AS DEZ HISTÓRIAS DA LIGA DA JUSTIÇA QUE VOCÊ TEM QUE LER (OU RELER) ANTES DE MORRER!

Claudio Basilio
sobrequadrinhos
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24 min readJul 6, 2024

E no início de 1941 — o auge da chamada Era de Ouro do Quadrinho Americano — o editor Sheldon Mayer, o roteirista Gardner Fox e o desenhista E. E. Hibbard no gibi All-Star Comics #3 apresentaram ao mundo a Sociedade da Justiça da América, uma equipe que reunia os principais aventureiros mascarados da DC Comics e da hoje finada editora All-American Publications. A Sociedade da Justiça foi um retumbante sucesso, mas após o fim da Segunda Guerra Mundial o gênero “super-herói” entrou em declínio, e no ano de 1951 as aventuras do supergrupo deixaram de ser produzidas, assim como na mesma época personagens importantes como Flash, Átomo, Gavião Negro, Lanterna Verde tiveram a publicação de suas HQs interrompidas. Todavia, com a velocidade de um raio algo mudou de forma drástica no mercado americano de comic books em meados da década de cinquenta.

Capa de All-Star Comics #3 (1941), revista que marcou a estreia da Sociedade da Justiça da América, equipe que inspirou a criação da Liga da Justiça. Arte de E. E. Hibbard.

Em 1956 uma nova versão do Flash foi criada por Robert Kanigher e Carmine Infantino na revista Showcase #4, e além de marcar o início da Era de Prata do Quadrinho Americano o seu surgimento revigorou o interesse do público por HQs de super-heróis. De forma muito bem sucedida tanto do ponto de vista artístico quanto comercial antigos aventureiros como Gavião Negro, Lanterna Verde e Átomo foram recriados com um viés sci-fi, e aí o editor Julius Schwartz decidiu colocar uma “cereja” em cima do “bolo de sucesso” formado pelos novos heróis da DC Comics.

Em 1959 Julius Schwartz convocou Gardner Fox e o desenhista Mike Sekowsky com uma decisão formada na sua cabeça: a Sociedade da Justiça voltaria, e seria constituída pelos recriados Flash e Lanterna Verde, que seriam acompanhados pelo Caçador de Marte (um alienígena criado em 1955) e por Superman, Batman, Aquaman e Mulher-Maravilha, personagens que sobreviveram a crise do gênero “super-herói” que ocorreu entre meados dos anos quarenta e início dos cinquenta. Porém, na opinião de Schwartz a palavra “sociedade” soava muito formal e antiquada, e talvez os jovens leitores de gibis se identificassem mais com “liga”, um vocábulo amplamente usado para designar organizações esportivas como a NFL (Liga Nacional de Futebol) e MLB (Liga Principal de Beisebol). E assim a nova superequipe da DC Comics que estreou no início de 1960 no gibi The Brave and The Bold #28 foi chamada de… Liga da Justiça da América!

Pagina inicial de “The Justice League”, uma HQ amadora produzida na segunda metade da década de cinquenta pelo fanzineiro Larry Ivie e estrelada pela Sociedade da Justiça.

Alguns pesquisadores da Nona Arte especulam que talvez a criação da Liga da Justiça tenha sido inspirada numa proposta de relançamento da Sociedade da Justiça enviada na segunda metade da década de cinquenta para a DC Comics pelo fanzineiro e futuro quadrinista Larry Ivie. Nas amostras amadoras produzidas por Ivie havia uma aventura da extinta superequipe batizada com o nome de “The Justice League” (A Liga da Justiça), porém não há provas de que esse material chegou nas mãos de Julius Schwartz ou Gardner Fox. Apesar dessa pequena “polêmica” de 1960 até hoje a Liga da Justiça é um elemento estruturante da mitologia da DC Comics, e o nosso objetivo aqui é passar a limpo a trajetória da equipe através da lembrança das dez aventuras mais importantes da sua longeva história editorial. Para tanto seguiremos os seguintes critérios:

● Por razões desconhecidas (Falta de interesse? Incompetência editorial?) a maioria das histórias da Liga da Justiça concebidas originalmente entre 1960 e 1986 permanece inédita no Brasil. Essa fato atrapalhará a avaliação do inefável rabiscador dessas palavras mal escritas, mas acreditem: várias aventuras desse período serão citadas aqui;

● Estão descartadas nesta lista HQs ambientadas em realidades alternativas ou em possíveis futuros da superequipe. Em suma: esqueçam Reino do Amanhã, Justiça, O Prego e outras aventuras que apesar dos seus indiscutíveis méritos artísticos não fazem parte da continuidade convencional da Liga da Justiça;

● A Liga da Justiça sempre teve participação destacada nos crossovers da DC Comics como Crise nas Infinitas Terras, Crise de Identidade, Crise Infinita e Crise Final (haja “Crise”!), porém essas histórias contavam com a participação de quase todos os personagens e grupos da editora, então não faz sentido atribuí-las a equipe;

● A importância histórica é um fator fundamental na seleção das HQs que faremos aqui, porém ela sempre estará aliada com uma indiscutível qualidade (pelo menos na visão do escrevinhador dessas linhas!) na sua produção;

● E, é claro: não há um rincão do Multiverso em que uma lista não seja montada a partir do gosto pessoal do seu autor. Resumindo: sintam-se a vontade para discordar com veemência das preferências do imodesto proprietário deste blog!

