Blog acertou total de medalhas e 47,6% dos medalhistas do Brasil em Tóquio

Bolha Olímpica
6 min readAug 11, 2021

--

Ouro de Ana Marcela Cunha foi uma das medalhas que o Bolha Olímpica “cravou” antes da Olimpíada. Foto: Jonne Roriz (COB)

Terminados os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, é hora de prestar contas sobre as projeções que fizemos antes de o evento começar. O grande destaque é que o Bolha Olímpica acertou em cheio o total de medalhas que o Brasil conquistaria na Olimpíada: nossa aposta foi em 21 pódios e a melhor campanha brasileira da história, exatamente o que aconteceu.

Acertamos também o total de pratas (6), mas erramos a previsão de ouros (projetamos 6, o resultado foi de 7) e de bronzes (estimamos em 9, mas nossos atletas obtiveram 8). Ao fim das competições, o Brasil terminou em 12º lugar no quadro de medalhas, a melhor posição da história olímpica do País.

Ao todo, acertamos 10 das medalhas conquistadas pelo Brasil, o que significa 47,6% de eficiência em nossas projeções, sendo quatro previsões “cravadas” e seis casos em que acertamos os medalhistas, mas não a cor das medalhas. Confira abaixo um resumo dos nossos acertos e erros.

O ouro de Ítalo Ferreira foi mais um acerto do blog. Foto: Divulgação/COB

Acertos em cheio (4 medalhas)

  1. Ítalo Ferreira (surfe masculino) — ouro
  2. Ana Marcela Cunha (maratona aquática feminina) — ouro
  3. Isaquias Queiroz (canoagem masculina, C1 1000m) — ouro
  4. Mayra Aguiar (judô feminino, categoria meio-pesado) — bronze

Acerto de medalhistas, porém não da cor da medalha (6)

5. Bruno Fratus (natação, 50m livre) — apostamos na prata, deu bronze.

6. Alison dos Santos (atletismo, 400m com barreiras) — apostamos na prata, deu bronze.

7. Martine Grael/Kahena Kunze (vela, classe 49er FX) — apostamos na prata, deu ouro.

8. Futebol masculino — apostamos no bronze, deu ouro.

9. Beatriz Ferreira (boxe, categoria até 60kg) — apostamos no ouro, deu prata.

10. Vôlei feminino — apostamos no bronze, deu prata.

Medalhas nas quais não apostamos (11)

Não apostar em Rebeca resultou em dois erros de projeção do blog. Foto: Ricardo Bufolin/CBG

11. Kelvin Hoefler (skate street) — prata (apesar de não termos apostado previamente, destacamos no preview de 24 para 25/7 que o skatista era a principal esperança de medalhas para o Brasil naquele dia).

12. Daniel Cargnin (judô, categoria meio-leve) — bronze (no preview do dia, incluímos o brasileiro como uma das chances de medalha no dia, mas avaliamos que ele “corria por fora”).

13. Rayssa Leal (skate street) — prata (apesar de não termos apostado em medalha para a “Fadinha”, a incluímos como uma das principais candidatas ao pódio tanto na projeção geral de medalhas quanto no preview do dia).

14. Fernando Scheffer (natação, 200m livre) — bronze (classificamos o brasileiro como “azarão” no preview do dia, mas destacamos que quem nadasse abaixo de 1min45 teria chance de medalha. Não deu outra, Scheffer fez 1:44.66, melhor tempo de sua carreira, e ficou em 3º na final).

15. Rebeca Andrade (ginástica artística, individual geral) — prata (a falta de resultados de destaque durante o ciclo olímpico e a série de lesões dificultava a aposta na brasileira antes da Olimpíada, mas a excelente prova dela na classificatória feminina, em que foi a 2ª melhor no geral, atrás apenas da norte-americana Simone Biles, já deixava claro que, finalmente, havia chegado a hora de Rebeca. No preview do dia, o blog destacou que a prova poderia consagrá-la).

16. Luísa Stefani / Laura Pigosi (tênis, duplas femininas) — bronze (a medalha mais inesperada do Brasil em Tóquio era praticamente impossível de ser prevista: as brasileiras foram inscritas de última hora na competição, graças a desistências de outras tenistas. No preview do dia, o blog citou que as russas adversárias pelo 3º lugar tinham histórico mais robusto, mas que a campanha surpreendente de Luísa e Laura mostrava que o bronze era possível).

