Personagens: A Matilha Tempestade Sob o Rio

Campanha Fúria no Inferno Verde

Porakê Munduruku
Brasil na escuridão
15 min readJun 13, 2020

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Arte by Leonel Walbr

Esta postagem descreve a matilha formada pelos personagens-jogadores da Campanha Fúria no Inferno Verde, uma campanha que segue as regras estabelecidas na Edição Comemorativa de 20 anos de Lobisomem: O Apocalipse e é ambientada na Amazônia do inicio do século XIX.

Tempestade sob o Rio é o nome de uma das mais curiosas matilhas formadas na história da Seita dos Guardiões do Utinga, memorável por sua formação multitribal em uma época em que a seita era hegemonizada por Uktenas e profundamente marcada pela desconfiança em relação aos Garou de origem estrangeira, foi pioneira em incorporar membros de tribos historicamente rivais dos Uktena, como Crias de Fenris e Senhores das Sombras.

Batizada pela Lenda Viva dos Uktena Amazônicos, o venerável Theurge Moacir “Sombra-da-Castanheira”, após cumprir com sucesso sua primeira jornada umbral (acontecimentos descritos Aqui e Aqui) corre sob a benção do exótico Totem Poraquê como uma Matilha de Respeito, cuja árdua missão é buscar reunir a Nação Garou em uma das mais selvagens regiões do planeta após séculos de conflitos entre os Garou e os Fera nativos e Garou estrangeiros ou de origem estrangeira que acompanharam seus Parentes na Invasão europeia do “Novo Mundo”.

Apoena “Olhos-de-Serpente”

Aka: Wotchimaücü Magüta
Raça/Augúrio/Tribo: Hominídeo Filodox Uktena
Posto: Adren
Natureza/Comportamento: Alfa/Conciliador
Conceito: Guerreiro Ticuna membro da linhagem fundadora dos Guardiões do Utinga.
Jogador: Gustavo Claude
Mote: “A Litania é a palavra de Gaia legada aos Garou, um guerreiro sábio deve recordá-la sempre e refletir sobre as verdades que elas revelam para não se deixar cair nas armadilhas da Fúria, da ignorância ou da tolice.”
Descrição: Um jovem indígena, com uma tradicional indumentária ticuna, cabelos negros e lisos cortados em formato de cuia, cordões em volta do pescoço, adorno de penas na cabeça e fibras vegetais trançadas em volta da cintura e dispostos como braçadeiras e tornozeleiras deixando o corpo nu de pele morena e musculatura delineada quase completamente exposto e que apesar da estatura relativamente baixa e de constituição delgada, reflete em sua postura a imponência de sua linhagem de poderosos, místicos e desbravadores guerreiros Uktena, seu visual é completado por numerosos glifos Garou pintados pelo corpo com a tinta negra do jenipapo. Nas demais formas expressa uma pelagem marrom avermelhada e uma aura sombria própria dos escolhidos do Grande Uktena. Sua personalidade é aparentemente serena, mas confiante e decidida. Seus olhos atentos estão sempre percorrendo as cercanias em busca dos detalhes que revelam as verdades quase sempre ignoradas pelos mais desatentos.
Línguas Conhecidas: Garou, Ticuna e Nhengatu.
Renome Permanente: Glória 3, Honra 6, Sabedoria 2
Histórico: Neto da Lenda Viva Moacir Sombra-da-Castanheira, filho do Mestre de Desafio dos Guardiões do Utinga, Tabajara “Relâmpago-Submerso”, o Garou conhecido como Apoena “Olhos-de-Serpente” cresceu como um guerreiro ticuna no coração da floresta, apesar da pequena estatura e físico modesto demonstrou desde cedo a perspicácia e atitude de quem carrega em seu sangue a herança de uma das mais proeminentes linhagens Uktena na Amazônia. Ele sempre soube que estava destinado a grandes feitos, filho e neto de heróis de sua tribo, agora, reconhecido como Alfa de sua própria matilha, se vê diante da oportunidade de provar seu valor ajudando a conduzir a importante seita dos Guardiões do Utinga diante de tempos turbulentos e de muitas mudanças, pesa sobre seus ombros estar à altura de se provar como alguém digno de assumir a liderança de sua Seita e conduzi-la a feitos tão grandiosos quanto os de seus ancestrais.