Dito tudo isso… por favor, nos acompanhem na lembrança das dez mais maiores aventuras da Liga da Justiça de todos os tempos, que serão apresentadas aqui na ordem da sua publicação original nos EUA. Vamos lá!

01) Starro, o Conquistador!

● Título Original: Starro the Conqueror

● Autores: Gardner Fox (roteiro), Mike Sekowsky (desenho) e Murphy Anderson, Bernie Sachs e Joe Giella (arte-final)

● Edição Original: The Brave and The Bold #28 (1960)

● Ultima Edição no Brasil: Liga da Justiça: Antologia — Panini (2021)

Capa de The Brave and The Bold #28 (1960), onde a Liga da Justiça encarra o conquistador alienígena Starro. Arte de Mike Sekowsky e Murphy Anderson.

Um alienígena em forma de uma gigantesca estrela-do-mar chamado Starro chegou na Terra com um claro propósito: conquistar o nosso planeta! Caberá a recém-formada Liga da Justiça deter os planos do monstro extraterrestre, e para isso a equipe terá que se dividir em várias frentes e contará com a ajuda do jovem Lucas “Snapper” Carr, que está destinado a se tornar auxiliar juvenil do grupo durante todo o transcorrer da década de sessenta.

Página de abertura de The Brave and The Bold #28 (1960), onde os leitores são apresentados aos membros fundadores da Liga da Justiça e a Starro. Arte de Mike Sekowksy.

Além de marcar a estreia do principal supergrupo da DC Comics a aventura “Starro, o Conquistador” definiu de cara as principais características do trabalho da dupla formada por Gardner Fox e Mike Sekowsky durante a sua longa passagem pela Liga da Justiça: os roteiros priorizavam a ação em detrimento da caracterização, e no estilo da velha Sociedade da Justiça o time quase sempre se separava (geralmente em duplas) para debelar ameaças; por outro lado o desenho passava longe de qualquer tipo de exuberância artística, porém era eficiente na distribuição de vários personagens em cena. Certamente os fãs daquele período adoraram a reunião dos principais heróis da DC Comics, mas o aspecto mais interessante dessa HQ residia no seu vilão: Starro seguia o modelo de monstro gigante (hoje mais conhecido como kaiju) muito comum nos gibis da Marvel e DC Comics nos anos cinquenta, e o seu nome foi inspirado no protagonista de Tarrano the Conqueror, um romance futurista de autoria de Ray Cummings publicado em 1925 que era adorado por Julius Schwartz. Já a aparência da estrela-do-mar extraterrestre foi claramente decalcada dos alienígenas que apareceram em Uchûjin Tokyo ni arawaru (Warning from Space em Inglês, O Alerta do Espaço em Português Brasileiro), o primeiro filme japonês sci-fi filmado em cores e que foi lançado em 1956.

02) A Origem da Liga da Justiça

● Título Original: The Origin of the Justice League

● Autores: Gardner Fox (roteiro), Mike Sekowsky (desenho) e Bernie Sachs (arte-final)

● Edição Original: Justice League of America #9 (1962)

● Ultima Edição no Brasil: DC Comics: Coleção de Graphic Novels #9 — Eaglemoss (2016)

Capa de Justice League of America #9 (1962), revista que revelou a origem da Liga da Justiça. Arte de Mike Sekowsky e Murphy Anderson.

Os membros da Liga da Justiça estavam reunidos em sua base secreta com o objetivo de comemorar o aniversário de fundação da equipe. De conversa em conversa nesta ocasião festiva Snapper Carr soube que o primeiro caso da equipe envolveu uma contenda pela sucessão ao trono do planeta Appellax, onde os seus sete pretendentes decidiram usar o nosso mundo como campo de batalha para a resolução violenta dessa disputa. De forma solitária os heróis enfrentaram os vilões extraterrestres, e no fim juntos eles derrotaram os invasores alienígenas. E assim a Liga da Justiça nasceu!

Página de abertura de Justice League of America #9 (1962), onde os membros da Liga da Justiça são transformados em árvores por um alienígena do planeta Appellax. Arte de Mike Sekowsky e Bernie Sachs.

A Liga da Justiça apareceu entre os números #28 e #30 de The Brave and The Bold, e graças ao apoio entusiasmado dos fãs ganhou um título próprio no final de 1960. Uma curiosidade das primeiras HQs da Liga da Justiça residia no fato de que aparições do Superman e Batman (os principais personagens da DC Comics) nessas aventuras eram absolutamente marginais (eles nem apareciam nas capas de Justice League of America!), e havia uma razão para isso: Mort Weisinger e Jack Schiff (na época respectivamente os editores do Homem de Aço e do Cavaleiro das Trevas) se opunham com veemência ao uso dos dois heróis na equipe, temendo um desgaste deles perante o público por causa do excesso de exposição. Com jeitinho Julius Schwartz pediu para Jack Liebowitz (coproprietário da editora) a liberação plena dos personagens, e com “muito mais jeitinho” Liebowitz avisou Weisinger e Schiff que o Superman e o Batman pertenciam a DC Comics e não a eles! E assim, logo após a “A Origem da Liga da Justiça” os senhores Clark Kent e Bruce Wayne passaram a ter presença mais ativa nas aventuras da Liga.

