chileno, o estudante diz que o novo país possui um ensino superior mais rigoroso. “O inglês é fundamental e temos bastante contato com materiais nessa língua”, relata. Outra diferença apontada pelo futuro biólogo é a relação entre professor e aluno. “Os chilenos são mais formais, na Ulbra eu percebia uma proximidade maior, de forma positiva, entre a comunidade acadêmica”, afirma.

Estão abertas as inscrições para a seleção de bolsas Ibero-Americanas do Santander. Para participar do intercâmbio estudantil é necessário que o aluno esteja vinculado aos cursos de graduação da Ulbra. São oferecidas quatro bolsas-auxílio com o valor de 3 mil euros cada uma. Para mais informações clique aqui.

Conheça a história de outros três estudantes que, assim como Ben Hur, foram em busca de novas experiências através do intercâmbio:

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