Alejandro “Palavras-na-Escuridão” del Castillo

Raça/Augúrio/Tribo: Hominídeo Filodox Senhor das Sombras
Posto: Fostern
Natureza/Comportamento: Solitário/Sobrevivente
Conceito: Fidalgo Espanhol, dissidente da Seita de Senhores das Sombras de Dark Cypress Swamp
Jogador: Sandro Monteiro
Mote: “Sim, eu sei. Você não tem razões para confiar em mim e talvez não goste do que vê diante de si, mas ouça o que tenho a dizer e então poderá chegar a suas próprias conclusões.”
Descrição: Um jovem arrogante de elevada estirpe espanhola, roupas e modos elegantes de fidalgo, sorriso confiante e longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo e com um belo sabre espanhol preso à cintura como lembrança de seu alto nascimento. Nas demais formas Carlos mantêm sua compleição ágil e altiva, mas ganha uma pelagem negra como a noite e um uivo grave que ressoa como um trovão.
Línguas Conhecidas: Garou, Inglês, Espanhol e Francês.
Renome Permanente: Glória 4, Honra 4, Sabedoria 2.
Histórico: Alejandro era o herdeiro orgulhoso de um proeminente senhor de origem espanhola na região recém instituída como o sudoeste dos Estados Unidos da América, mais especificamente na região do Missouri, quando passou por sua primeira mudança e descobriu que seu verdadeiro pai era nada menos do que Olhos-de-Tempestade, o poderoso líder da Seita local de Senhores das Sombras, a Seita de Dark Cypress Swamp. A vida parecia ter muda pouco para Alejandro, de fidalgo espanhol a herdeiro de uma renomada linhagem de Senhores das Sombras, mas o destino quis que seu pai perecesse em um misterioso ataque traiçoeiro dos inimigos de sua Seita, os Uktena da seita rival de Moon Lake, sendo sucedido por seu beta, o Galliard conhecido como Sombra-da-Tempestade.
Alejandro, desconfiado, conduziu secretamente uma investigação sobre o assassinato de seu pai, que o levou a suspeitar do envolvimento do novo líder de sua seita e antigo beta de Olhos-da-Tempestade, eventualmente descartando o envolvimento dos Uktena de Moon Lake. A oportunidade de expor Sombra-da-Tempestade surgiu quando lhe foi ordenado acompanhar a renomada matilha dos Serpent Slaugters em uma missão para assassinar covardemente o filho do líder da seita de Moon Lake, o jovem filhote Ratonaketon, que partira em uma jornada quase solitária à caminho da América do Sul. O assassinato covarde de um filhote Uktena poderia ser só mais um capitulo da Guerra secular entre Senhores das Sombras e Uktena no Missouri, mas Palavras-na-Escuridão vi na missão a chance de, não só poupar a vida do filhote e abrir a possibilidade de ser lembrado pelas canções que ecoariam pelo tempo como aquele que estabeleceu a paz entre as Seitas, como, quem sabe, se aliar aos Uktena para desmascarar o verdadeiro assassino de sei pai. E uma vez aceito como membro da Matilha Tempestade sobre o Rio e consequentemente, da Seita dos Guardiões do Utinga, após provar seu valor ao Totem Poraquê, planeja abrir caminho até a liderança de sua matilha para colocá-la à serviço de seus próprios objetivos.