03) Crise na Terra-1

● Título Original: Crisis on Earth-One

● Autores: Gardner Fox (roteiro), Mike Sekowsky (desenho) e Bernard Sachs (arte-final)

● Edições Originais: Justice League of America #21 e #22 (1963)

● Ultima Edição no Brasil: Crise Nas Múltiplas Terras #1 — Panini (2008)

Capa de Justice League of America #21 (1963), revista histórica que trouxe o primeiro encontro da Liga da Justiça com a Sociedade da Justiça. Arte de Mike Sekowsky e Murphy Anderson.

Vilões da Terra-1 e da Terra-2 se reuniram e formaram um grupo autodenominado Campeões do Crime. Uma onda de delitos se alastrou pelas duas versões dimensionais do nosso planeta, e somente a aliança entre a Liga da Justiça e a reagrupada Sociedade da Justiça poderá findar as atividades dos Campeões do Crime.

Cena de Justice League of America #22 (1963), onde juntos integrantes da Liga da Justiça e da Sociedade da Justiça enfrentam os Campeões do Crime. Arte de Mike Sekowsky e Bernie Sachs.

Desde o final dos anos cinquenta leitores como Roy Thomas (futuro escritor e editor), Jerry Bails (um dos primeiros pesquisadores acadêmicos da Nona Arte nos EUA) e o já citado Larry Ivie pediam a volta da Sociedade da Justiça, e num certo sentido a criação da Liga da Justiça foi uma resposta para eles. Todavia, o surgimento da Liga não era o suficiente para esses fãs, que exigiam o retorno dos antigos super-heróis dos anos quarenta, e para atendê-los em 1961 o gibi The Flash #123 trouxe a histórica HQ “Flash de Dois Mundos”, onde o jovem Flash da Era de Prata (Barry Allen, um perito criminal) se encontrou pela primeira vez com o veterano Flash da Era de Ouro (Jay Garrick, um cientista semiaposentado). Na aventura em questão criada por Gardner Fox e Carmine Infantino foi definido que existiam inúmeras versões extradimensionais do nosso planeta, e que a chamada Terra-1 abrigaria os heróis criados a partir dos anos cinquenta e Superman, Batman e Mulher-Maravilha; em contrapartida a Terra-2 seria o lar dos integrantes da Sociedade da Justiça e de versões envelhecidas da “Santíssima Trindade” da DC Comics. E então… finalmente em Justice League of America #21e #22 os dois supergrupos ficaram frente a frente pela primeira vez, e foi inaugurada uma tradição de encontros anuais das duas equipes que perdurou até 1985.

Uma observação: todos os gibis que reuniram a Liga da Justiça com a Sociedade da Justiça são considerados clássicos do Quadrinho Americano de super-heróis, e os nossos amados leitores podem saber mais sobre eles clicando aqui, aqui e aqui!

04) Ninguém Escapa dos Caçadores

● Título Original: No Man Escapes The Manhunters

● Autores: Steve Englehart (roteiro), Dick Dillin (desenho) e Frank McLaughlin (arte-final)

● Edições Originais: Justice League of America #140 e #141 (1977)

● Ultima Edição no Brasil: inédito

Capa de Justice League of America #140 (1977), onde o Lanterna Verde é capturado por um Caçador. Arte de Rich Buckler e Frank McLaughlin.

A Liga da Justiça foi atacada pelos Caçadores, uma seita milenar de guerreiros. O motivo do ataque: de forma assumida o Lanterna Verde foi o responsável direto pela destruição de um planeta habitado por milhões de seres sencientes, e deve ser julgado por tal crime. Mas… haveriam segredos e conspirações por trás do suposto genocídio cometido pelo Gladiador Esmeralda?

Página de abertura de Justice League of America #140 (1977), onde um Caçador invade o QG da Liga da Justiça com o propósito de capturar o Lanterna Verde. Arte de Dick Dillin e Frank McLaughlin.

Em 1968 Gardner Fox abandonou os roteiros da Liga da Justiça, e foi substituído por argumentistas talentosos como Denny O’Neil, Mike Friedrich, Len Wein e Cary Bates, dando início a um período da equipe hoje conhecido como a “Era Satélite”, já que a base do time passou a ser um satélite em órbita da Terra. Ao seu modo cada um deles modernizou as histórias da Liga da Justiça e melhorou a caracterização dos heróis, porém eles seguiam sempre uma regra rígida: as histórias da superequipe não deveriam interferir na continuidade dos seus membros que tivessem revistas próprias. E aí… em 1976 o escritor popstar Steve Englehart foi contratado a peso de ouro com o objetivo de sacudir os gibis da DC Comics, e ao assumir a revista da Liga da Justiça ele quebrou a regra de “não-interferência” na mitologia dos integrantes do grupo. Em “Ninguém Escapa dos Caçadores” o ousado Englehart usou o Caçador — um herói da Era de Ouro recriado por Jack Kirby em 1975 –, e de forma habilidosa explicou que os Caçadores eram androides concebidos milhões de anos atrás pelos Guardiões do Universo — uma raça de poderosos imortais que matinha a Tropa dos Lanternas Verdes –, e que o grande objetivo deles era desacreditar e destruir seus criadores e os Lanternas Verdes.

