Muito mais que uma relação epistolar ou uma correspondência à distância entre amigos ou amantes, esta publicação é uma tentativa de aproximação de um Eu, frequentemente estranho e isolado, de outro. A escrita dessas cartas não se mede em saudade ou impossibilidades. Ela é regida por outros sentimentos, que anseiam identificação e pertencimento — ou, ao contrário, estranheza e debate. Em tempos de interações instantâneas, essa leitura meditativa nos convida a uma reflexão mais empática, e nos propõe uma pausa em contemplação sobre a condição humana, sobre o que nos distancia e nos aproxima, o que nos difere e nos assemelha.