17. Rebeca Andrade (ginástica artística, salto) — ouro (se era difícil prever a Olimpíada fantástica da brasileira antes de os Jogos começarem, após a prata conquistada por ela no individual geral, não havia mais motivos para dúvidas. No preview do dia, o blog destacou Rebeca como favorita ao ouro).

18. Abner Teixeira (boxe, categoria até 91kg) — bronze (no preview do dia 29 para 30/7, o blog informou que o brasileiro poderia garantir medalha caso vencesse nas quartas-de-final. No preview do dia 3/8, a gente citou que o cubano que encarava Abner na semifinal era favorito, o que acabou se confirmando).

19. Thiago Braz (atletismo, salto com vara) — bronze (“Quem duvida de Thiago?”. Essa foi a pergunta feita pelo blog no preview do dia, após citar que o brasileiro havia tido um ciclo olímpico de resultados pouco expressivos, mas destacar que ele subira de rendimento às vésperas da Olimpíada, podendo, portanto, surpreender de novo, como fizera na Rio 2016, quando foi ouro. Não deu outra: o saltador voou para o bronze em Tóquio).

20. Pedro Barros (skate park) — prata (no preview do dia, o Bolha Olímpica destacou que havia chances reais de medalhas para o Brasil na modalidade e que Barros era uma das nossas principais esperanças, considerando o histórico de títulos do skatista).

21. Hebert Conceição (boxe, categoria até 75kg) — ouro (no preview do dia 1/8, quando o brasileiro lutou pelas quartas-de-final, o blog destacou que o pugilista havia ganho bronze no Mundial de Ecaterimburgo em 2019 e na etapa de Colônia da Copa do Mundo 2021, porém que teria adversários difíceis pela frente. Erramos mais uma vez — que bom! — ao dizer que um bronze estaria de bom tamanho para Hebert no preview da semifinal, mas aprendemos a lição: no preview do dia da final, frisamos que lutas difíceis não intimidavam o baiano).

Brasileiros nos quais apostamos, mas não ganharam medalhas (11)

Seleção masculina de vôlei, do levantador Bruno, foi uma das decepções brasileiras em Tóquio. Foto: Divulgação/COB

I) Pâmela Rosa (skate street) — apostamos no ouro, terminou em 10º (era líder do ranking mundial e campeã do mundo em 2019).

II) Vôlei masculino — apostamos no ouro, terminou em 4º (campeão olímpico em 2016, da Copa do Mundo em 2019 e da Liga das Nações em 2021).

III) Gabriel Medina (surfe) — apostamos na prata, foi 4º (campeão mundial em 2018, vice em 2019, líder do ranking mundial em 2021).

IV) Arthur Nory (ginástica artística, barra fixa) — apostamos na prata, não se classificou para a final (campeão mundial em 2019).

V) Ágatha/Duda (vôlei de praia) — apostamos na prata, caíram nas oitavas (líderes do ranking mundial, prata na final do Circuito Mundial em 2019, título de duas etapas do circuito em 2021).

VI) Letícia Bufoni (skate street) — apostamos no bronze, terminou em 9ª (vice-campeã mundial em 2017 e 2019, campeã dos X-Games em 2021).

VII) Milena Titoneli (taekwondo) — apostamos no bronze, perdeu na disputa de 3º lugar (bronze no Mundial de 2019).

VIII) equipe mista de judô — apostamos no bronze, perdeu na repescagem para ter o direito de disputar o bronze (prata no Mundial de 2017, bronze no Mundial de 2021).

IX) Arthur Zanetti (ginástica artística, argolas) — apostamos no bronze, terminou em 8º (prata no Mundial de 2018).

X) Isaquias Queiroz / Jacky Godmann (canoagem, C2 1000m) — apostamos no bronze, terminaram em 4º (Isaquias foi bronze no Mundial de 2019 com Erlon Souza e na etapa da Hungria da Copa do Mundo de 2021 com Jacky).

XI) Alison/Álvaro (vôlei de praia) — apostamos no bronze, caíram nas quartas (3º colados no Circuito Mundial de 2019, bronze em uma das etapas de Cancún em 2021).

--

--

Bolha Olímpica

Blog especializado em projeções e informações sobre o desempenho dos atletas brasileiros no ciclo olímpico e paralímpico de Paris 2024. Editor: Ícaro Joathan