Duas pequenas curiosidades: em 1988 Steve Englehart retomou os Caçadores no crossover Milênio, e em 2001 “Ninguém Escapa dos Caçadores” foi a principal inspiração para “Na Noite Mais Escura”, episódio duplo da excepcional animação televisiva Liga da Justiça produzida por Bruce Timm no início do Século XXI.

05) Uma Liga Dividida

● Título Original: A League Divided

● Autores: Gerry Conway (roteiro), George Pérez, Pat Broderick, Jim Aparo, Dick Giordano, Gil Kane, Carmine Infantino, Brian Bolland e Joe Kubert (desenho) e Brett Breeding, Terry Austin e Frank Giacoia (arte-final)

● Edições Originais: Justice League of America #200 (1982)

● Ultima Edição no Brasil: Liga da Justiça por George Pérez — Panini (2022)

Excepcional capa dupla de Justice League of America #200 (1982), onde os membros da Liga da Justiça lutam entre si. Arte de George Pérez e Brett Breeding.

De repente — não mais que de repente — os super-heróis fundadores da Liga da Justiça (Aquaman, Batman, Caçador de Marte, Flash, Lanterna Verde, Mulher-Maravilha e Superman) perderam suas memórias recentes e iniciaram uma busca pelos meteoros que foram usados como meio de transporte para chegada na Terra dos alienígenas de Appellax, os primeiros adversários da equipe. Os membros remanescentes do supergrupo precisam entender o que está acontecendo, e na sequência uma guerra entre aventureiros mascarados se alastrou por vários cantos do nosso planeta.

Página dupla de Justice League of America #200 (1982), onde todos os integrantes da Liga da Justiça finalmente se unem para enfrentar os alienígenas de Appellax. Arte de George Pérez e Brett Breeding.

Juntos o editor Len Wein e Gerry Conway (o mais longevo escritor da Liga da Justiça, que produziu scripts da equipe entre 1978 e 1986) decidiram que Justice League of America #200 deveria ser uma edição especial e comemorativa com setenta e duas páginas, e tendo esse propósito em mente o roteirista bolou uma trama que reuniu todos os personagens que até aquele momento fizeram parte da equipe (exceto a Moça-Gavião, que em 1982 estava vivendo uma aventura fora da Terra no gibi World’s Finest), e dividiu seu texto em segmentos onde os antigos e novos membros do grupo se enfrentavam. Para abrilhantar ainda mais a HQ em questão George Pérez foi responsável pela arte da linha narrativa principal, e para os combates entre os heróis Wein convocou excepcionais desenhistas, e muitos deles tinham vínculos especiais com os personagens em questão, como era o caso de Joe Kubert (criador do Gavião Negro), Carmine Infantino (responsável pela concepção do Flash e do Homem-Elástico) e Gil Kane (desenhista das primeiras aparições do Lanterna Verde e do Átomo).

No final das contas Justice League of America #200 foi uma gigantesca extravaganza que levou os leitores da época ao delírio, e que infelizmente marcou o fim do brevíssimo período em que George Pérez desenhou as HQs da Liga da Justiça.

06) O Fim da Liga da Justiça

● Título Original: The End Of The Justice League of America

● Autores: J. M. DeMatteis (roteiro), Luke McDonnell (desenho) e Bob Smith e Bob Lewis (arte-final)

● Edições Originais: Justice League of America #258 a #261 (1987)

● Ultima Edição no Brasil: Superamigos #40 a #43 — Editora Abril (1988)

Vixen, Gládio, Cigana e Vibro (os principais membros da Liga da Justiça de Detroit) são os destaques da capa de Justice League of America #258 (1987). Arte de Luke McDonnell.

No transcorrer da crossover Lendas o Presidente dos EUA proibiu toda e qualquer atividade super-heroica. Em respeito as ordens governamentais o Caçador de Marte dispersou temporariamente a Liga da Justiça, e essa foi a oportunidade para o Professor Ivo — um mestre da Robótica que criou Amazo, um dos mais perigosos adversários do grupo — partir para uma desforra violenta e definitiva contra seus inimigos, que culminou nos assassinatos dos jovens heróis Vibro e Gládio.

Os membros da Liga da Justiça de Detroit se reúnem em página extraída de Justice League of America #258 (1987). Arte de Luke McDonnell e Bob Smith.

