Killing Rage: As questões para se pensar afim de acabarmos com o racismo

Resenha de Killing Rage: Ending Racism, por bell hooks

Carol Correia
Revista Subjetiva
2 min readMar 2, 2020

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Foto retirada da internet

Killing Rage: Ending Racism, ou como eu acredito que seria traduzido Raiva Assassina: Acabando com o Racismo, foi escrito por bell hooks e publicado em 1996.

Com 288 páginas e 22 capítulos, hooks fala de forma geral sobre e para pessoas negras e as direciona para questões a serem pensadas a acabarem com o racismo [e toda e qualquer outra forma de opressão e exploração].

Apesar de possuir mais de 200 páginas, sua leitura é bem rápida e explicativa. Não é de modo algum cansativo, mas sim instigante.

O título do livro também é título do primeiro capítulo, em que a mesma fala sobre raiva enquanto força para ações de resistência. A raiva assassina contra injustiças racistas é prova de seu amor pela população negra, é a fagulha para acender o movimento antirracista dentro de si e com os outros.

Nos capítulos seguintes, hooks fala de diversas questões que afetam a comunidade negra, tais como as representações prejudiciais na mídia, a construção de uma identidade negra autodeterminada, o machismo tolerado e perpetuado, feminismo, o racismo internalizado, a construção de uma resistência antirracista, a solidariedade antirracista com outras pessoas racializadas e pessoas brancas, o elitismo tolerado e perpetuado e a tão sonhada comunidade amada, em qual nenhuma forma de exploração é feita.

O livro permanece sem tradução oficial, o que é uma pena [por isso, tomei a liberdade de traduzir alguns capítulos, links abaixo], pois todas as páginas dele são primorosas.

Trazendo um ponto de início, sua raiva assassina, seguido de nomear cada cimento que construiu e que continua a construir a supremacia branca e terminando com o objetivo de toda a luta, a comunidade amada. hooks estabelece implicitamente que o sonho de viver em um mundo sem racismo é possível e nos estimula a lutar para esse fim.

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Carol Correia
Revista Subjetiva

uma coleção de traduções e textos sobre feminismo, cultura do estupro e racismo (em maior parte). email: carolcorreia21@yahoo.com.br