Imigrantes geram desemprego?

Acompanhe o especial da Beta Redação sobre Direitos Humanos na série de matérias “Nós contra eles”

Gustavo Bauer
Redação Beta
2 min readDec 9, 2019

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Com André Cardoso, Arthur Menezes, Fabrício Santos, Isabelle Castro, Letícia Guintani da Costa, Mateus Friedrich, Nagane Frey e Tamires Trescastro.

A frase que ainda hoje circula de forma escancarada nas redes sociais, já deveria ser naturalmente estranha no Brasil, pois desde sua gênese, este é um país que teve sua base erguida fortemente por imigrantes, sobretudo na constituição da economia brasileira ao longo da história. Mas, ainda que não fosse o caso, colocar a culpa do desemprego na conta dos refugiados e migrantes é uma proposição completamente infundada.

De acordo com pesquisa realizada pela OCDE, refugiados expandem o mercado doméstico e criam um emprego para cada vaga que ocupam. Em alguns países, eles foram responsáveis por quase um terço do crescimento econômico no período de 2007 a 2013. Outro mito que se constituiu ao longo dos anos foi o de que os refugiados e os migrantes fraudam o sistema social. Mas, na verdade, a maioria dos refugiados pagam muito mais impostos aos cofres públicos do que os benefícios recebidos, e são menos ou igualmente dependentes dos fundos públicos quanto a população local.

Além disso, de acordo com estudo publicado pelo Escritório Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos (NBER, na sigla em inglês) da Universidade de Indiana, cada imigrante criou 1,2 empregos para trabalhadores locais, a maioria para nativos, em se tratando das migrações para os EUA a partir da década de 1980.

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