Com o objetivo de tornar a Liga da Justiça mais contemporânea em 1984 Gerry Conway reformulou o grupo, dispensando membros clássicos da equipe, agregando a ela novos personagens como Vixen, Gládio, Cigana e Vibro e mudando a sua sede para a cidade de Detroit. Conhecida como Liga da Justiça de Detroit, essa formação do time não caiu no agrado dos fãs, e com a queda nas vendas da revista Justice League of America os editores da DC Comics decidiram que o grupo deveria passar por uma reformulação e ser relançado numa nova série mensal. Resumindo: literalmente “O Fim da Liga da Justiça” marcou o fim de uma era para principal superequipe da DC Comics… e o início de uma nova que seria marcada pelo bom humor!

07) Um Novo Começo

● Título Original: A New Beginning

● Autores: Keith Giffen e J. M. DeMatteis (roteiro), Kevin Maguire (desenho) e Terry Austin e Al Gordon (arte-final)

● Edições Originais: Justice League of America #1 a #6 e Justice League International #7 (1987)

● Ultima Edição no Brasil: Lendas do Universo DC: Liga da Justiça — J.M. Dematteis & Keith Giffen #1 — Panini (2019)

Capa de Justice League #1 (1987), que de forma sutil evidencia que o Humor será uma das tônicas da nova série da Liga da Justiça. Arte de Kevin Maguire e Terry Austin.

Após o fracasso/cancelamento da Liga da Justiça de Detroit e o término de Lendas sob a liderança do Batman a principal superequipe da DC Comics foi reorganizada, e logo de cara o grupo se envolveu num atentado terrorista a ONU, foi atacado pela Gangue Royal Flush, meteu o bedelho numa crise diplomática entre a antiga União Soviética e um pequeno país chamado Bialya e viu a Humanidade ser confrontada por uma antiga criatura mística chamada Homem-Cinza. E em meio a tudo isso um bilionário chamado Maxwell Lord traçava planos misteriosos para a Liga da Justiça, que levaram a equipe a se tornar uma força internacional de paz que atuava sob a chancela da ONU.

Cena de Justice League International #7 (1987), onde a Liga da Justiça ganha da ONU um mandato para atuar como uma força de paz mundial. Arte de Kevin Maguire e Al Gordon.

O quadrinista Keith Giffen sonhava em escrever a Liga da Justiça, e pediu ao editor Andrew Helfer a oportunidade de escrever as histórias da equipe no relançamento em 1987, sendo prontamente atendido. Como Giffen tinha dificuldades com a escrita de diálogos Helfer convocou para a função J. M. DeMatteis — que havia escrito as últimas aventuras da Liga da Justiça de Detroit –, e para a arte do gibi foi chamado o iniciante Kevin Maguire. A participação dos grandes personagens da DC Comics como Superman, Mulher-Maravilha e Flash foi vetada pelos seus respectivos editores, e “condoído” com a situação o lendário Denny O’Neil (que comandava as revistas do Batman) liberou o Cavaleiro das Trevas para Helfer e Giffen, mas dada a enorme quantidade de vetos a renovada Liga da Justiça foi formada majoritariamente com personagens de segundo escalão como Besouro Azul, Gladiador Dourado, Canário Negro, Shazam e o Lanterna Verde Guy Gardner.

Reunidas todas as peças, Keith Giffen propôs que as HQs da Liga da Justiça fossem calcadas no Humor, e eram grandes as chances do relançamento da equipe ser um fracasso, porém… para a surpresa de todos o material de Giffen, J. M. DeMatteis e Kevin Maguire agradou em cheio os leitores e foi um enorme sucesso, gerando um gibi spin-off — no caso Justice League Europe — e um período histórico que perdurou até 1992 e é mais conhecido pelos fãs brasileiros como a “Liga Cômica” ou “Liguinha”.

08) Nova Ordem Mundial

● Título Original: New World Order

● Autores: Grant Morrison (roteiro), Howard Porter (desenho) e John Dell (arte-final)

● Edições Originais: JLA #1 a #4 (1997)

● Ultima Edição no Brasil: A Saga da Liga da Justiça #2 — Primeira Série (2022)

Capa de JLA #1 (1997), gibi onde Grant Morrison reuniu os membros clássicos da Liga da Justiça. Arte de Howard Porter e John Dell.

Um agrupamento alienígena chamado Hiperclã chegou na Terra, e imediatamente reflorestou áreas desérticas, diminuiu de forma drástica os índices de criminalidade e prometeu a cura de vários males do nosso planeta. Porém… por trás das ações benfazejas da equipe extraterrestre havia um plano meticuloso e silencioso de dominação do nosso pobre planetinha, e somente uma reformada Liga da Justiça com seus membros fundadores (exceto Flash e Lanterna Verde, que aqui são representados respectivamente pelos seus sucessores Wally West e Kyle Rayner) poderá enfrentá-los. Mas, no meio do confronto uma grande dúvida surge: qual é a ligação do Caçador de Marte com o Hiperclã?

Cena de JLA #2 (1997), onde os membros da Liga da Justiça se preparam para enfrentar o Hiperclã. Arte de Howard Porter e John Dell.

