Favoritos ADQSV 2020: lista da Aly.
Hi Bye, Mama! e I Told Sunset About You
O ano de 2020 foi complicado para todos nós, mas muito bom para os dramas, que nos ajudaram a se entreter nesse tempo de pandemia. Acompanhei muitos ótimos dramas, e sinceramente todos que assisti de 2020 foram muito bons, porém escolhi apenas dois dramas (uma seleção difícil) que de início não me chamaram tanta atenção, mas me surpreenderam bastante. Aqui, escrevo o que mais gostei e aprendi nas histórias, pois uma coisa que me agrada é sentir o que está sendo passado na tela e me identificar um pouco com cada personagem.
Para todos os favoritos da redação, confira este sumário abaixo.
SUMÁRIO: FAVORITOS ADQSV 2020
- Listas da Suca: j-dramas e k-dramas.
- Lista da Jess;
- Lista das colaboradoras;
Hi Bye, Mama! (Coreia do Sul)
Mesmo com vários favoritos de 2020, Hi Bye, Mama! foi o escolhido por passar uma mensagem realista sobre amor, amizade e família, trazida com tanta profundidade nessa história e que amei acompanhar.
O k-drama é sobre Cha Yu Ri (Kim Tae Hee), que morre em um fatídico acidente e é capaz de observar o marido Jo Kang Hwa (Lee Kyu Hyung) e sua filha por 5 anos como um fantasma, até ser castigada a viver como uma pessoa normal por 49 dias. Ela tem de “assumir seu lugar” com sua família, ou então morrerá de novo. O único problema é: Kang Hwa se casou novamente.
O primeiro episódio mostra o começo da linda relação de Cha Yu Ri e Kang Hwa, desde o primeiro contato até o trágico acidente, e nos mostra a vida de Yu Ri como fantasma e seus amigos. Os episódios se passam e vemos crescer uma história mais madura e realista, onde o amor materno é o protagonista nessa história.
Yu Ri é uma mulher admirável, que ensina muitas lições ao longo da trama. Ela, que no início não queria reencarnar, ficou na Terra e adquiriu o poder de voltar a ser humana e ficar com sua família, vendo que era mais complicado do que parecia. É incrível ver sua empatia e maturidade ao lidar com a situação, focar na felicidade das pessoas ao seu redor e tomar decisões por amor a elas. Kim Tae Hee estava tão bem nesse papel que senti que ela era a Yu Ri em certas cenas.
Por outro lado vemos Min Jung, a atual esposa de Kang Hwa, que deixou seu trabalho como enfermeira para cuidar de Seo Woo. Embora seja uma pessoa introvertida, e muitos não tenham simpatizado muito com ela no início da trama, quando se abre com outras pessoas podemos ver o quão doce e carinhosa ela é. Confesso que fiquei preocupada de colocarem Min Jung como a madrasta “ruim” da história, mas foi o oposto, e eu amei isso!
Kang Hwa é um personagem que sofre muito em toda a história, presenciou a morte da esposa e sofreu com um trauma por muitos anos, no entanto é ótimo ver sua aceitação e compreensão ao longo dos episódios.
O que falar de Lee Kyu Hyung? Simplesmente impecável, suas emoções sendo transmitidas tão intensamente que fazem a gente sentir junto. Já vi seu trabalho em Prison Playbook (com um papel superdiferente e divertido), mas em Hi Bye, Mama! ele se destacou muito mais. Um ótimo ator realmente.
Os protagonistas fizeram um trabalho incrível ao expressarem emoções tão fortes e tocantes. Assim como todos os outros do elenco que foram ótimos em seus papéis e me fizeram amar cada personagem.
Tenho de falar também sobre o ator mirim que roubou a cena sempre que aparecia, Seo Woo Jin, que faz a filha do casal — sim, na verdade é um garotinho, e não uma menina. Ele foi escolhido para esse papel pela semelhança com Kim Tae Hee e já tem vários k-dramas em seu currículo, mesmo tão pequeno. Uma fofura!
