Crimes digitais
Infelizmente, o meio digital herdou do mundo real a possibilidade de ser palco de delitos. Existem vários tipos de crimes digitais e subcategorias. Como é explicado pelo advogado Victor Tateoki, no artigo Classificação dos Crimes Digitais, por meio de citação de diversos outros autores, os crime digitais podem ser divididos dependendo da função que o computador tem no crime, se o crime pode ou não ser feito sem um computador e o tipo de consequência causada pelo delito.
Em meio a esse cenário, existem vários audiovisuais que abordam esse tipo de problema, que já foram retratados por alguns colegas. O texto Crimes Cibernéticos em CSI Cyber, de Luciana Vidolin Martins e Ciberterrorismo, de Francisco Francez, citam séries como CSI Cyber, Black Mirror e Mr Robot, onde ocorrem situações que evidenciam como o anonimato dificulta a resolução dos casos e as consequências gravíssimas que originam.
Em Hackers Anonimos, de Thainara Meneghelli, que também cita Black Mirror e Mr Robot, mostra a tendencia destas séries em criar uma tensão entre a prática fora da lei e os propósitos dos hackers, que algumas vezes desempenham papel de justiceiros.
Em todos esses casos, estamos falando de crimes digitais invasivos, que são especificamente aqueles onde o computador é utilizado ou como alvo ou como meio para alterar, controlar, obter ou destruir dados de terceiros, sem autorização. No Brasil, desde 2012, quem comete este crime está violando o Art. 124 do Código Penal — Decreto Lei 2848/40, que teve em 2012 essa particularidade acrescida com a Lei nº 12.737 (Mais conhecida como Lei Carolina Dieckmann).
[…] crimes virtuais tem ocorrido de diversas formas e são um grande problema no mundo atual, pois muitos bandidos saem impunes com seus crimes […]
(Luciana Vidollin Martins)
E isso só tende a crescer no nosso país, que segundo matéria do O Globo, a razão dessa impunidade se dá pelo fato da superlotação dos presídios que faz com que crimes mais violentos sejam atendidos com prioridade.
Segundo o Norton Cyber Security Insights de 2016 estamos em 4º lugar entre os que mais sofre ataques hackers no mundo. E não é dificil de acreditar, pois é bem comum ver noticias de empresas ou até sites governamentais que já sofreram com algum tipo de invasão (714 casos, só no ano de 2011), além de problemas com roubo de dados de usuários. É uma situação de grande preocupação e nos coloca sempre com um pé atras se realmente podemos acreditar na existência de segurança na rede ou na esperança de melhorias.