Entre 1992 e 1996 a Liga da Justiça teve aventuras irregulares, o que levou o corpo editorial da DC Comics a tomar a decisão de novamente reformular a equipe. O processo de reformulação começou com a publicação em 1996 da minissérie em três partes Liga da Justiça: Pesadelos de Uma Noite de Verão, onde os quadrinistas Fabian Nicieza, Darick Robertson e Jeff Johnson reuniram os membros clássicos da equipe, e redundou com o lançamento em 1997 de JLA, uma nova série mensal do grupo que seria desenhada pelo competente Howard Porter e escrita pelo enfant terrible escocês Grant Morrison.

Grant Morrison ganhou fama aos escrever roteiros experimentais para as séries Animal-Man (Homem-Animal), Doom Patrol, (Patrulha do Destino) e The Invisibles (Os Invisíveis), porém em “Nova Ordem Mundial” ele revisitou as tradicionais HQs escritas por Gardner Fox: sem se descuidar da caracterização ele dividiu o grupo em duplas e entregou para os leitores uma aventura épica que apresentava vilões que só poderiam ser enfrentados pelas forças combinadas de todos os heróis da Liga da Justiça, que na sua visão deveriam ser vistos como um “panteão de deuses modernos”. No final das contas essa foi a tônica da passagem de Morrison pela maior equipe da DC Comics, que durou quarenta e umas edições e ganhou elogios rasgados dos fãs e da crítica.

09) Torre de Babel

● Título Original: Tower of Babel

● Autores: Mark Waid (roteiro), Howard Porter (desenho) e Drew Geraci e Mark Propst (arte-final)

● Edições Originais: JLA #43 a #46 (2000)

● Ultima Edição no Brasil: A Saga da Liga da Justiça #12 e #13 — Primeira Série (2023)

Capa de JLA #45 (2000), onde os integrantes da Liga da Justiça perdem a capacidade de se comunicarem entre si graças a um ardil do vilão Ra’s Al Ghul. Arte de Howard Porter e Drew Geraci.

Batman sempre foi um conhecido paranoico, e com o objetivo de prevenir uma eventual ida para o “Lado Sombrio da Força” dos seus colegas de equipe secretamente ele compilou planos de contingência feitos sob medida para cada um dos membros da Liga da Justiça. Para infelicidade de todos o ecoterrorista Ra’s Al Ghul — um antigo adversário do Cavaleiro das Trevas — roubou esses planos e os aplicou contra a Liga da Justiça, que precisará fazer o possível e o impossível para derrotar o vilão e lidar com a “traição” do Batman.

Página final de JLA #44 (2000) onde os membros da Liga da Justiça são vitimados por ataques que foram previamente planejados pelo Batman. Arte de Howard Porter e Drew Geraci.

O escritor Mark Waid substituiu Grant Morrison após o término da sua passagem por JLA, e de cara presenteou os leitores com “Torre de Babel”, uma pequena e eletrizante saga que questionou o papel do Batman dentro da Liga da Justiça, tanto que alguns — como o site IGN — consideram essa na verdade uma das melhores aventuras do Cavaleiro das Trevas de todos os tempos. Ah, “Torre de Babel” também serviu de inspiração para o longa-metragem de animação Liga da Justiça: A Legião do Mal, que está disponível para os interessados no serviço de streaming Max.

10) O Rastro do Tornado

● Título Original: Tornado’s Path

● Autores: Brad Meltzer (roteiro), Ed Benes (desenho) e Sandra Hope (arte-final)

● Edições Originais: Justice League of America #0 a #6 (2006 a 2007)

● Ultima Edição no Brasil: A Saga da Liga da Justiça #1 e #2 — Segunda Série (2024)

Capa de Justice League of America #1 (2006), que reúne dezenas de heróis candidatos a Liga da Justiça. Arte de Ed e Mariah Benes.

Superman, Batman e Mulher-Maravilha decidem reorganizar a Liga da Justiça, que ficou um ano parada após a saga Crise Infinita. Nesse ínterim o androide Tornado Vermelho — um importante membro da equipe na década de setenta — realizou o sonho de se tornar um ser humano de verdade, porém a reaparição de velhos inimigos acelerou a implementação dos planos da “Santíssima Trindade”, que precisará trazer de volta a maior equipe de super-heróis do mundo o quanto antes.

Página final de Justice League of America #5 (2007), onde simultaneamente Tornado Vermelho enfrenta Solomon Grundy e o restante da Liga da Justiça o androide Amazo. Arte de Ed Benes e Sandra Hope.

O escritor Brad Meltzer ficou famoso ao escrever livros policiais, e entre 2003 e 2004 ele teve oportunidade para dar vazão ao seu amor pelos quadrinhos ao roteirizar a série mensal do Arqueiro Verde e o crossover Crise de Identidade. No ano de 2006 Meltzer foi convidado a recriar a Liga da Justiça em parceria com o desenhista brasileiro Ed Benes, e em “O Rastro do Tornado” o roteirista prestou uma respeitosa homenagem a diversas formações da equipe, e no fim apresentou uma formação do grupo mesclava membros clássicos com novos integrantes como o Arqueiro Vermelho (no caso Ricardito, ex-parceiro juvenil do Arqueiro Verde), Moça-Gavião (Kendra Saunders, uma versão ressuscitada da heroína original), Raio Negro e Geoforça (os dois últimos antigos membros do supergrupo chamado de os Renegados).