Poeté “Olho-D’água”

Aka: Bia ou Beatriz Valença
Raça/Augúrio/Tribo: Hominídea Theurge Filha de Gaia
Posto: Adren
Natureza/Comportamento: Samaritana/Samaritana
Conceito: Negra livre, curandeira renomada.
Jogadora: Marina Luiza
Mote: “Quem ajuda o próximo, ajuda a si mesmo”.
Descrição: Uma jovem mulata de estatura mediana, cabelos longos e ondulados e olhos azulados. De modos simples e com uma aura de simpatia a toda prova, cultiva uma atitude honesta, curiosa e benevolente. Busca aprender tudo que pode sobre a nobre arte da cura e na Umbra pode ser vista na companhia inseparável de um simpático espírito rã-kambô, um jaggling chamado Aipira a’pêrri (pele-gelada), seu númen de sabedoria, um antigo espírito aliado de sua mãe, uma finada guerreira das Fúrias Negras.
Línguas Conhecidas: Garou, Português e Nheengatu.
Renome Permanente: Glória 3, Honra 3, Sabedoria 7
Histórico: Bia é uma jovem mulata filha do mais conhecido boticário e cirurgião-barbeiro da cidade de Santa Maria de Belém, um galego instruído e de coração bondoso que alimentou desde a infância seu fascínio pela arte da cura. Ligada aos ideais abolicionistas e devota de Nossa Senhora de Nazaré, é uma jovem sensível e generosa que se viu de repente mergulhada em um mundo ainda mais mágico do que os das ervas, poções e procedimentos cirúrgicos ensinados por seu pai, quando foi contatada por um simpático espirito-rã que lhe revelou sua natureza Garou e alguns dos mistérios do “Fundo”, o mundo dos espíritos. Antes mesmo de seu ritual de passagem o destino a levou a auxiliar uma filhote que se tornaria conhecida como Kamaporã “Presas-de-Coral”, sua futura companheira de matilha, ambas foram levadas pela Adren Fúria Negra Erínia “Olhos Flamejantes” para serem reconhecidas como Garou diante da Seita dos Guardiões do Utinga, Seita a qual serve agora reconhecida como uma talentosa e competente Theurge com um talento particular para as artes da cura, a pesar da desconfiança que seu vinculo pessoal com o infame Ragabash “Língua-Ferina” evoca entre os Guardiões do Utinga.

