Tech e educação: como a Quero influenciou alunos do Ensino Médio de São José dos Campos

Dos pré-requisitos aos posts do blog de tech, motivamos estudantes a aprenderem novas tecnologias para desenvolvimento

Thomás Dias
Tech at Quero
6 min readSep 1, 2020

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Pode ter certeza que a cultura de startup dessas últimas duas décadas transcendeu e influenciou os sonhos de algumas pessoas desta nova geração que está para entrar no mercado de trabalho. Talvez o que eu e você queríamos na nossa adolescência, entre o final dos anos 90 e o início dos anos 2000, não é o mesmo que os adolescentes do final desta década desejam. Os motivos são muitos, mas resolvi contar uma história a partir do ponto de vista de quem trabalha em uma startup de tecnologia.

Já que denunciei minha idade no parágrafo anterior, vou abrir o jogo. Já no começo da minha adolescência, aos 13 anos, eu sabia que queria ser um engenheiro e gostava de tecnologia. Foi quando descobri que o ITA existia, perguntei para meu pai se era uma faculdade boa. Quando ele respondeu que “sim”, pensei: “Ah, é lá que vou estudar então”. Determinado, né? rs. Sim, eu era o nerd que se divertia com as olimpíadas de física e afins!

Mas por que estou com esse papo nostálgico (para não dizer papo de velho)? Porque, no mês passado, eu recebi um pedido para dar uma mentoria de gestão e tecnologia para dois estudantes do Ensino Médio. E essa é a história que escolhi contar para vocês no dia de hoje.

Antes de tudo: Não, gente, isso não é um #publipost. rs! Isso é sobre o papel que o seu time de tecnologia que trabalha com educação pode ter em influenciar as novas gerações — e eu já adianto que estou muito orgulhoso do nosso time por isso.

O prefácio de uma história bem atual

André Guadalupe é diretor e professor e ministra um curso extracurricular para estudantes do Ensino Médio no Colégio Planck, aqui de São José dos Campos. O curso é chamado, nada mais, nada menos, que “Startup & Empreendedorismo”, no qual ele estimula os estudantes interessados a pensar fora da caixa e também em todo o fluxo que uma startup precisa passar para escalar suas ideias e produtos.

Trabalhei com ele, que também é formado em Engenharia Aeronáutica pelo ITA, de 2012 a 2015 e recentemente ele me procurou para falar sobre os produtos que estão sendo desenvolvidos no curso. Um deles é o do estudante Davi Rizzo, de 15 anos, e seus três colegas que estão desenvolvendo o “Protágonos” — plataforma que pretende oferecer cursos voltados 100% para as habilidades socioemocionais para jovens que buscam protagonismo. Eles já estão com o protótipo pronto e estão buscando professores parceiros. Quem sabe a gente não faz uma parceria com o Quero Bolsa lá no futuro, né?

Também ouvi sobre o projeto desses quatro alunos, incluindo a Maria Eduarda Mota, também de 15 anos, que estão estudando lançar o “iDog”, que pretende entregar ração 100% orgânica para pets. Estão até fazendo um alinhamento com uma veterinária para seguir com o modelo de negócio!

E, finalmente, a história que me chamou mais atenção (já já vocês vão saber o porquê), sobre a startup “Ensino”, do Enrico Salomão e Diogo Basso, de 15 e 16 anos respectivamente, que pretendem desenvolver produtos para a educação.

Todos eles deixaram claro que pretendem seguir com suas startups lançadas no curso e que desejam seguir no ramo. Até porque, se já não tinham sido influenciados anteriormente pelo tema de alguma forma, o curso acabou plantando uma sementinha.

A startup “Ensino” e a democratização de ensino

Aplicativo desenvolvido pelos alunos do Planck

O primeiro projeto da startup de Enrico e Diogo é o aplicativo “Planck Conectividade” que transformou um projeto (até então analógico) de ensino que já existe na escola em um formato digital.

De aluno para aluno, o grande objetivo é o compartilhamento de conhecimento entre eles. O app os ajuda, portanto, a gerenciar essas aulas. Além disso, eles já estão pensando em novas features, como stories para compartilhamento de dicas de ensino, para pensar no aplicativo como uma rede social para o Ensino Básico.

E sabe qual é o objetivo deles? Democratizar a educação do país! Eles querem ajudar as escolas de pequeno a médio porte oferecendo funções para ajudar estudantes a continuar aprendendo.

O papel do time de tech da Quero Educação nessa história toda

Tudo começou com o Enrico, do “Ensino”, quando ele tinha 12 anos. Ele já tinha aquele sonho de ter uma startup e resolveu aprender tudo sobre o que precisava para ter sua própria empresa. Ele ouviu falar de startups como a Quero Educação e passou a estudar os requisitos de todas as nossas vagas de emprego para entender do que ele precisaria no futuro.

E foi aí que ele começou a programar, escolhendo o que ia estudar a partir dos pré-requisitos a partir das nossas vagas de tecnologia e, futuramente, dos artigos do nosso blog de tecnologia.

Felizmente, ele influenciou seu parceiro de desenvolvimento, Diogo Basso, que já tinha essa vontade de ter sua própria startup e interesse em ser dev. Assim, os dois vêm desenvolvendo o aplicativo do “Planck Conectividade”. Ambos têm vontade de empreender e começar sua própria startup e fico feliz por nosso time ter influenciado de alguma forma.

Foi assim que eu os conheci — a convite do André Guadalupe, dei mentoria para os dois, dando dicas sobre tecnologia, stacks, MVPs, validação e empatia com usuários e desafios de uma startup. Não vejo a hora de ver os resultados e o impacto do primeiro produto desenvolvido por eles em seu meio!

Vi o brilho nos olhos refletido no sucesso de Enrico ao falar de empreendedorismo e desenvolvimento de software e também o futuro do Diogo ao falar de suas habilidades com bancos de dados, Python e machine learning.

Quero mesmo é que essa pandemia acabe para poder convidá-los para conhecer nossos times de Produto, Engenharia, Data, Design e Infra (sim, todo mundo!) na Quero Educação. Porque dá pra ver que, em breve, o próximo passo é aquele que dá o impulso que os fará voar mais alto, né, meninos? E eu quero encontrá-los antes desse voo acontecer.

Educação e tecnologia, caminhando juntos

Confesso que, quando estava no Ensino Médio, sonhando em ser o engenheiro do ITA, nunca pensei que pudesse influenciar alguém. Ver que nosso time de tecnologia que trabalha por um propósito da educação, com sua história e empenho, conseguiu inspirar, de alguma forma, uma parte dessa nova geração me deixa sem palavras.

A missão da Quero Educação é trabalhar com o propósito de transformar a vida das pessoas por meio da educação. Nosso grande sonho é ser a maior empresa de acesso à educação do mundo para podermos impactar um número cada vez mais de vidas. Até hoje, conseguimos matricular mais de 650 mil alunos em instituições de ensino e isso foi feito com tecnologia.

E foi com nossa tecnologia e nosso propósito (de uma forma um pouco diferente, claro) que conseguimos impactar a vida desses dois estudantes sobre quem contei neste artigo. E é por isso que acho que vou carregar as palavras do Enrico para sempre comigo:

“minha evolução acompanhou toda a evolução da Quero Educação.”

E é com a emoção provocadas pelas palavras anteriores que digo ao Enrico, ao Diogo, à Maria, ao Davi e a todos os jovens que possam estar lendo este artigo:

a tecnologia, quando aliada à educação, sempre será transformadora.

Voem!

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