Evitar Injustiças

E assim terminamos a lista com as dez aventuras da Liga da Justiça que precisam ser lidas ou relidas pelos fãs. Porém, com o objetivo de evitar injustiças ou deslembranças apresentaremos aqui uma “listinha” com breves descrições de vinte e cinco HQs do maior supergrupo da DC Comics que merecem um olhar atento dos apaixonados por gibis de super-heróis. Algumas das histórias que citaremos são inéditas no Brasil, e informações sobre elas poderão ser adquiridas nos sites Guia Dos Quadrinhos (o melhor do Brasil para pesquisas sobre a Nona Arte), The Grand Comics Database e DC Database. Por favor, acompanhem a nossa listinha!

Snapper Carr, o Super-Traidor (Justice League of America #77, 1969): ao lado de um misterioso sujeito chamado “Senhor Mediano” o outrora simpático Snapper Carr iniciou uma campanha pública contra a Liga da Justiça, que terá consequências funestas para a equipe.

A Chegada dos Destruidores (Justice League of America #78, 1970): catástrofes ecológicas ameaçam nosso planeta, e por causa das ações de Snapper Carr em Justice League of America #77 a Liga da Justiça mudou a sua base para um satélite em órbita da Terra. Assim começou oficialmente a “Era Satélite” para a maior superequipe da DC Comics.

O Surgimento do Destruidor Cósmico (Justice League of America #96 a #98, 1972): a Liga da Justiça se encontrou pela primeira vez com o Destruidor Cósmico, um alienígena quase onipotente que se alimentava das emoções das populações dos planetas que invadia.

Um Estranho Caminha Entre Nós (Justice League of America #103, 1972): na cidade interiorana de Rutland a Liga da Justiça encarou o mago Felix Fausto, um dos seus mais antigos e perigosos adversários. Essa HQ tem uma enorme importância histórica porque fez parte de um conjunto de aventuras que constituiu o primeiro encontro “não-oficial” entre a Marvel e a DC Comics, e maiores informações sobre ela podem ser obtidas num artigo publicado neste modesto blog!

Capas de Justice League of America #77 (1969), Justice League of America #78 (1970), Justice League of America #96 (1972) e Justice League of America #103 (1972).

Equilíbrio do Poder (Justice League of America #111, 1974): com o objetivo de trazer “equilíbrio ao mundo” o vilão Libra recrutou criminosos de alta periculosidade e formou a Gangue Mundial da Injustiça para enfrentar a Liga da Justiça. Em 2008 Libra foi resgatado do esquecimento pelo escritor Grant Morrison e se tornou um dos principais antagonistas do crossover Crise Final.

Ser ou não ser o Chave (Justice League of America #150, 1978): O Caçador Mark Shaw assumiu a identidade heroica de Mosqueteiro, e ofereceu seu auxílio a Liga da Justiça no confronto da equipe contra o Chave e o Czar Estelar, sendo que este último vilão supostamente era Snapper Carr. Mas talvez as coisas não sejam aquilo que elas aparentam ser…

A Liga que Derrotou a si Mesma (Justice League of America #166 a #168, 1979): os integrantes da Sociedade Secreta dos Supervilões trocaram de corpos com alguns dos mais importantes membros da Liga da Justiça, dando origem a uma gigantesca onda de crimes. Anos mais tarde essa aventura serviu de insumo criativo para o crossover Crise de Identidade e para o arco narrativo “Crise de Consciência”.

A Busca Pela Origem (Justice League of America #192 a #193, 1981): a origem do Tornado Vermelho é revelada, e os leitores descobrem que ele é muito mais do que apenas uma forma de vida artificial criada pelo cientista Futuro.

024 — Capas de Justice League of America #111 (1974), Justice League of America #150 (1978), Justice League of America #168 (1979) e Justice League of America #192 (1981).

Guerra dos Mundos 1984 (Justice League of America #228 a #230, 1984): Sem contar com seus principais membros a Liga da Justiça precisará conter uma invasão marciana a Terra, e questionamentos sobre para qual lado penderá a lealdade do Caçador de Marte são postos na mesa.

O Fim da Liga da Justiça (Justice League of America Annual #2, 1984): usando sua prerrogativa de membro fundador da Liga da Justiça o sempre simpático Aquaman debandou a equipe, e na sequência a reorganizou como uma força de combate com integrantes totalmente dedicados a ela. E assim nasceu a Liga da Justiça de Detroit!

Caçadores e Caça (Justice League of America #251 a #254, 1986): Batman retornou para a Liga da Justiça após um tempo liderando os Renegados, e um dos seus primeiros desafios foi comandar a equipe contra o alienígena Despero, um antigo adversário do grupo que retornou transformado num brutamonte sanguinário.

Meta-Humanos em Paris (Justice League Europe #1 a #4, 1989): A Liga da Justiça criou uma divisão no continente europeu, e os seus membros precisarão lidar com uma conspiração executada pela nação de Byalia e por antigos membros dos finado supergrupo Guardiões Globais.