Galahad “Enfrenta-a-Prata-Afiada” Wallace

Raça/Augúrio/Tribo: Hominídeo Ahroun Cria de Fenris
Natureza/Comportamento: Mártir/Celebrante
Posto: Adren
Conceito: Irlandês andarilho e Protetor Fenrir.
Jogador: Antonio Cei
Mote: “Um verdadeiro Garou sabe que sua força estará sendo sempre testada, mas também reconhece que a verdadeira força está em sua matilha. Nada é mais importante do que defender os membros de sua matilha”.
Descrição: Um jovem irlandês de cabelos curtos, barba rala, um físico e uma estatura impressionantes, com mais de 2,10m de altura. Suas roupas simples permitem perceber parte da cicatriz que se estende desde a altura do umbigo até seu queixo e trás consigo um curioso pingente com motivos celtas preso ao pescoço. Sua postura orgulhosa dá indícios de uma personalidade competitiva de quem jamais recua diante de um desafio honrado. Sua presença, apesar dos modos polidos de quem recebeu a melhor educação possível para um jovem irlandês de baixo nascimento, denuncia sua natureza como um grande guerreiro, marcado por Fenris como um temível predador. Trás no pescoço um pingente simbolizando o lendário Mjolnir atado em uma tira de couro, como lembrança de sua origem tribal, da qual se orgulha profundamente. Como todo Cria de Fenris, ele busca provar-se constantemente e almeja descobrir a verdade sobre os paradeiros de seu pai, um renomado guerreiro Cria de Fenris que desapareceu na Floresta Amazônica e de seu antigo tutor, um Parente instruído conhecido como Carlos Malcher. Nas demais formas Galahad mantêm os traços robustos e a estatura impressionante, mas ganha uma pelagem cinza clara que expressa de maneira ainda mais óbvia a pureza de seu sangue. Ele assume como seu mais sagrado dever como Ahroun a proteção de seus companheiros de matilha e está sempre disposto a arriscar a própria vida por isso.
Línguas Conhecidas: Garou, Inglês (com um forte sotaque irlandês) e Português (com um sotaque marcante).
Renome Permanente: Glória 6, Honra 3, Sabedoria 2.
Histórico: Galahad foi uma criança pobre que viveu a maior parte de sua infância em um humilde orfanato até ser encontrado por um mulato distinto de nome Carlos Malcher. Carlos dizia ser amigo de seu desaparecido pai e havia sido enviado para cuidar da educação do jovem destinado a se tornar um herói Cria de Fenris como seu genitor. Carlos era um Parente e cuidou de instruir o pequeno Galahad sobre a cultura Garou, táticas de sobrevivência, caça, pugilismo e até português, mas pouco esclareceu sobre o paradeiro do pai desaparecido de Galahad , restringindo a dizer-lhe que este havia sido um herói dos Crias de Fenris que havia desaparecido no coração da distante e perigosa Floresta Amazônica. Ele advertia que um dia não poderia mais estar ao seu lado e que nesta ocasião o jovem deveria partir em direção a colônia portuguesa do Grão Pará, para buscar conhecer as histórias de seu pai, munido das economias que Carlos havia conseguido acumular em sua estadia na Europa. Galahad cresceu para se tornar um homem imponente e ver desaparecer sem dar notícias seu tutor, o único pai que havia de fato conhecido. Buscando chegar à distante província do Grão Pará ele deixou a Irlanda em direção ao novo mundo, mas não sem antes cruzar com os temidos e lendários Dançarinos da Espiral Negra. Ele agora se encontra empenhado em uma jornada para desvendar seu passado e quem sabe reencontrar seu velho tutor. Ele teve seu valor reconhecido pelos Uktenas e pelo próprio Fenrir ao auxiliar o jovem filhote Ratonaketon ao chegar ao Forte da Samaúma, e já no Caern, foi surpreendido com a informação de que possui um meio irmão, o mulato Enzi Sirhan, filho ilegítimo de seu pai e agora, também, seu companheiro de matilha. Recebeu seu nome Garou pelo feito memorável de enfrentar e derrotar um assassino Ragabash armado com prata para salvar a vida de Ratonaketon, mesmo antes de que ambos passassem pelo Ritual de Passagem. Um guerreiro temível, a grande custo foi capaz de demonstrar honra e sabedoria suficientes para conquistar a confiança dos Guardiões do Utinga, apesar de sua origem estrangeira.

Kamaporã “Presas-de-Coral”

Aka: Ana Maria Clemente da Silva Pombo
Raça/Augúrio/Tribo: Hominídea Ahroun Fúria Negra
Posto: Fostern
Natureza/Comportamento: Idealista/Celebrante
Conceito: Sinhazinha da elite portuguesa e guerreira Fúria Negra
Jogadora: Bárbara
Mote: “Não sou obrigada a fazer o que você acha correto para mim, contudo, podemos aprofundar sobre o assunto com uma boa taça de vinho do porto”.
Descrição: A Fúria Negra Conhecida como Kamaporã “Presas-de-Coral” é uma das mais belas e conhecidas fidalgas da elite portuguesa da capital da Província do Grão Pará, com traços e uma personalidade forte, pele alva, olhar decidido e uma beleza inquestionável, cujo único traço que denuncia sua distante ascendência indígena são os longos cabelos lisos e negros que ela faz questão de manter soltos como símbolo de rebeldia. Ela veste a moda mais recente da Europa, com a elegância própria de alguém que cresceu entre a mais alta elite local, trás no pescoço, como pingente, um delicado porta-retratos com uma fotografia da mãe que jamais conheceu e oculta sob roupas finas a cicatriz de batalha que obteve em sua primeira batalha como Cliath. Nas demais formas ela expressa a pelagem negra característica das fúrias negras e em todas demonstra uma beleza sublime e sua postura elegante.
Línguas: Garou, Português, Inglês, Francês e Nheengatu.
Renome Permanente: Glória 5, Honra 4, Sabedoria 1.
Histórico: Ana Maria Clemente da Silva Pombo é a filha adorada de um dos mais ricos e poderosos fidalgos da elite portuguesa da Província do Grão Pará, mimada pelo pai desde o nascimento, apesar da morte prematura de sua mãe, sempre viveu em meio ao luxo e opulência, desfrutando de uma liberdade rara para as mulheres de sua época. Reconhecida e amada incondicionalmente pelo pai, ela desfruta da elevada posição que lhe confere a fortuna de sua família apesar de sua posição como bastarda. Durante a fuga da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, após a tomada de Lisboa pelas tropas de Napoleão, ela foi visitada por um irmão, o filho legitimo mais velho de que seu pai havia deixado para tratar de seus negócios na Europa. A relação com o irmão foi tensa desde o primeiro momento, quando ele demonstrou indignação diante da situação da bastarda que vivia como uma fidalga no Grão Pará, em uma discussão entre os dois, a jovem Fúria Negra passou por sua Primeira Mudança, durante a qual, tomada pelo Frenesi, assassinou o pai e o meio-irmão. Felizmente ela pôde contrar com a ajuda da igualmente jovem Poeté e da experiente e poderosa Adren Fúria Negra, Erínia “Olhos-Flamejantes” para buscar curar os traumas de sua primeira Primeira Mudança e ocultar da sociedade local o acontecido, enquanto tenta conciliar sua nova vida como Guerreira Fúria Negra com sua necessidade de auto-afirmar sua capacidade se seguir administrando os negócios deixados por seu pai, enfrentando as adversidades de uma sociedade machista e conservadora.