Rivalidade feminina? Aqui não! Amo demais que as três personagens femininas construíram aos poucos uma amizade bonita — principalmente entre as duas mães de Seo Woo — , e as cenas do trio são tão divertidas, adoro demais.
As partes de Min Jung e Yu Ri com sua filha são superfofas, e eu só queria que acabasse daquele jeito, tudo perfeito e feliz.
Os fantasmas são parte do alívio cômico e sempre nos fazem tanto rir quanto chorar. Ainda temos uma participação especial da fantasma virgem Soon Ae (Kim Seul Gi) de “Oh My Ghostess”. Quem já assistiu, provavelmente amou essa participação.
Apesar de ter chorado muito em quase todos os 16 episódios, valeu a pena saber o real motivo de Cha Yu Ri ter recebido uma segunda chance de ser humana, e esse motivo me emocionou bastante. Acredito que todos irão refletir e aprender enquanto assistem a esse drama.
Onde assistir: Netflix.
I Told Sunset About You (Tailândia)
Após muito tempo enrolando para assistir a esse drama, resolvi finalmente vê-lo quando soube que a produção estava muito boa, e aqui estou eu, escrevendo sobre I Told Sunset About You, um drama bem diferente de outros BLs tailandeses que já vi e que vale muito a pena.
Teh (Billkin Putthipong) e Oh Aew (PP Krit) eram melhores amigos, até que o sonho deles de se tornarem atores os transformou em rivais. Anos depois, enquanto se preparavam para ingressar na universidade, ambos buscando interesses na área de Artes da Comunicação, os dois se encontram em uma aula de chinês. O reencontro desperta sentimentos complicados e instáveis entre eles.
A primeira coisa que me chamou a atenção em I Told Sunset About You foi a fotografia — quando cliquei no primeiro episódio, eu fiquei tipo ‘UAU’. De todas as outras obras tailandesas que já vi, essa com certeza foi a melhor e com maior produção. Os cenários da cidade de Phuket são maravilhosos (se eu tivesse grana, com certeza iria querer visitar um dia) e deu um ar mais agradável à série. E segundo, a atuação — que não esperava muito. Apesar de gostar de assistir muitos BLs, nem sempre as atuações são as melhores, mas nesse caso me surpreendeu.
Essa história explora vários temas como sexualidade, aceitação, sonhos, medo e o amor na adolescência. Teh e Oh Aew são opostos, e cada um lida com tudo isso de modos diferentes, o que acaba sendo complicado para a relação deles, já que estão em processo de conhecimento, crescimento e cometem erros. Afinal, são humanos.
Teh é um garoto que desde novo sonha em ser um ator, mas seu amigo Oh Aew também acabou encontrando sua paixão e, assim como Teh, deseja atuar. Oh Aew é alguém ciente de seus sentimentos e não tem muito receio de tentar. Já Teh é confuso, tem ações impensadas, ama, mas tem medo do que sente, e na trama todas essas coisas foram bem representadas.
O crescimento da relação deles, que na maior parte do tempo é complicada e cheia de conflitos, com a reaproximação vai se tornando mais agradável. A confusão em meio a esses sentimentos, a tensão, o medo da descoberta e de se arriscar é tudo bem retratado nas cenas, bem como as emoções que os personagens nos fazem sentir, é surpreendente.
Os atores principais Billkin e PP são incríveis em cena, cada emoção foi trazida com tanta intensidade. Eu amo a química de seus personagens apenas nos olhares e como nem sequer foram necessárias cenas muito sensuais entre eles para mostrar isso.
Bas (Khunpol Pongpol) e Tan (Smile Parada) foram secundários incríveis que eram maduros o suficiente para deixar a pessoa que amam ir. Não são personagens clichês que tentam separar o casal e foram supernecessários em mostrar uma amizade verdadeira.
Eu amo como a série retratou esses problemas de aceitação e inseguranças tão bem, de forma realista, emocionante e envolvente. Felizmente já é esperada a segunda temporada para março deste ano, e sigo bastante ansiosa para ver a continuidade dessa linda história.