Capas de Justice League of America #230 (1984), Justice League of America Annual #2 (1984), Justice League of America #251 (1986) e Justice League Europe #1 (1989).

Linhas Cruzadas (Justice League America #31 a #32 e Justice League Europe #7 a #8, 1989): uma onda de vampiros assola a Europa, e as divisões europeia e americana da Liga da Justiça precisam unir suas forças para enfrentá-la, e em paralelo um novo Homem-Cinza mexe os pauzinhos para se apossar do nosso mundo.

Renascer de Novo (Justice League Spectacular #1, 1992): logo após um confronto com a Gangue Royal Flush as duas divisões da Liga da Justiça são reestruturadas, com o Superman se tornando o líder inconteste da equipe americana.

A Mão do Destino (Justice League America #72 a #75, 1993): liderada pela Mulher-Maravilha a Liga da Justiça vai para uma realidade alternativa onde uma versão setentista e fascista da equipe domina o mundo com mão de ferro.

A Arma da Tirania (Justice League Task Force #1 a #3, 1993): Atendendo a um pedido da ONU o Caçador de Marte monta uma força-tarefa com membros da Liga da Justiça que deve capturar armas de destruição em massa numa pequena nação latino-americana.

Capas de Justice League America #31 (1989), Justice League Spectacular #1 (1992), Justice League America #72 (1993) e Justice League Task Force #1 (1993).

A Pedra da Eternidade (JLA #10 a #15, 1997 a 1998): Lex Luthor reorganiza a Gangue da Injustiça para derrotar a Liga da Justiça, e nesse ínterim parte da equipe vai para um futuro onde o tirano estelar Darkseid é o senhor absoluto da Terra.

Liga da Justiça da América: Ano Um (JLA: Year One #1 a #12, 1998): a origem da Liga da Justiça e o seu impacto inicial no Universo DC são recontados por um prisma mais contemporâneo nessa minissérie de doze capítulos.

Liga da Justiça: Terra-2 (JLA: Earth-2, 2000): o Sindicato do Crime era uma versão maligna da Liga da Justiça oriunda de uma realidade paralela e que surgiu nos anos sessenta, e nesta graphic novel Grant Morrison a recriou como uma força ainda mais perigosa e cruel do que era anteriormente.

Liga da Justiça: Escadaria Para o Céu (JLA: Heaven’s Ladder, 2000): uma nave estelar do tamanho de um sistema solar que literalmente rouba planetas inteiros chega na nossa galáxia, e a Terra é o seu próximo alvo.

Capas de JLA #14 (1998), JLA: Year One #1 (1998), JLA #71 (2000) e JLA: Heaven’s Ladder #1 (2000).

Já Fomos a Liga da Justiça (Formerly Known As The Justice League #1 a #6, 2003 a 2004): Maxwell Lord criou uma nova superequipe com antigos membros da “Liga Cômica” que ganhou o proverbial nome de Superamiguinhos, e obviamente a confusão se instalou no Universo DC!

A Era Obsidiana (JLA #66 a #75, 2002 a 2003): Aquaman desapareceu após a saga Mundos em Guerra, e a Liga da Justiça foi levada para um Passado onde a Atlântida é a nação dominante do nosso planeta.

Regras do Sindicato (JLA Secret Files 2004 e JLA #107 a #113, 2004 a 2005): Após o término do crossover intereditorial LJA e Vingadores o Sindicato do Crime voltou a dar as caras, e no seu rastro surgiram os malignos armeiros do mundo de antimatéria de Qward.

Crise de Consciência (JLA #115 a #119, 2005): com o objetivo de preservar seus segredos no passado a Liga da Justiça alterou as memórias dos integrantes da Sociedade Secreta dos Supervilões (vide o arco narrativo “A Liga que derrotou a si mesma”), e tempos depois os dilemas éticos dessa ação se voltaram contra o maior supergrupo da DC Comics.

Capas de Formerly Known As The Justice League #1 (2003), JLA #75 (2003), JLA #108 (2005) e JLA #119 (2005).

Liga da Justiça: Origem (Justice League #1 a #6, 2011 a 2012): na esteira da reformulação editorial conhecida como “Os Novos 52” a origem da Liga da Justiça foi totalmente recriada, com Darkseid se tornando o primeiro adversário do grupo.

Capa de Justice League #1 (2011). Arte de Jim Lee e Scott Willians.

E, neste exato momento do Tempo e nesta exata localização do Espaço falamos para todos aqueles que chegaram até aqui:

E TENHO DITO!

Para saber mais:

Wikipedia: Liga da Justiça

Twomorrows: The Justice League Companion

DK Publishing: DC Comics Year by Year, a Visual History

The Unofficial Guide of DC Universe: Lista de Aparições da Liga da Justiça nos EUA

Guia dos Quadrinhos: Lista de Aparições da Liga da Justiça no Brasil

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Claudio Basilio
sobrequadrinhos

Apenas um rapaz latino-americano que gosta de falar de Quadrinhos e Cultura Pop. E de outros assuntos também!