Ratonaketon

Aka: Atiaya “Une-Dois-Mundos”
Raça/Augúrio/Tribo: Hominídeo Ragabash Uktena
Posto: Fostern
Natureza/Comportamento: Solitário/Beta
Conceito: Brilhante mestiço Cherokke em missão diplomática na Amazônia
Jogador: Arthur
Mote: Um olhar compenetrado, seguido apenas de silêncio enquanto estuda atentamente seu interlocutor.
Descrição: Um jovem e belo mestiço de sangue Cherokee, físico esguio e mente brilhante. Longos cabelos lisos e negros sobre uma pele amorenada pelo sol das pradarias e roupas típicas de nativo americano confeccionadas em couro de bisão, com um toque inusitado, um par de óculos. Ratonaketon é um jovem Ragabash Uktena de rara inteligência e com uma sabedoria nata, que só abre a boca quando tem a certeza do que precisa ser dito e dono de um olhar compenetrado capaz de expressar toda sua imponência como membro de uma longa linhagem de heróis tribais. Nas demais formas sua pelagem marrom avermelhada adorna um que combina uma compleição esguia com uma postura imponente.
Línguas Conhecidas: Garou, Inglês e Cherokee.
Renome Permanente: Glória 3, Honra 3, Sabedoria 5.
Histórico: Ratonaketon é o único filho de Dasan “Lobo-Emplumado”, renomado líder da Seita Uktena ancestral de Moon Lake, membro de uma longa linhagem de heróis, ele foi enviado à América do Sul em honra a um antigo costume entre as Tribos Puras para promover laços de confiança entre diferentes seitas, depois que os Theurges de sua Seita natal previram uma grande ameaça no futuro com uma nova ofensiva dos brancos sobre os territórios do Oeste, mais uma vez massacrando os povos nativos e ameaçando Caerns Uktenas ancestrais. Sua missão é estreitar os laços entre o tronco original na Tribo e seu ramo amazônico para unir a tribo para enfrentar os desafios que virão. Em sua longa jornada para receber seu ritual de passagem no Forte da Samaúma, um dos mais poderosos Caerns Uktenas na Amazônia, Ratonaketon foi atacado por uma matilha de guerra da Seita rival de Dark Cypress Swamp, os Serpent Slaugters, mas foi salvo pelo sacrifício de seu companheiro de jornada, o poderoso Adren Ahroun “Águia-de-Sangue”, beta da matilha de seu pai, e pela ajuda de dois desconhecidos: o misterioso filhote Cria de Fenris, Galahad Wallace, e o Filodox Senhor das Sombras, Alejandro “Palavras-na-Escuridão”. Apesar da dolorosa perda de Águia-de-Sangue, foi conduzido mesmo ferido por seus novos companheiros, em segurança, até o Caern do Forte da Samaúma, onde recebeu os cuidados de Poeté “Olhos-D’Água” e passou, finalmente, por seu Ritual de Passagem, recebendo de Moacir “Sombra-da-Castanheira”, o nome de Atiaya “Une-Dois-Mundos”.

Enzi Sirhan

Aka: Turuna “Rompe-Correntes”
Raça/Augúrio/Tribo: Hominídeo Galliard Uktena
Posto: Fostern
Natureza/Comportamento: Rebelde/Juiz
Jogador: João
Conceito: Negro Malê Capoeira.
Mote: “A escravidão é o mal encarnado, enquanto houver escravos, nenhum homem ou Garou será verdadeiramente livre”.
Descrição: Enzi é um jovem negro de olhos verdes e determinados que usa roupas características de Malê que ocultam lâminas e monjolos em honra a Ogún, com uma cicatriz de batalha no peito. Um quilombola orgulhoso, nascido livre e que busca honrar sua origem se levantando contra a escravidão. Nas demais formas demonstra um corpo igualmente forte e poderoso, com uma pelagem branca como as nuvens.
Línguas Conhecidas: Iorubá, Nheengatu, Português.
Renome Permanente: Glória 5, Honra 3, Sabedoria 2.
Histórico: Enzi, nasceu livre no Mocambo Caxiú, no Acará. Sua mãe morreu durante seu nascimento, mas ele cresceu educado como um malê, um negro erudito seguindo a tradição de ancestrais de origem muçulmana no norte da África, iniciado no culto aos Orixás e no letal Jogo de Capoeira. Por volta dos 10 anos de idade ele foi capturado por uma incursão de caçadores de escravos em um ataque ao Mocambo, sendo vendido e levado para trabalhar no Engenho do Murucutu, onde permaneceria por volta de 4 anos, durante os quais planeja uma fuga em massa aguardando o momento propício. O momento chegou quando o efetivo do exército da capital da província recrutou os homens mais fortes e corajosos para batalhar contra os Franceses de Cayenna por ordem da Coroa, mas um grupo de escravos decidiu antecipar a fuja, deixando para trás os velhos e as crianças, que acreditavam poder atrasar a fuga, apesar dos protestos de Enzi, que passou por sua primeira mudança enquanto os capatazes da fazenda torturavam e interrogavam os escravos em busca de informações sobre os fugitivos. Tomado pelo ódio contra a escravidão, Enzi sucumbiu ao Frenesi da Wyrm e abateu e devorou indiscriminadamente escravos e capatazes, para o horror dos negros presos na Senzala que passaram a temê-lo como uma fera amaldiçoada pelos Orixás, assim ele partiu sozinho sem rumo pelas matas até ser interceptado pelos Crias de Fenris da Matilha dos Rastreadores de Malditos, que o levaram para receber seu ritual de passagem entre os Guardiões do Utinga, onde foi surpreendido com o anuncio do Grande Ancião, Moacir Sombra-da-Castanheira, quando este lhe apresentou para seu meio-irmão, o Cria de Fenris Irlandês, Galahad “Enfrenta-a-Prata-Afiada”. Ele espera que seus poderes recém revelados como Garou possam em breve lhe ajudar a levar à cabo seus planos de por fim à escravidão na província de uma vez por todas, mas tem se sentido frustrado ao perceber que a sociedade Garou não parece se preocupar com o que chamam de “assuntos humanos”, e manter a paciência diante da política Garou se mostra um verdadeiro desafio para sua natureza inquieta e explosiva, bastante incomum entre os Membros de sua Tribo.

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Porakê Munduruku
Brasil na escuridão

Mombeu’sara, griô amazônida e escritor. Administrador da Página Brasil in the Darkness e integrante da Kabiadip-Articulação Munduruku no Contexto Urbano.